Influência de sangradouros nos migradores mareais de praias arenosas do litoral do Paraná, Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/35925 |
Resumo: | Resumo: Sangradouros são descargas de água pluvial do ambiente pós-dunas que irrompem no ambiente praial produzindo erosão e quedas abruptas na salinidade. A salinidade é um fator que poderia afetar, além da fauna intermareal, aos migradores mareais, que são espécies que se utilizam da subida e descida da maré para migrar verticalmente na face praial. A fim de determinar o efeito da alteração da salinidade sobre os migradores mareais, foram realizadas coletas mensais durante um ano numa praia afetada por um sangradouro permanente e em mais duas com sangradouros intermitentes, onde foram realizadas coletas no outono e na primavera. Foram determinadas duas áreas amostrais: uma no sangradouro e outra numa área Controle, localizada 150m ao sul do mesmo. Dentro de cada área, realizaram-se duas coletas, uma no início da enchente da maré e outra no final da enchente, sendo que cada coleta consistiu na realização de 5 arrastros de 3 m de extensão, utilizando uma draga de 30cm por 20cm de boca e malha 1mm. Os perfis das áreas onde se localizam os Sangradouros, sofreram um suavização na declividade, consequência da erosão causada pelo fluxo de água do mesmo. As granulometrias dos Balneários Barrancos e Atami foram de grãos finos, e de Ipanema de grãos médios. Porém na coleta da primavera neste último Balneário, foram constatadas diferenças granulométricas na área do Sangradouro, proveniente do carreamento de água e sedimento das dunas para a área de espraiamento. As análises estatísticas mostraram diminuições significativas nas abundâncias das espécies Donax gemmula, Donax hanleyanus e Hastula salleana na área do Sangradouro permanente. A espécie Hastula salleana só foi encontrada neste local nos meses de salinidade mais alta (acima de 19) enquanto o crustáceo Emerita brasiliensis foi o menos influenciado pela baixa salinidade causada pela descarga de água no espraiamento. Sangradouros intermitentes afetaram de modos diferentes a abundância da fauna, o que foi relacionado ao fluxo de água e ao sedimento da praia. Diferenças de zonação foram constatadas em Balneário Ipanema para as espécies D. gemmula e D. hanleyanus, devido à seus aumentos populacionais na primavera e ao surgimento de mais uma espécie do gênero, Donax sp. O tipo de coleta realizado, em diferentes tempos de maré, demonstrou que há migrações de todas as espécies de migradores mareais supracitadas, visto que todas ocorreram em ambos os tempos de coleta. O que ocorre é que cada espécie tem uma zona de ocorrência regular dentro de cada praia, e fazem migrações em pequenas escalas dentro de suas zonações. Palavras - chave: Sangradouro, salinidade, migradores mareais. |
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Oliveira, Priscilla Lucena deUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Ecologia e ConservaçãoBorzone, Carlos Alberto, 1955-2014-08-27T15:29:56Z2014-08-27T15:29:56Z2014http://hdl.handle.net/1884/35925Resumo: Sangradouros são descargas de água pluvial do ambiente pós-dunas que irrompem no ambiente praial produzindo erosão e quedas abruptas na salinidade. A salinidade é um fator que poderia afetar, além da fauna intermareal, aos migradores mareais, que são espécies que se utilizam da subida e descida da maré para migrar verticalmente na face praial. A fim de determinar o efeito da alteração da salinidade sobre os migradores mareais, foram realizadas coletas mensais durante um ano numa praia afetada por um sangradouro permanente e em mais duas com sangradouros intermitentes, onde foram realizadas coletas no outono e na primavera. Foram determinadas duas áreas amostrais: uma no sangradouro e outra numa área Controle, localizada 150m ao sul do mesmo. Dentro de cada área, realizaram-se duas coletas, uma no início da enchente da maré e outra no final da enchente, sendo que cada coleta consistiu na realização de 5 arrastros de 3 m de extensão, utilizando uma draga de 30cm por 20cm de boca e malha 1mm. Os perfis das áreas onde se localizam os Sangradouros, sofreram um suavização na declividade, consequência da erosão causada pelo fluxo de água do mesmo. As granulometrias dos Balneários Barrancos e Atami foram de grãos finos, e de Ipanema de grãos médios. Porém na coleta da primavera neste último Balneário, foram constatadas diferenças granulométricas na área do Sangradouro, proveniente do carreamento de água e sedimento das dunas para a área de espraiamento. As análises estatísticas mostraram diminuições significativas nas abundâncias das espécies Donax gemmula, Donax hanleyanus e Hastula salleana na área do Sangradouro permanente. A espécie Hastula salleana só foi encontrada neste local nos meses de salinidade mais alta (acima de 19) enquanto o crustáceo Emerita brasiliensis foi o menos influenciado pela baixa salinidade causada pela descarga de água no espraiamento. Sangradouros intermitentes afetaram de modos diferentes a abundância da fauna, o que foi relacionado ao fluxo de água e ao sedimento da praia. Diferenças de zonação foram constatadas em Balneário Ipanema para as espécies D. gemmula e D. hanleyanus, devido à seus aumentos populacionais na primavera e ao surgimento de mais uma espécie do gênero, Donax sp. O tipo de coleta realizado, em diferentes tempos de maré, demonstrou que há migrações de todas as espécies de migradores mareais supracitadas, visto que todas ocorreram em ambos os tempos de coleta. O que ocorre é que cada espécie tem uma zona de ocorrência regular dentro de cada praia, e fazem migrações em pequenas escalas dentro de suas zonações. Palavras - chave: Sangradouro, salinidade, migradores mareais.application/pdfDissertaçõesSalinidadePraias arenosasInfluência de sangradouros nos migradores mareais de praias arenosas do litoral do Paraná, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - PRISCILLA LUCENA DE OLIVEIRA.pdfapplication/pdf2176484https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/35925/1/R%20-%20D%20-%20PRISCILLA%20LUCENA%20DE%20OLIVEIRA.pdfdbaf2f3038c311120010bd2e151f227bMD51open accessTEXTR - D - PRISCILLA LUCENA DE OLIVEIRA.pdf.txtR - D - PRISCILLA LUCENA DE OLIVEIRA.pdf.txtExtracted Texttext/plain82465https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/35925/2/R%20-%20D%20-%20PRISCILLA%20LUCENA%20DE%20OLIVEIRA.pdf.txte1252d833775ee630314a3952ea1e133MD52open accessTHUMBNAILR - D - PRISCILLA LUCENA DE OLIVEIRA.pdf.jpgR - D - PRISCILLA LUCENA DE OLIVEIRA.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1147https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/35925/3/R%20-%20D%20-%20PRISCILLA%20LUCENA%20DE%20OLIVEIRA.pdf.jpg76d30c321d0f24ebdad875b1e796e358MD53open access1884/359252016-04-07 03:34:37.417open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/35925Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082016-04-07T06:34:37Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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