Encarceramento LGBT : a heteronormatividade como fator de incidência do poder punitivo no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tarastchuk, Helena Vidal, 1998-
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/71194
Resumo: Orientadora : Profa. Dra. Katie Selene Cáceres Arguello
id UFPR_180555b7d8e6be5764de4647045839fd
oai_identifier_str oai:acervodigital.ufpr.br:1884/71194
network_acronym_str UFPR
network_name_str Repositório Institucional da UFPR
repository_id_str 308
spelling Tarastchuk, Helena Vidal, 1998-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Jurídicas. Curso de Graduação em DireitoArgüello, Katie Silene Cáceres, 1969-2021-06-24T12:36:57Z2021-06-24T12:36:57Z2021https://hdl.handle.net/1884/71194Orientadora : Profa. Dra. Katie Selene Cáceres ArguelloMonografia (graduação) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Jurídicas, Curso de Graduação em DireitoInclui referênciasResumo : O sistema punitivo brasileiro já nasceu seletivo, racializado e com a tendência de controle da sexualidade. Atualmente, as sequelas dessas origens ainda se mantêm. O crime e o criminoso são construídos socialmente, embasados nos interesses da elite. A máquina punitiva estatal é direcionada aos corpos pretos, pobres, jovens e favelados, e os instrumentos de punição são diversos. Todo esse processo de criminalização é paralelo a outro, não menos importante, de construção da heteronormatividade e da heterossexualidade compulsória, que empurra as pessoas LGBT, com performatividades diferentes da construída como "normal", à margem, ao desemprego, ao desamparo econômico, ao isolamento familiar, à vulnerabilidade social. Por estarem marginalizados, especialmente os corpos LGBT pretos, pobres, mulheres travestis e transexuais, estes acabam, pela marginalização, sendo alvos, também, do poder punitivo. Já no cárcere, as mulheres lésbicas e bissexuais, com performatividade tida como mais "masculina", têm uma situação, dentro das limitações, relativamente mais confortável do que as que têm performatividade mais "feminina"; e, por vezes, as mulheres lésbicas e bissexuais no cárcere vivem grandes histórias de amor. As mulheres travestis, transexuais e os homens gays, são tidas, dentro das unidades prisionais masculinas, todas como "bichas" e sofrem exclusão pelas Organizações Criminosas e são obrigadas a se isolarem, em unidades seguras ou em alas exclusivas para essas pessoas.Abstract: The Brazilian punitive system was already born selective, racialized and with a tendency to control sexuality. Currently, the consequences of these origins still remain. The idea of crime and the criminal are socially constructed, based on the interests of the elite. The state’s punitive machine is aimed at black, poor, young and empoverished bodies, and the instruments of punishment are diverse. This entire criminalization process is parallel to another, no less important, process of normative construction of heteronormativity and compulsory heterosexuality , which pushes LGBT people, with different performances from that understood as "normal", on the margins, to unemployment, to economic helplessness, family isolation, social vulnerability. Because they are marginalized, especially black LGBT bodies, the poor, transvestite and transsexual women, they end up, by marginalization, being also targets of the punitive power. In prison, depending on the different identity intersections, the reality is totally different. Lesbian and bisexual women, with performances considered more "masculine", have a situation, within limitations, relatively more comfortable than those with more "feminine" performances; and sometimes lesbian and bisexual women in prison live great love stories. Transvestite women, transsexuals and gay men, are considered, within male prison units, all as "fagots" and suffer exclusion by Criminal Organizations and are forced to isolate themselves, in safe units or in exclusive wards for these people1 arquivo (64 p.).application/pdfCriminologiaSociologia criminal - BrasilHeterossexismoPrisãoPuniçao (Direito penal)Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e TransgênerosDireito penal - BrasilEncarceramento LGBT : a heteronormatividade como fator de incidência do poder punitivo no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALHelena Vidal Tarastchuk.pdfapplication/pdf4676351https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/71194/1/Helena%20Vidal%20Tarastchuk.pdf932f334956635707173e2f7f995422f1MD51open access1884/711942021-06-24 09:36:57.479open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/71194Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082021-06-24T12:36:57Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Encarceramento LGBT : a heteronormatividade como fator de incidência do poder punitivo no Brasil
title Encarceramento LGBT : a heteronormatividade como fator de incidência do poder punitivo no Brasil
spellingShingle Encarceramento LGBT : a heteronormatividade como fator de incidência do poder punitivo no Brasil
Tarastchuk, Helena Vidal, 1998-
Criminologia
Sociologia criminal - Brasil
Heterossexismo
Prisão
Puniçao (Direito penal)
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros
Direito penal - Brasil
title_short Encarceramento LGBT : a heteronormatividade como fator de incidência do poder punitivo no Brasil
title_full Encarceramento LGBT : a heteronormatividade como fator de incidência do poder punitivo no Brasil
title_fullStr Encarceramento LGBT : a heteronormatividade como fator de incidência do poder punitivo no Brasil
title_full_unstemmed Encarceramento LGBT : a heteronormatividade como fator de incidência do poder punitivo no Brasil
title_sort Encarceramento LGBT : a heteronormatividade como fator de incidência do poder punitivo no Brasil
author Tarastchuk, Helena Vidal, 1998-
author_facet Tarastchuk, Helena Vidal, 1998-
author_role author
dc.contributor.other.pt_BR.fl_str_mv Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Jurídicas. Curso de Graduação em Direito
dc.contributor.author.fl_str_mv Tarastchuk, Helena Vidal, 1998-
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Argüello, Katie Silene Cáceres, 1969-
contributor_str_mv Argüello, Katie Silene Cáceres, 1969-
dc.subject.por.fl_str_mv Criminologia
Sociologia criminal - Brasil
Heterossexismo
Prisão
Puniçao (Direito penal)
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros
Direito penal - Brasil
topic Criminologia
Sociologia criminal - Brasil
Heterossexismo
Prisão
Puniçao (Direito penal)
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros
Direito penal - Brasil
description Orientadora : Profa. Dra. Katie Selene Cáceres Arguello
publishDate 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-06-24T12:36:57Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-06-24T12:36:57Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2021
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://hdl.handle.net/1884/71194
url https://hdl.handle.net/1884/71194
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 1 arquivo (64 p.).
application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPR
instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron:UFPR
instname_str Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron_str UFPR
institution UFPR
reponame_str Repositório Institucional da UFPR
collection Repositório Institucional da UFPR
bitstream.url.fl_str_mv https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/71194/1/Helena%20Vidal%20Tarastchuk.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 932f334956635707173e2f7f995422f1
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801860305175707648