Eficiência reprodutiva de borregas e ovelhas submetidas a protocolos hormonais de curta e longa duração e inseminadas em tempo fixo com diferentes metodologias e tipos de sêmen

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Prado, Odilei Rogerio
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/30374
Resumo: Resumo: O objetivo desse trabalho foi avaliar a fertilidade dos rebanhos comerciais de ovinos do Estado do Paraná, dentro e fora da estação reprodutiva mediante a implementação de biotecnologias ao manejo reprodutivo, visando oferta regular de cordeiros para abate ao longo do ano e a eficiência econômica dos sistemas comerciais. Para tal, estão agrupados nesta tese vários experimentos realizados com ovelhas e borregas de diferentes raças, utilizando protocolos hormonais curto (PHC 6 dias) e longo (PHL 12 dias) e técnicas de inseminação artificial, cervical e intrauterina. Foram estudadas também algumas técnicas reprodutivas, como a adição de plasma seminal ao sêmen descongelado, e inseminação artificial em tempo fixo em diferentes horários. Além disso, o custo dos protocolos e das técnicas de inseminação foi analisado, considerando a comercialização do cordeiro. A variável de estudo foi sempre o percentual de prenhez (número de fêmeas prenhas em relação ao total de fêmeas inseminadas x 100). No primeiro capítulo, para 174 ovelhas cruza Texel, a taxa de prenhez com adição de plasma seminal ao sêmen descongelado (7,0%) não diferiu (P>0,05) do tratamento sem adição de plasma (4,3%), entretanto foi inferior (P<0,05) se comparada à taxa de prenhez das ovelhas sob inseminação via cervical superficial com sêmen fresco diluído (50,0%) e inseminação via laparoscopia com sêmen descongelado (39,4%). A fim de avaliar a taxa de prenhez de ovelhas e borregas submetidas a protocolos hormonais para sincronização de estro de curta e longa duração, e inseminadas em tempo fixo durante a estação e contra estação reprodutiva, foram avaliadas 144 fêmeas, sendo 96 ovelhas da raça Texel (2 a 6 anos) e 48 borregas das raças Suffolk (15 a 18 meses) em quatro experimentos: 1) ovelhas Texel em estação reprodutiva; 2) ovelhas Texel em final de período de anestro sazonal; 3) borregas Suffolk em estação reprodutiva; 4) borregas Suffolk em anestro sazonal. Nesse caso, não houve diferença (P>0,05) na taxa de fertilidade entre os protocolos em nenhum dos 4 experimentos, no entanto, diferença (P<0,05) na taxa de fertilidade na resposta com diferentes categorias de ovelhas e de borregas foi notada. Ainda, foram estudadas 116 ovelhas da raça Ideal sob os protocolos hormonais, curto e longo em dois horários de inseminação artificial em tempo fixo. Não houve diferença (P>0,05) para percentual de prenhez entre ovelhas do PHC e PHL (25,2% e 35,3%, respectivamente). Entretanto, as ovelhas inseminadas entre 55h e 30 min e 58h 30min após a remoção dos pessários, apresentaram menor (P<0,05) percentual de prenhez (PHC=16,6%; PHL=28,3%) do que as inseminadas entre 58h 30 min e 61h e 30 min (PHC=32,7%; PHL=42,9%). Outras 37 borregas White Dorper (WD) x Suffolk foram inseminadas em tempo fixo e repassadas em monta com carneiro fora da estação reprodutiva. Após duas semanas da IATF, as borregas foram repassadas por monta natural por 14 dias com o reprodutor WD. Nesse ensaio, não houve diferença (p>0,05) entre a apresentação de cio e taxa de prenhez das borregas submetidas aos protocolos hormonais, curto e longo. Finalmente, a análise de custos de dois dos experimentos descritos: 1) março/2011 (estação reprodutiva) com 29 borregas submetidas a protocolo curto (n=15) e longo (n=14) e inseminadas em tempo fixo por laparoscopia com sêmen descongelado; e 2) outubro/2011 (contra estação) com 37 borregas submetidas a protocolo curto (n=20) e longo (n=17) e inseminadas em tempo fixo por via cervical superficial com sêmen fresco diluído, onde foi encontrada diferença no custo total do cordeiro produzido entre os protocolos hormonais e técnicas de inseminação. A mão de obra (47,4%) e os medicamentos para sincronização (33,8%) foram os componentes mais relevantes no custo total. O protocolo hormonal curto associado à inseminação artificial cervical com sêmen fresco diluído apresentou o menor custo por cordeiro produzido. Para obtenção de taxas de prenhez satisfatórias com inseminação artificial, os protocolos hormonais curtos de sincronização de estro são mais indicados para borregas e ovelhas em estação reprodutiva e para borregas em anestro. Já em anestro sazonal, os protocolos hormonais longos são mais indicados para fêmeas multíparas. A inseminação artificial cervical proporciona prenhez satisfatória ao menor custo por cordeiro produzido.
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Foram estudadas também algumas técnicas reprodutivas, como a adição de plasma seminal ao sêmen descongelado, e inseminação artificial em tempo fixo em diferentes horários. Além disso, o custo dos protocolos e das técnicas de inseminação foi analisado, considerando a comercialização do cordeiro. A variável de estudo foi sempre o percentual de prenhez (número de fêmeas prenhas em relação ao total de fêmeas inseminadas x 100). No primeiro capítulo, para 174 ovelhas cruza Texel, a taxa de prenhez com adição de plasma seminal ao sêmen descongelado (7,0%) não diferiu (P>0,05) do tratamento sem adição de plasma (4,3%), entretanto foi inferior (P<0,05) se comparada à taxa de prenhez das ovelhas sob inseminação via cervical superficial com sêmen fresco diluído (50,0%) e inseminação via laparoscopia com sêmen descongelado (39,4%). A fim de avaliar a taxa de prenhez de ovelhas e borregas submetidas a protocolos hormonais para sincronização de estro de curta e longa duração, e inseminadas em tempo fixo durante a estação e contra estação reprodutiva, foram avaliadas 144 fêmeas, sendo 96 ovelhas da raça Texel (2 a 6 anos) e 48 borregas das raças Suffolk (15 a 18 meses) em quatro experimentos: 1) ovelhas Texel em estação reprodutiva; 2) ovelhas Texel em final de período de anestro sazonal; 3) borregas Suffolk em estação reprodutiva; 4) borregas Suffolk em anestro sazonal. Nesse caso, não houve diferença (P>0,05) na taxa de fertilidade entre os protocolos em nenhum dos 4 experimentos, no entanto, diferença (P<0,05) na taxa de fertilidade na resposta com diferentes categorias de ovelhas e de borregas foi notada. Ainda, foram estudadas 116 ovelhas da raça Ideal sob os protocolos hormonais, curto e longo em dois horários de inseminação artificial em tempo fixo. Não houve diferença (P>0,05) para percentual de prenhez entre ovelhas do PHC e PHL (25,2% e 35,3%, respectivamente). Entretanto, as ovelhas inseminadas entre 55h e 30 min e 58h 30min após a remoção dos pessários, apresentaram menor (P<0,05) percentual de prenhez (PHC=16,6%; PHL=28,3%) do que as inseminadas entre 58h 30 min e 61h e 30 min (PHC=32,7%; PHL=42,9%). Outras 37 borregas White Dorper (WD) x Suffolk foram inseminadas em tempo fixo e repassadas em monta com carneiro fora da estação reprodutiva. Após duas semanas da IATF, as borregas foram repassadas por monta natural por 14 dias com o reprodutor WD. Nesse ensaio, não houve diferença (p>0,05) entre a apresentação de cio e taxa de prenhez das borregas submetidas aos protocolos hormonais, curto e longo. Finalmente, a análise de custos de dois dos experimentos descritos: 1) março/2011 (estação reprodutiva) com 29 borregas submetidas a protocolo curto (n=15) e longo (n=14) e inseminadas em tempo fixo por laparoscopia com sêmen descongelado; e 2) outubro/2011 (contra estação) com 37 borregas submetidas a protocolo curto (n=20) e longo (n=17) e inseminadas em tempo fixo por via cervical superficial com sêmen fresco diluído, onde foi encontrada diferença no custo total do cordeiro produzido entre os protocolos hormonais e técnicas de inseminação. A mão de obra (47,4%) e os medicamentos para sincronização (33,8%) foram os componentes mais relevantes no custo total. O protocolo hormonal curto associado à inseminação artificial cervical com sêmen fresco diluído apresentou o menor custo por cordeiro produzido. 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