Utilização de mudas da regeneração natural em reflorestamentos com especies nativas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Corvello, Walcir Brasil Vaz
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/25162
Resumo: Em pesquisa desenvolvida sob condições de campo, foram estudadas as mudas formadas por regeneração natural, das espécies nativas Ilex paraguariensis (erva-mate), Ocotea puberula (canela -guaicá) e Podocarpus lambertii (pinheiro-bravo), quanto aos seus aspectos silviculturais. O objetivo principal deste trabalho foi o de comprovar a viabilidade técnica de aproveitamento de mudas obtidas em regeneração natural e determinar a melhor técnica de utilização destas mudas em plantios florestais. As mudas usadas neste trabalho foram extraídas de regeneração estabelecida em floresta nativa na região Sul do Brasil, primeiro planalto paranaense, de ocorrência típica do pinheiro-brasileiro (Araucaria angustifolia). Selecionadas na floresta, em função do seu vigor, qualidade de fuste e sanidade, as mudas foram agrupadas em 3 classes de altura, ou seja: porte pequeno (até 30 cm) , médio (de 30 a 60 cm) e grande (de 60 a 120 cm) Metade das mudas selecionadas foi extraída da regeneração, passando por uma fase de viveiro (3 meses) , onde receberam condicionamento especial, através de transplante para recipientes, irrigações e sombreamento, sendo levadas depois, para o plantio definitivo. A outra metade das mudas permaneceu estes 3 meses na floresta, sendo extraídas da regeneração somente por ocasião do plantio definitivo no campo, e utilizadas na modalidade de mudas de raiz nua, em plantio direto. O experimento foi instalado em capoeira, sob sombreamento, em delineamento de blocos ao acaso, com 3 repetições e os tratamentos arranjados fatorialmente. Os tratamentos preconizados, em número de 18, decorreram das combinações de 2 fatores com 3 níveis e um terceiro fator com 2 níveis (fatorial 3 x 3 x 2) , ou sejam: FATOR A - Espécies Níveis: a1 - Ilex paraguariensis a2 - Ocotea puberula a3 - Podocarpus lambertii FATOR B - Portes das mudas Níveis: b1 - pequeno (até 30 cm) b2 - médio (30 a 60 cm) b3 - grande (60 a 120 cm) FATOR C - Condicionamento das mudas Níveis: c1 - mudas de viveiro c2 - mudas de plantio direto. As variáveis analisadas no experimento de campo, foram a sobrevivência e o crescimento inicial das mudas, num período de 180 dias após o plantio. Concluiu-se que os melhores tratamentos foram: a) para as espécies Ilex paraguariensis e Ocotea puberula, o plantio de mudas de porte médio (em torno de 50 cm) , condicionadas em viveiro por um período de 3 meses. A fase de viveiro é indispensável, para uma pré-adaptação das mudas destas espécies e garantir o sucesso do plantio. b) para a espécie Podocarpus lambertii, o plantio direto de mudas com raiz nua, de tamanho médio (em torno de 50 cm) , apresentou ótimos resultados. A fase de viveiro para adaptação das mudas é absolutamente desnecessária para esta espécie, podendo-se assim, eliminar várias operações de viveiro, que oneram o custo de produção da muda. As espécies investigadas são umbrófilas na fase juvenil, sendo recomendável o plantio de suas mudas em ambientes sombreados, semelhantes aos do local da regeneração natural, onde foram produzidas. Os plantios de enriquecimento, para recuperação de florestas degradadas e capoeiras de pouco valor florestal, constituem um bom campo de aplicação prática para esta pesquisa, de acordo com os objetivos propostos.
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