Exposição dietética a edulcorantes em grupos de gestantes brasileiras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Duarte, Larissa Marinho, 1990-
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/72341
Resumo: Orientadora: Profa. Dra. Sandra Patricia Crispim
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spelling Duarte, Larissa Marinho, 1990-Ferreira, Sila Mary Rodrigues, 1956-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Alimentação e NutriçãoCrispim, Sandra Patricia, 1979-2022-04-06T11:28:00Z2022-04-06T11:28:00Z2021https://hdl.handle.net/1884/72341Orientadora: Profa. Dra. Sandra Patricia CrispimCoorientadora: Profa. Dra. Sila Mary Rodrigues FerreiraDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Alimentação e Nutrição. Defesa : Curitiba, 29/06/2021Inclui referências: p. 68-74Resumo: O consumo de aditivos edulcorantes traz preocupações quanto aos riscos de exceder a Ingestão Diária Aceitável (IDA), especialmente em gestantes. Algumas dessas substâncias podem ser transferidas para o feto por meio da placenta e seu consumo pode estar associado a efeitos adversos à saúde. Nesse sentido, o objetivo do trabalho foi avaliar a exposição dietética a edulcorantes em grupo de gestantes brasileiras. Trata-se de um estudo transversal no âmbito do Estudo Multicêntrico de Deficiência de Iodo (EMDI-Brasil), que incluiu uma amostra representativa de gestantes maiores de 18 anos, atendidas em Unidades Básicas de Saúde (UBS), residentes no município de Pinhais, Paraná, Brasil. Características socioeconômicas e de saúde, incluindo peso pré-gestacional (kg), foram coletadas mediante questionário no Research Eletronic Data Capture (REDCap) com uso de tablets. Dados de consumo foram obtidos do Recordatório Alimentar de 24 horas (R24H) de 1-2 dias impresso e, posteriormente, computados no GloboDiet e tratados no software IBM® SPSS® Statistics versão 22.0. Os alimentos e bebidas foram então classificados em três cenários quanto à probabilidade de conter cada um de quinze edulcorantes permitidos para uso no Brasil sendo: Cenário 1 (certeza), Cenário 2 (mais provável) e Cenário 3 (menos provável). Cada cenário foi definido com base na descrição dos alimentos e/ou bebidas relatados no R24H. Enquanto no Cenário 1 houve certeza da presença do aditivo no produto consumido, nos Cenários 2 e 3 houve algum grau de incerteza. No Cenário 2, além dos alimentos classificados no Cenário 1, foram incluídos os produtos com denominação dietética ou cujo tipo de alimento indicava ser mais provável conter o aditivo; e no Cenário 3, assumiu-se a presença do aditivo em todo alimento e/ou bebida cujo grupo de alimento poderia contê-lo. Para auxiliar nessa etapa, foi elaborado um banco de rótulos dos produtos relatados e consultada a tabela de presença de edulcorantes em produtos embalados, por grupo de alimento, do Brazilian Food Labels Database. Ainda, a concentração do edulcorante foi estimada pela (a) quantidade de uso declarado no rótulo do produto ou (b) limites máximos permitidos (LMP) estabelecidos para alimentos e/ou bebidas na legislação brasileira, enquanto para adoçantes dietéticos foram considerados teores encontrados previamente em estudo analítico. A partir dos dados gerados, obteve-se a frequência de consumo dos edulcorantes e a porcentagem (%) de contribuição dos grupos alimentares. A exposição dietética per capita foi estimada para sete edulcorantes (acessulfame de potássio, aspartame, ciclamato, glicosídeos de esteviol, neotame, sacarina e sucralose), multiplicando o consumo dos alimentos em gramas (g) pela concentração do edulcorante, dividido pelo peso corporal pré-gestacional (kg). Foram incluídas 243 gestantes, com média de idade de 26,9 (±5,8) anos, onde 52,0% apresentaram sobrepeso e/ou obesidade e 7,3% apresentaram exame de glicemia de jejum indicando diabetes mellitus gestacional. A frequência de consumo foi maior para acessulfame de potássio (90,5%), ciclamato (88,3%) e aspartame (78,4%) no cenário 3 comparado aos demais edulcorantes e cenários avaliados. Em geral, os grupos de alimentos que mais contribuíram no consumo de edulcorantes foram as bebidas não alcoólicas, adoçantes, produtos lácteos, doces e sobremesas, bolos e biscoitos doces. Na avaliação da exposição dietética, não foram registrados valores acima da IDA para os sete edulcorantes nos três cenários avaliados. Assim, os resultados levam a crer que o consumo atual dos sete edulcorantes está abaixo da IDA no grupo de gestantes brasileiras. Além disso, lacunas na legislação dificultam a fiscalização e o monitoramento do consumo. Desta forma, mais pesquisas devem ser encorajadas, considerando a escassez de dados e a preocupação quanto aos possíveis efeitos adversos à saúde.Abstract: The consumption of sweeteners as food additives raises concerns about the risks of exceeding the Acceptable Daily Intake (ADI), especially in pregnant women. Some of these substances can be transferred to the fetus through the placenta and their consumption may be associated with adverse health effects. Thus, the aim of this study was to evaluate dietary exposure to sweeteners in a group of Brazilian pregnant women. This is a cross-sectional study within the scope of the Multicenter Study of Iodine Deficiency (EMDI-BRAZIL), which included a representative sample of pregnant women over 18 years of age, attended at Basic Health Units (BHU), residing in Pinhais, Paraná, Brazil. Socioeconomic and health characteristics, including pre-pregnancy weight (kg), were collected through a questionnaire in Research Electronic Data Capture (REDCap) using tablets. Consumption data were obtained from the 24-hour Dietary Recall (24HR) of 1-2 days printed and, later, computed in GloboDiet and treated in the IBM® SPSS® Statistics version 22.0 software. Food and beverages were then classified into three scenarios as the probability of containing each of fifteen sweeteners allowed for use in Brazil: Scenario 1 (certainty), Scenario 2 (most likely) and Scenario 3 (less likely). Each scenario was defined based on the description of the foods and/or drinks reported in the 24HR. While there was certainty of the presence of the additive in the consumed product in Scenario 1, there was some degree of uncertainty in Scenarios 2 and 3. In Scenario 2, in addition to the foods classified in Scenario 1, dietetic products or foods likely to contain the additive were included; and in Scenario 3, the presence of the additive was assumed in every food and/or drink whose food group could contain it. For this purpose, a database of reported product labels was created and the table of sweeteners in packaged products was consulted, by food group, from the Brazilian Food Labels Database. Furthermore, the concentration of the sweetener was estimated by (a) the amount of reported use levels on the product label or (b) maximum permitted levels (MPL) established for food and/or drinks in Brazilian legislation; while for table-top sweeteners, concentration levels previously found in an analytical study were considered. From the data generated, the frequency of consumption of sweeteners and the percentage (%) of contribution of food groups were obtained. Per capita dietary exposure was estimated for seven sweeteners (acesulfame potassium, aspartame, cyclamate, steviol glycosides, neotame, saccharin and sucralose), multiplying food consumption in grams (g) by the concentration of sweetener, divided by pre-pregnancy body weight (kg). A total of 243 pregnant women were included, with a mean age of 26.9 (±5.8) years, where 52.0% were overweight and/or obese and 7.3% had fasting glucose test indicating gestational diabetes mellitus. The frequency of consumption was higher for acesulfame potassium (90.5%), cyclamate (88.3%) and aspartame (78.4%) in scenario 3 compared to the other sweeteners and evaluated scenarios. In general, the food groups that contributed the most to the consumption of sweeteners were non-alcoholic beverages, table-top sweeteners, dairy products, sweets and desserts, cakes and sweet cookies. In the assessment of dietary exposure, no values above the ADI were recorded for the seven sweeteners in the three scenarios evaluated. Thus, the results suggest that the current consumption of seven sweeteners is below the ADI in the group of Brazilian pregnant women. In addition, gaps in legislation make it difficult to inspect and monitor dietary consumption. Thus, further research should be encouraged, considering the scarcity of data and the concern about possible adverse effects of consumption.1 arquivo (105 p.) : il.application/pdfGrávidasNutriçãoExposição dietética a edulcorantes em grupos de gestantes brasileirasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - LARISSA MARINHO DUARTE.pdfapplication/pdf1919448https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/72341/1/R%20-%20D%20-%20LARISSA%20MARINHO%20DUARTE.pdf3382604e65bc0fb98f94ec71d3cfa8b0MD51open access1884/723412022-04-06 08:28:00.557open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/72341Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082022-04-06T11:28Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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