Utilização de extrato de Artemisia annua no controle de eimeria em aves e nematódeos gastrintestinais em caprinos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/30230 |
Resumo: | Resumo: A eimeriose causa graves lesões no sistema digestivo das aves, o que acarreta em perdas produtivas, que ocorrem tanto de modo direto como indireto. Na caprinocultura, este lugar é ocupado pelas infecções por nematódeos gastrintestinais. O modo usual de combater estes dois problemas é com o uso de produtos antiparasitários comerciais, o que causa também a seleção de organismos resistentes. Este fato é reconhecido no Brasil e no mundo. Diversas ferramentas foram desenvolvidas com o intuito de contornar essa situação, sendo que uma das mais promissoras é a utilização da fitoterapia. Entre as diversas plantas estudadas, uma que possui um grande destaque atualmente é a Artemisia annua. Planta de origem chinesa, onde é usada há mais de 2000 anos para curar a malária e outros distúrbios. Artemisia annua se encontra difundida por diversas partes do globo, sendo pesquisada para combater os mais diversos patógenos. Na parasitologia, muitos são os casos de sucesso relatados com a utilização de produtos derivados de diferentes extrações, principalmente frente a nematódeos e protozoários do filo Apicomplexa. Esta dissertação se inicia com um capitulo sobre a resistência dos nematódeos gastrintestinais de caprinos, mostrando as novas ferramentas existentes para combater este problema. Este capitulo irá focar na utilização da fitoterapia como tratamento, indicando o potencial da Artemisia annua para resolver esse agravo. Em seguida, são apresentados três trabalhos com a utilização de extratos fitoterápicos desenvolvidos a partir das folhas da planta. No primeiro, foram produzidas três diferentes extrações: aquosa (Aq.), hidroalcoólica de 7 dias (H.7) e de 30 dias (H.30). Estes foram submetidos a marcha fitoquímica, dosagem de fenóis totais e de artemisinina, teste toxicológico e ensaios antioxidantes. Concluiu-se que ambos os extratos possuiram vários metabólitos com ações antiparasitárias, além de melhorarem o sistema imune e possuírem baixo índice de toxicidade. Já no segundo trabalho, os três extratos foram usados para verificar a atividade in vitro para combater nematódeos gastrintestinais de caprinos. Os extratos H.7 e H.30 demonstraram eficácia superior a 90% no teste da eclodibilidade larvar somente na concentração de 50 mg/ml-1. O mesmo não ocorreu no teste de inibição da migração larvar. O extrato aquoso não demonstrou bons resultados nos dois testes. Por fim, no último trabalho é mostrado o uso para combater a coccidiose em camas de aves contaminadas. Após a aplicação dos produtos e analise do material, verificou-se que a redução máxima dos oocistos foi menor que 45%, com a aplicação dos extratos H.7 e H.30 na concentração de 12 mg.mL-1. Contudo, devido à magnitude do problema que é esta doença e das dificuldades de destruir os oocistos, os resultados foram considerados muito positivos. Em conclusão, os extratos demonstraram uma excelente atividade frente aos desafios impostos. Este fator, aliado aos resultados encontrados nos exames bioquímicos, evidenciam que estes fitoterápicos possuem um alto potencial antiparasitário e devem ser melhor estudados, visando maximizar a eficácia e explorar novas áreas de aplicação. |
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