Efeitos do Hypericum perforatum L. em dois modelos animais de transtorno de pânico
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Data de Publicação: | 2002 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/1884/88067 |
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Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em FarmacologiaAndreatini, Roberto, 1961-Beijamini, Vanessa2024-05-16T19:50:34Z2024-05-16T19:50:34Z2002https://hdl.handle.net/1884/88067Orientador: Roberto AndreatiniDissertaçao (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciencias BiológicasResumo: Considerando que o Hypericum perforatum apresenta efeito antidepressivo em estudos clínicos e pré-clínicos e que os antidepressivos são uma das principais classes de drogas empregadas no tratamento do Transtorno de Pânico, o objetivo do presente estudo foi avaliar o potencial efeito antipânico do extrato de Hypericum perforatum em modelos de Transtorno de Pânico. Dessa forma, foi avaliado o efeito dos tratamentos subagudo (3 vezes em 24 horas), subcrônico (7 dias) e crônico (21 dias) com Hypericum perforatum em animais submetidos ao Labirinto em T Elevado e à Bateria de Testes de Defesa em Camundongos. Foram escolhidas doses que exibiram efeito antidepressivo (determinadas pelo Teste de Natação Forçada) e que não alteraram a atividade locomotora dos animais. A paroxetina, um inibidor seletivo da recaptação de serotonina eficaz no Transtorno de Pânico, foi empregada como um controle positivo, possibilitando também a comparação do perfil de efeitos comportamentais nos modelos utilizados. O Labirinto em T Elevado, proposto por Graeff e colaboradores, permite a avaliação de dois tipos de ansiedade (aprendida e inata) em um mesmo animal. A ansiedade aprendida, provavelmente relacionada ao Transtorno de Ansiedade Generalizada, é avaliada por um procedimento similar à esquiva inibitória. A ansiedade inata é avaliada pela fuga dos braços abertos e, possivelmente, estaria relacionada com o Transtorno de Pânico. Além disso, foram realizadas algumas modificações no protocolo originalmente desenvolvido para esse modelo. A Bateria de Testes de Defesa em Camundongos foi desenvolvida a partir da avaliação etológica do comportamento dos animais em resposta a um predador. Neste modelo, camundongos são expostos a um predador (rato anestesiado ou morto) em uma pista oval, sendo realizadas 3 situações distintas: fuga à aproximação do rato (feita manualmente pelo experimentador), avaliação de risco ao predador e comportamento de defesa/ataque ao contato com o predador. Ambos, o extrato de Hypericum perforatum e a paroxetina, apresentaram efeito antipânico na tarefa de fuga do Labirinto em T Elevado, após tratamento subcrônico (7 dias), em doses que não alteraram a atividade locomotora no Campo Aberto. A maior dose do extrato induziu um efeito ansiolítico na tarefa de esquiva inibitória do Labirinto em T Elevado. Na Bateria de Testes de Defesa em Camundongos, ambas as drogas, após tratamento crônico, também apresentaram um perfil semelhante ao de drogas panicolíticas, reduzindo significantemente as reações de fuga ao predador. Esses resultados, como um todo, sugerem que o Hypericum perforatum pode exercer um efeito antipânico. A paroxetina ainda reduziu alguns comportamentos de avaliação de risco e, tanto ela quanto o extrato de Hypericum perforatum, diminuíram parcialmente os comportamentos defensivos exibidos no contato com o rato, apontando um potencial efeito ansiolítico. Entretanto, mais estudos são necessários para apoiar essa hipótese. O extrato de Hypericum perforatum apresentou um perfil semelhante ao da paroxetina, uma droga clinicamente eficaz no tratamento do Transtorno de Pânico e potencialmente eficaz no Transtorno de Ansiedade Generalizada, o que indica a possibilidade desses efeitos do extrato serem mediados pelo sistema serotoninérgico. Entretanto, o mecanismo de ação do H. perforatum ainda não foi completamente elucidado. Além disso, em relação ao Labirinto em T Elevado, os resultados proporcionaram dados adicionais para a validação farmacológica (paroxetina) da fuga como um modelo animal de pânico e sugerem que método modificado para medir esse parâmetro pode ser mais sensível ao efeito antipânico de drogas do que o método tradicional.Abstract: Considering that Hypericum perforatum (LI-160) exhibits antidepressive effect and that antidepressive drugs are the mainly treatment to Panic Disorder, the aim of the present study was to evaluate the effect of extract in animal models of Panic Disorder. Thus, it was evaluated the effect of subacute (3 times in 24 h), subchronic (7 days) and chronic (21 days) Hypericum perforatum administration in animals submitted to the Elevated T-maze and to the Mouse Defense Battery Test. The dose chosen exhibited antidepressive-like effect (determined in the forced swimming test) but did not change locomotor activity. Paroxetine, an anxiolytic and antipanic drug, was used as a positive control. The Elevated T-maze is proposed to separate 2 types of fear in the same animal: conditioned anxiety, represented by inhibitory avoidance behavior and related to generalized anxiety disorder; and unconditioned fear, represented by one-way escape, related to panic disorder. Furthermore, The Mouse Defense Test Battery was designed to assess defensive reactions of mice confronted with a natural threat (a rat) and situations associated with this threat. The results showed that subchronic treatment with H. perforatum 300 mg/Kg exerts an anxiolytic-like effect in the inhibitory avoidance task on Elevated T-maze at doses that exhibited an anti-immobility effect in the forced swimming test and did not change locomotor activity. Moreover, these treatments induced an antipanic effect in the one-way escape on the Elevated T-maze. On the Mouse Defense Test Battery, after chronic administration, both drugs (paroxetine 5 mg/Kg and Hypericum perforatum 300 mg/Kg) reduced escape reactions to the predator, suggesting that Hypericum perforatum extract could exert an antipanic effect. At while, these results suggests a potential antipanic effect of Hypericum perforatum (LI-160). Furthermore, the Elevated T-maze results have given additional data (paroxetine) for the pharmacological validation of one-way escape as a model of panic anxiety and suggest that the modified method to record this parameter can be more sensitive to antipanic effect of drugs than to the traditional method.114 f. : grafs., tabs.application/pdfDisponível em formato digitalEfeitos do Hypericum perforatum L. em dois modelos animais de transtorno de pânicoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALD - D - VANESSA BEIJAMINI.pdfapplication/pdf13692392https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/88067/1/D%20-%20D%20-%20VANESSA%20BEIJAMINI.pdfd3c1adfcdd9fba4ba1445f85c265d00bMD51open access1884/880672024-05-16 16:50:35.006open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/88067Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082024-05-16T19:50:35Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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