Produtividade e sustentabilidade de plantações de acácia-negra (Acacia mearnsii De Wild.) no Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mochiutti, Silas
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/10306
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar fatores relacionados à produtividade, sustentabilidade e impactos de plantações de acácia-negra no Rio Grande do Sul. Os estudos realizados nestas plantações analisaram a utilização de sementes geneticamente melhoradas; a influência de atributos do solo; a rentabilidade e idade ótima econômica de corte; a adubação de P e K; a absorção, ciclagem e exportação de nutrientes; a produção e partição da biomassa; a invasão da acácia-negra a ambientes campestres e de floresta ripária; e, a sucessão florestal e a diversidade da vegetação herbácea no sub-bosque das plantações de acácia-negra. A produção de madeira aos cinco anos aumentou em 9,1 m3/ha pela adoção de sementes melhoradas, que representou um ganho líquido de R$ 180,00 por ha; no entanto, estes incrementos dependeram da utilização de práticas silviculturais adequadas. A gomose (Phytophthora sp.) foi observada em 33,9% das árvores mortas no período de três a cinco anos e reduziu em 9,0% o crescimento das plantas atacadas. A idade ótima econômica de corte, definida pelo valor presente líquido com horizonte no infinito, foi aos quatro anos para os proprietários da terra e aos seis anos para os arrendatários. O P, K e a matéria orgânica no solo tiveram efeitos positivos sobre o crescimento da acácia-negra. Neste sentido, encontrou-se resposta a adubação com P e K, com um aumento médio de 36,2% no volume de madeira, sendo que o P promoveu os maiores incrementos e as respostas de K foram maiores na dose ótima de P. A maior eficiência da folhagem para produção de biomassa e a máxima produtividade de madeira ocorreram aos cinco anos de idade. Aos sete anos de idade, o tronco representou cerca de 80% da biomassa acima do solo e acumulou a maior quantidade de P, K, Ca e Mg. O acúmulo de N e S foi maior nos compartimentos da copa das árvores. A taxa de ciclagem de nutrientes via serapilheira durante a rotação de sete anos variou entre 25,3 a 59,6%, sendo que após quatro anos de idade, estes representaram mais que 60% dos nutrientes absorvidos pelas plantas. O Ca e K foram os nutrientes exportados em maior quantidade pela colheita florestal. A melhor eficiência dos nutrientes para a produção de biomassa do tronco e a menor exportação de nutrientes por unidade de biomassa colhida ocorreram aos seis e sete anos de idade das plantações. A acácia-negra somente foi capaz de invadir áreas campestres perturbadas com exposição total do solo, por isto deve ser considerada uma invasora causal. A recomposição da vegetação nativa destas áreas ocasionou mortalidade da maioria das plantas invasoras. Por outro lado, a acácia-negra não se constitui numa invasora de florestas ripárias e quando plantada nestas áreas proporcionou uma abundante e diversificada sucessão florestal em seu sub-bosque. As plantações de acácia-negra em áreas campestres reduziram parte da diversidade florística da vegetação herbácea e propiciaram a colonização de espécies típicas de sub-bosques de florestas, porém não afetaram a resiliência ambiental do sítio
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