Produtividade de forragem, composição química e morfogênese de Trachypogon plumosus no cerrado de Roraima

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Autor(a) principal: Costa, Newton de Lucena
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/29682
Resumo: Resumo: No Cerrado de Roraima, Trachypogon plumosus é a gramínea predominante nas áreas planas e não inundáveis e a que apresenta maior potencial forrageiro para a alimentação de ruminantes. A análise de crescimento e a caracterização morfogênica são ferramentas de grande utilidade para determinar o seu potencial produtivo e suas bases fisiológicas, permitindo a proposição de práticas de manejo mais eficientes e sustentáveis. A produtividade e qualidade de forragem de uma gramínea estão diretamente relacionadas com a disponibilidade de nutrientes no solo, condições ambientais, estádio fenológico de crescimento e intensidade de desfolhação. Avaliaram-se os efeitos da correção da fertilidade do solo (testemunha, calagem, adubação e calagem + adubação), idades de rebrota (21, 28, 35, 42, 49, 56, 63, 70, 77 e 84 dias), intensidades de desfolhação (remoção de 50 e 75% da parte aérea) e estações de crescimento (períodos chuvoso e seco) sobre a dinâmica de crescimento, produtividade e composição química da forragem, características morfogênicas e estruturais de Trachypogon plumosus nos cerrados de Roraima. Maiores períodos de rebrota resultaram em maiores rendimentos de matéria seca (MS), taxa absoluta de crescimento (TAC), densidade populacional de perfilhos (DPP), número de folhas vivas (NFV), comprimento final de folhas (CFF), índice (IAF) e razão de área foliar (RAF) e taxas de alongamento (TAlF) e senescência foliar (TSF), ocorrendo o inverso quanto às taxas médias (TMC) e relativas (TCR) de crescimento, taxa de assimilação líquida (TAL) e de aparecimento foliar (TApF). A gramínea apresentou alta responsividade à melhoria da fertilidade do solo. A calagem + adubação e a adubação proporcionaram maiores rendimentos de MS (1.934 e 1.661 kg ha-1), TAC (36,6 e 31,5 kg ha-1 dia-1), TMC (32,5 e 27,9 kg ha-1 dia-1), TAL (4,993 e 4,152 g m-2 dia-1), RAF (152,9 e 140,9 cm2 g-1), NFV (4,93 e 4,85 folhas perfilho-1), TApF (0,119 e 0,109 folhas dia-1 perfilho-1), TAlF (2,14 e 1,80 cm dia-1 perfilho-1), CFF (18,5 e 16,1 cm), IAF (2,42 e 2,14), DPP (570 e 534 perfilhos m-2) e TSF (0,196 e 0,178 cm dia-1 perfilho-1). Períodos de descanso entre 56 e 63 dias com o uso de adubação e calagem + adubação e, 63 a 70 dias para a testemunha e com calagem são os mais adequados, otimizando a eficiência de utilização da forragem produzida e reduzindo as perdas por senescência foliar da gramínea. A calagem + adubação e a adubação, durante o período chuvoso, proporcionaram maiores TApF (0,151 e 0,156 folha perfilho-1 dia-1), TAlF (1,722 e 1,603 cm dia-1 perfilho-1), NFV (5,12 e 4,98 folhas perfilho-1), duração de vida de folhas (35,0 e 38,1 dias folha-1), CFF (18,2 e 17,3 cm), IAF (3,21 e 3,07) e DPP (859 e 848 perfilhos m-2), ocorrendo o oposto quanto ao filocrono (203,3 e 201,2 graus-dia folha-1). Todas as variáveis avaliadas foram significativamente reduzidas (P<0,05) durante o período seco, exceto a taxa de senescência foliar. A menor intensidade de desfolhação afetou positivamente (P<0,05) a TApF, o CFF e o IAF, ocorrendo o oposto quanto ao NFV e a DPP. A intensidade de desfolhação de 50%, conjuntamente com a adubação ou calagem + adubação, maximiza o fluxo líquido de tecidos e a eficiência de utilização da forragem produzida. Os teores de proteína bruta (PB), fósforo (P), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e potássio (K) foram inversamente proporcionais às idades de rebrota, ocorrendo o oposto quanto aos teores de fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA). Os maiores teores de PB e K foram obtidos com a adubação e a calagem + adubação, enquanto que a testemunha apresentou maiores teores de P, Ca e Mg. O efeito da idade de rebrota sobre o acúmulo e/ou extração de nutrientes foi quadrático e os máximos valores registrados aos 67,8 (166,94 kg ha-1 de PB), 63,4 (2,82 kg ha-1 de P), 62,9 (5,17 kg ha-1 de Ca), 68,4 (3,32 kg ha-1 de Mg) e 66,0 dias (12,71 kg ha-1 de K). O máximo acúmulo e/ou extração de macronutrientes foi a seguinte: PB > K > Ca > Mg > P. A adubação e a calagem + adubação proporcionaram maior extração de nutrientes e forragem de melhor qualidade com menor teor de fibras. O aumento da intensidade de desfolhação, durante o período chuvoso, reduziu as taxas de crescimento e a produtividade e qualidade da forragem, independentemente da correção da fertilidade do solo, sem efeito significativo (P>0,05) durante o período seco. Os maiores rendimentos de matéria seca verde (P<0,05) foram registrados durante o período chuvoso, com 50% de desfolhação e utilização da calagem + adubação (6.607 kg ha-1) ou adubação (6.314 kg ha-1). A remoção de 75% do dossel da pastagem em combinação com a calagem + adubação (2.433 kg ha-1) ou adubação (2.335 kg ha-1), durante o período chuvoso, resultou em maior acúmulo de material morto. Os maiores teores de PB e os menores de FDN e FDA foram estimados durante o período chuvoso, na intensidade de desfolhação de 50% e com a utilização de calagem + adubação (10,2% de PB; 71,9% de FDN e 34,1% de FDA) ou adubação (9,7% de PB; 72,1% de FDN e 35,8% de FDA). A utilização da adubação ou calagem + adubação e da intensidade de desfolhação de 50% asseguram melhor distribuição estacional e maior produtividade e qualidade da forragem, além da possível redução no intervalo entre pastejos.
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Avaliaram-se os efeitos da correção da fertilidade do solo (testemunha, calagem, adubação e calagem + adubação), idades de rebrota (21, 28, 35, 42, 49, 56, 63, 70, 77 e 84 dias), intensidades de desfolhação (remoção de 50 e 75% da parte aérea) e estações de crescimento (períodos chuvoso e seco) sobre a dinâmica de crescimento, produtividade e composição química da forragem, características morfogênicas e estruturais de Trachypogon plumosus nos cerrados de Roraima. Maiores períodos de rebrota resultaram em maiores rendimentos de matéria seca (MS), taxa absoluta de crescimento (TAC), densidade populacional de perfilhos (DPP), número de folhas vivas (NFV), comprimento final de folhas (CFF), índice (IAF) e razão de área foliar (RAF) e taxas de alongamento (TAlF) e senescência foliar (TSF), ocorrendo o inverso quanto às taxas médias (TMC) e relativas (TCR) de crescimento, taxa de assimilação líquida (TAL) e de aparecimento foliar (TApF). 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O aumento da intensidade de desfolhação, durante o período chuvoso, reduziu as taxas de crescimento e a produtividade e qualidade da forragem, independentemente da correção da fertilidade do solo, sem efeito significativo (P>0,05) durante o período seco. Os maiores rendimentos de matéria seca verde (P<0,05) foram registrados durante o período chuvoso, com 50% de desfolhação e utilização da calagem + adubação (6.607 kg ha-1) ou adubação (6.314 kg ha-1). A remoção de 75% do dossel da pastagem em combinação com a calagem + adubação (2.433 kg ha-1) ou adubação (2.335 kg ha-1), durante o período chuvoso, resultou em maior acúmulo de material morto. Os maiores teores de PB e os menores de FDN e FDA foram estimados durante o período chuvoso, na intensidade de desfolhação de 50% e com a utilização de calagem + adubação (10,2% de PB; 71,9% de FDN e 34,1% de FDA) ou adubação (9,7% de PB; 72,1% de FDN e 35,8% de FDA). 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