Transição ao primeiro ano do ensino fundamental : percepção do estresse pelas crianças, suas características psicológicas e variáveis do seu contexto familiar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Stasiak, Gisele Regina
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/45653
Resumo: Orientadora: Profª Drª Lidia Natalia Dobrianskyj Weber
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spelling Stasiak, Gisele ReginaWeber, Lidia Natalia DobrianskyjUniversidade Federal do Paraná. Setor de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação2020-09-22T14:16:09Z2020-09-22T14:16:09Z2010https://hdl.handle.net/1884/45653Orientadora: Profª Drª Lidia Natalia Dobrianskyj WeberDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação. Defesa: Curitiba,10/03/2010Bibliografia: fls.94-109Resumo: A transição ao primeiro ano do ensino fundamental, enquanto processo instigador do desenvolvimento, é uma situação que pode provocar o estresse em crianças. As demandas cotidianas neste período especial da vida podem ser frustrantes, irritantes e muito exigentes. Por isso, as características psicológicas das próprias crianças e o contexto familiar são fatores fundamentais para um ajustamento socioemocional adequado. Esta pesquisa se propôs a verificar a intensidade do estresse escolar percebido pelas crianças e suas possíveis relações com 1) diferentes domínios da vida escolar, 2) variáveis do contexto escolar, 3) características psicológicas das crianças e 4) variáveis do contexto familiar. Participaram 39 crianças de duas turmas do primeiro ano do ensino fundamental, com idade média de 5,9 anos, provenientes de uma escola particular da cidade de Ponta Grossa (PR), suas respectivas professoras (n=2), suas mães (n=39) e seus pais (n=25). Os instrumentos utilizados foram: Escalas de Qualidade na Interação Familiar (Weber, Prado, Salvador & Brandenburg, 2008), Inventário de Estresse Parental (Abidin, 1995), Escala de Comportamento da Pré-Escola e Jardim de Infância (Merrel, 2002), Escala de Percepção do Autoconceito Infantil (Sánchez & Escribano, 1999) e Inventário de Estressores Escolares (Marturano, 2009). Os resultados mostraram que muitas crianças relataram ter vivenciado diversas situações estressoras no ambiente escolar e os domínios mais estressantes em sua percepção foram relação com os companheiros e adaptação a demandas não acadêmicas. O escore total de estresse percebido pelas crianças correlacionou-se significativamente aos comportamentos externalizados das crianças, avaliado pelos pais (r=0,36, p<0,05). Além de várias outras correlações e relações encontradas nos resultados analisados, podem-se estabelecer três modelos de regressão linear múltipla: (1) a punição corporal infligida pelos pais e o baixo repertório de habilidades sociais das crianças são preditores de problemas de comportamento de crianças entre 5 e 7 anos; (2) o baixo repertório de habilidades sociais e o baixo autoconceito das crianças são preditores de comportamentos externalizados das crianças entre 5 e 7 anos de idade; e (3) o estresse parental e o repertório de habilidades das crianças são preditores da interação familiar. A análise qualitativa das respostas das crianças mostrou que o desejo delas envolve interação familiar mais positiva, ou seja, diminuição da comunicação negativa e punição corporal pelos pais e maior envolvimento parental. A presente pesquisa demonstrou a importância da Qualidade de Interação Familiar ao desenvolvimento infantil, além de aumentar as possibilidades de sucesso na trajetória escolar de crianças, e sugere diversos aspectos para pesquisas futuras relacionadas a este tema e aos próprios instrumentos utilizados.Abstract: The transition to the first year of primary education, as a process that instigates development, is a situation that can provoke stress in children. Daily needs in this special period of life can be frustrating, irritating and demanding. For this reason, the psychological characteristics of children themselves and their family context are fundamental factors for adequate social and emotional adjustment. This study aimed to verify the intensity of the stress perceived by children and its possible relations with 1) various domains of school life, 2) variables of the school context, 3) psychological characteristics of the children and 4) variables of the family context. The study involved 39 children from two first year primary education classes, with an average age of 5.9 years, at a private school in the town of Ponta Grossa (Paraná), their respective teachers (n=2), their mothers (n=39) and their fathers (n=25). The instruments used were: the Family Interaction Quality Scales (Weber, Prado, Salvador & Brandenburg, 2008), the Parental Stress Index (Abidin, 1995), the Preschool and Kindergarten Behaviour Scales (Merrel, 2002), the Child Self-concept Perception Scales (Sánchez & Escribano, 1999) and the Inventory of School Stress Factors (Marturano, 2009). The results showed that many children related having experienced diverse stress situations in the school environment and the most stressing domains perceived by them were their relations with other children and the adaptation to non-academic demands. The total stress score perceived by the children was significantly correlated to their behaviours as evaluated by their parents (r=0.36, p<0.05). In addition to several other correlations and relations found in the results analysed, three multiple linear regression models can be identified: (1) receiving corporal punishment from their parents and the short repertoire of the children’s social skills are predictors of behaviour problems in children aged between 5 and 7; (2) the low repertoire of social skills and the low self-concept of the children are predictors of externalized behaviours in children aged 5 to 7; and (3) parental stress and children’s repertoire of social skills are predictors of family interaction. The qualitative analysis of the children’s answers showed that their desire involves more positive family interaction, that is to say, less negative communication and corporal punishment by their parents and more parental involvement. This study has demonstrated the important of the Quality of Family Interaction for child development, in addition to its increasing the possibilities of children’s success at school, and has raised diverse aspects to be the subject of future studies relating to this theme and to the instruments used.131 f. : il. [algumas color.], tabs., grafs.application/pdfDisponível em formato digitalEnsino fundamentalDissertações - EducaçãoStress em criançasHabilidades sociais - CriançasEducaçãoTransição ao primeiro ano do ensino fundamental : percepção do estresse pelas crianças, suas características psicológicas e variáveis do seu contexto familiarinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - GISELE REGINA STASIAK.pdfapplication/pdf2041603https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/45653/1/R%20-%20D%20-%20GISELE%20REGINA%20STASIAK.pdf7d72fbdb3e4cf3c1090ae4658d60b6ddMD51open access1884/456532020-09-22 11:16:09.836open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/45653Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082020-09-22T14:16:09Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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