Eucalyptus smithii R. T. Baker (Myrtaceae) como espécie produtora de óleo essencial no sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fabrowski, Fernando José, 1969-
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/25437
Resumo: A espécie Eucalyptus smithii é originária da Austrália e seu óleo essencial, fonte de 1,8- cineol é classificado como comercial e medicinal. Procurou-se caracterizar esta espécie, através da abordagem sob diferentes aspectos ampliando as informações já existentes, além da proposta de inclusão na Farmacopéia Brasileira. Com o intuito de explorar comercialmente esta espécie no mercado brasileiro de óleos essenciais ou mesmo para exportação foi feita uma avaliação para produção do óleo essencial no Município de Colombo, no estado do Paraná. Através da amostragem aleatória de 15 árvores, localizadas em campo experimental da Embrapa Florestas neste município, plantadas em 1988, sob as mesmas condições ambientais. Destas árvores, 1 foi utilizada para estudos de armazenamento, I para as análises fítoquímícas, 5 para estudos sazonais de material adulto e 8 cortadas para os estudos sazonais de material juvenil. Caracterizou-se anatómicamente a espécie com relação às partes vegetais portadoras de óleo essencial (folhas, ramos terminais, lenho e casca). Investigou-se, através de "serening fitoquímico", os principais metabólitos secundários presentes nas folhas, lenho e casca. Verificou-se o rendimento de óleo essencial, assim como sua composição e características físico-químicas, além da análise do potencial econômico do óleo essencial para a produção no sul do Brasil. O E. smithii apresenta estrutura anatômica homogênea do lenho e da casca. As análises fitoquímicas revelaram nas folhas, casca e lenho, a presença de compostos como glicosídios flavônicos, glicosídios saponínicos, taninos, esteróides e/ou triterpenóides. Na análise do óleo essencial do material vegetal armazenado ao ar ou ao frio, não houve alteração das características físico-químicas do óleo essencial e no teor de 1,8-cineol apresentando-se concordantes às especificações para óleos essenciais de eucaliptos ricos neste composto. Nos estudos sazonais, em destilador segundo ABNT, observou-se um rendimento médio de 2,51% para as folhas adultas (F), 2,30% para as folhas adultas + ramos terminais (A), 2,12% para as folhas juvenis + ramos terminais e 0,65% para os ramos terminais. Os principais componentes identificados por cromatografía gasosa foram: o 1,8-cineol, isovaleraldeído, y-terpineno, frvms-pinocarveol e a-terpineol presentes em todas as partes vegetais estudadas. Na avaliação sazonal do teor de 1,8-cineol, as folhas adultas apresentaram maior teor no verão (85,16%), seguido de outono (82,34%), primavera (80,44%) e inverno (78,25%). O mesmo ocorreu com as folhas juvenis + ramos terminais: verão (84,47%), outono (81,43%) e inverno (70,72%). Através deste estudo conclui-se que a exploração de E. smithii, no município de Colombo, para a obtenção de óleo essencial é economicamente viável, conforme análise de custos e demonstrando que as estações mais quentes apresentaram-se mais favoráveis para a sua exploração. A primavera apresentou os maiores rendimentos em óleo essencial e o verão maiores percentuais de 1,8-cineol, indicando esta estação ser a melhor época para colheita, devido a maior produção de biomassa, sendo o óleo essencial de E. smithii da região de Colombo-PR, rico em 1,8-cineol, obedecendo as especificações internacionais exigidas para os óleos essenciais de eucaliptos para fins medicinais, o qual poderá ser sugerida a sua incorporação à Farmacopéia Brasileira como espécie cultivada fonte de 1,8-cineol.
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Destas árvores, 1 foi utilizada para estudos de armazenamento, I para as análises fítoquímícas, 5 para estudos sazonais de material adulto e 8 cortadas para os estudos sazonais de material juvenil. Caracterizou-se anatómicamente a espécie com relação às partes vegetais portadoras de óleo essencial (folhas, ramos terminais, lenho e casca). Investigou-se, através de "serening fitoquímico", os principais metabólitos secundários presentes nas folhas, lenho e casca. Verificou-se o rendimento de óleo essencial, assim como sua composição e características físico-químicas, além da análise do potencial econômico do óleo essencial para a produção no sul do Brasil. O E. smithii apresenta estrutura anatômica homogênea do lenho e da casca. As análises fitoquímicas revelaram nas folhas, casca e lenho, a presença de compostos como glicosídios flavônicos, glicosídios saponínicos, taninos, esteróides e/ou triterpenóides. 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O mesmo ocorreu com as folhas juvenis + ramos terminais: verão (84,47%), outono (81,43%) e inverno (70,72%). Através deste estudo conclui-se que a exploração de E. smithii, no município de Colombo, para a obtenção de óleo essencial é economicamente viável, conforme análise de custos e demonstrando que as estações mais quentes apresentaram-se mais favoráveis para a sua exploração. A primavera apresentou os maiores rendimentos em óleo essencial e o verão maiores percentuais de 1,8-cineol, indicando esta estação ser a melhor época para colheita, devido a maior produção de biomassa, sendo o óleo essencial de E. smithii da região de Colombo-PR, rico em 1,8-cineol, obedecendo as especificações internacionais exigidas para os óleos essenciais de eucaliptos para fins medicinais, o qual poderá ser sugerida a sua incorporação à Farmacopéia Brasileira como espécie cultivada fonte de 1,8-cineol.application/pdfEssencias e oleos essenciaisEucaliptoTesesEucalyptus smithiiEucalyptus smithii R. T. 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