Tratamento endoscópico do reganho de peso pós-bypass gástrico através da fulguração com argônio da anastomose gastrojejunal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Baretta, Giorgio Alfredo Pedroso
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/30613
Resumo: Resumo: A derivação gástrica em Y de Roux (Bypass Gástrico) é procedimento de escolha para o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida. Este procedimento apresenta índice de falha em 10% a 35%. De maneira geral, cerca de 20% dos pacientes pósbypass gástrico reganham peso após 24 meses. Uma das inúmeras causas deste insucesso é a dilatação da anastomose gastrojejunal, o que leva à perda de saciedade alimentar. Vários estudos descrevem os diversos métodos endoscópicos para o tratamento deste reganho de peso com a redução do diâmetro anastomótico. Este estudo objetivou avaliar a influência da fulguração com argônio endoscópico seriado sobre a anastomose gastrojejunal e consequente redução do diâmetro anastomótico e do peso corporal final na amostra de 30 pacientes. Foram realizadas três sessões endoscópicas com intervalo de oito semanas entre cada uma. Peso corporal e IMC no momento da cirurgia bariátrica, peso mínimo atingido, peso antes da realização da primeira sessão de argônio e percentual de peso reganhado foram calculados previamente. Aferição do peso corporal e do diâmetro anastomótico foram realizados nas três sessões bem como em controle final oito semanas após a última sessão de argônio. Ao final, foram avaliados o percentual de perda do peso reganhado e o percentual redução do diâmetro anastomótico. Os resultados foram analisados estatisticamente pelo teste "t" de Student, Fisher, 2 e Mann-Whitney, adotando nível de significância estatística de 5% (p ? 0,05). Houve perda ponderal significativa quando comparados os pesos no momento da cirurgia bariátrica e o mínimo atingido (p < 0,0001). A porcentagem média de reganho de peso e a média de peso reganhado até o momento inicial do argônio foram de 27,5% (10,3 - 65,0%) e 19,6Kg (7,0 - 39,0Kg) respectivamente. Quando comparadas as médias de peso mínimo e antes do argônio, houve diferença significativa no ganho ponderal (p < 0,0001). A média percentual de perda do peso reganhado no controle final após as três sessões foi de 89,10%, porém o peso mínimo pós-gastroplastia era ainda menor (p = 0,008). Houve redução do diâmetro anastomótico entre todas as sessões e no controle endoscópico final (p < 0,0001). Houve redução de 66,89% no diâmetro anastomótico e todos os pacientes apresentaram, ao final das três sessões de argônio, diâmetros entre 6 mm e 12 mm. Não houve correlação estatisticamente significativa quando comparados o percentual de perda do peso reganhado com o percentual de redução do diâmetro anastomótico final (p = 0,67). A fulguração com argônio da anastomose gastrojejunal em pacientes com reganho de peso pósbypass gástrico é eficaz em reduzir o peso reganhado pós-gastroplastia e o diâmetro anastomótico, porém não chega a atingir o peso mínimo que estes pacientes apresentaram após a cirurgia.
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