Embolia paradoxal avaliada pelo Doppler Transcraniano
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/26288 |
Resumo: | Resumo: O Doppler transcraniano contrastado (DTCc) é um método diagnóstico utilizado com frequência na investigação da embolia paradoxal (EP) e do forame oval patente (FOP). Apesar da padronização do método, inúmeros questionamentos existem em relação a metodologia utilizada, entre as quais, a solução contrastante ideal, o momento de realização da manobra de Valsalva (MV) durante o exame sensibilizado e marcadores que diferenciem entre a EP devido o FOP e outras EPs, preferencialmente as extracardíacas. Este estudo teve como objetivos: 1) comparar a positividade de EP pelo DTCc com o uso de duas soluções contrastantes, a solução salina agitada (SSA) e a solução salina agitada com sangue (SSAs); 2) comparar dois momentos da MV com o uso da SSAs; e 3) identificar possíveis marcadores de EP pelo DTCc que possam estar correlacionados com a presença de FOP pelo ecocardiograma. Material e Métodos: Foram analisados 42 pacientes em acompanhamento no Ambulatório de Doenças Cerebrovasculares do Serviço de Neurologia do Hospital de Clínicas da UFPR entre primeiro de outubro de 2007 e 31 de agosto de 2008 com indicação para investigação de EP ou FOP. Todos os pacientes foram submetidos a exame de DTCc padronizado, com uso das duas soluções contrastantes: SSA composta por 9ml de solução salina e 1ml de ar e SSAs, composta por 8ml de solução salina, 1ml de sangue do próprio paciente e 1ml de ar. Foram realizadas três metodologias: exame em repouso; sensibilizado previamente pela MV (MV-Pré), caracterizado por MV 5 segundos antes da injeção da solução contrastante e sensibilizado posteriormente pela MV (MV-Pós), caracterizado por MV 5 segundos após a injeção da solução contrastante. Resultados: Foi observada diferença na positividade da EP comparando as duas soluções utilizadas com a presença de maior duração da passagem de sinais de microembolia (MES) com a SSAs. Ao serem avaliados dois momentos distintos para a MV com o uso de SSAs, não foi observada diferença nos resultados de exames positivos, número e duração de MES. Nos pacientes com AVEi e DTCc positivo submetidos a ecocardiograma transesofágico contrastado (ETEc) para o diagnóstico de FOP, os exames com passagem de EP com número acima de 9 MES e início da passagem de MES antes de 9 segundos após a injeção da SSAs foram observados somente em pacientes com FOP pelo ETEc (31%). Conclusão: O uso de SSAs aumenta os graus e a duração da EP comparada a SSA, porém não existe diferença quanto a positividade de EP com SSAs quando comparados dois momentos distintos da MV. A presença de mais de 9 MES e início da passagem destes com menos de 9 segundos após a injeção da SSAs é um ponto de corte para identificar, com alta especificidade, os pacientes com FOP pelo ETEc. |
id |
UFPR_22bed232fba43b81926a2ab7646199f5 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:acervodigital.ufpr.br:1884/26288 |
network_acronym_str |
UFPR |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPR |
repository_id_str |
308 |
spelling |
Lange, Marcos ChristianoWerneck, Lineu Cesar, 1941-Zetola, Viviane de Hiroki FlumignanUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias da Saúde. Programa de Pós-Graduaçao em Medicina Interna2011-10-26T09:06:49Z2011-10-26T09:06:49Z2011-10-26http://hdl.handle.net/1884/26288Resumo: O Doppler transcraniano contrastado (DTCc) é um método diagnóstico utilizado com frequência na investigação da embolia paradoxal (EP) e do forame oval patente (FOP). Apesar da padronização do método, inúmeros questionamentos existem em relação a metodologia utilizada, entre as quais, a solução contrastante ideal, o momento de realização da manobra de Valsalva (MV) durante o exame sensibilizado e marcadores que diferenciem entre a EP devido o FOP e outras EPs, preferencialmente as extracardíacas. Este estudo teve como objetivos: 1) comparar a positividade de EP pelo DTCc com o uso de duas soluções contrastantes, a solução salina agitada (SSA) e a solução salina agitada com sangue (SSAs); 2) comparar dois momentos da MV com o uso da SSAs; e 3) identificar possíveis marcadores de EP pelo DTCc que possam estar correlacionados com a presença de FOP pelo ecocardiograma. Material e Métodos: Foram analisados 42 pacientes em acompanhamento no Ambulatório de Doenças Cerebrovasculares do Serviço de Neurologia do Hospital de Clínicas da UFPR entre primeiro de outubro de 2007 e 31 de agosto de 2008 com indicação para investigação de EP ou FOP. Todos os pacientes foram submetidos a exame de DTCc padronizado, com uso das duas soluções contrastantes: SSA composta por 9ml de solução salina e 1ml de ar e SSAs, composta por 8ml de solução salina, 1ml de sangue do próprio paciente e 1ml de ar. Foram realizadas três metodologias: exame em repouso; sensibilizado previamente pela MV (MV-Pré), caracterizado por MV 5 segundos antes da injeção da solução contrastante e sensibilizado posteriormente pela MV (MV-Pós), caracterizado por MV 5 segundos após a injeção da solução contrastante. Resultados: Foi observada diferença na positividade da EP comparando as duas soluções utilizadas com a presença de maior duração da passagem de sinais de microembolia (MES) com a SSAs. Ao serem avaliados dois momentos distintos para a MV com o uso de SSAs, não foi observada diferença nos resultados de exames positivos, número e duração de MES. Nos pacientes com AVEi e DTCc positivo submetidos a ecocardiograma transesofágico contrastado (ETEc) para o diagnóstico de FOP, os exames com passagem de EP com número acima de 9 MES e início da passagem de MES antes de 9 segundos após a injeção da SSAs foram observados somente em pacientes com FOP pelo ETEc (31%). Conclusão: O uso de SSAs aumenta os graus e a duração da EP comparada a SSA, porém não existe diferença quanto a positividade de EP com SSAs quando comparados dois momentos distintos da MV. A presença de mais de 9 MES e início da passagem destes com menos de 9 segundos após a injeção da SSAs é um ponto de corte para identificar, com alta especificidade, os pacientes com FOP pelo ETEc.application/pdfTesesEmbolia paradoxal avaliada pelo Doppler Transcranianoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALTese Medicina Interna Marcos Lange 08.2011.pdfapplication/pdf5964025https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/26288/1/Tese%20Medicina%20Interna%20Marcos%20Lange%2008.2011.pdf14ee767cbdf09d78be785c485a59082eMD51open accessTEXTTese Medicina Interna Marcos Lange 08.2011.pdf.txtTese Medicina Interna Marcos Lange 08.2011.pdf.txtExtracted Texttext/plain160603https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/26288/2/Tese%20Medicina%20Interna%20Marcos%20Lange%2008.2011.pdf.txtbb176df7e926d3020e9de15c82818d3bMD52open accessTHUMBNAILTese Medicina Interna Marcos Lange 08.2011.pdf.jpgTese Medicina Interna Marcos Lange 08.2011.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1262https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/26288/3/Tese%20Medicina%20Interna%20Marcos%20Lange%2008.2011.pdf.jpgbcf8dabb5d43e63807842220114917feMD53open access1884/262882016-04-07 08:47:52.075open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/26288Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082016-04-07T11:47:52Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Embolia paradoxal avaliada pelo Doppler Transcraniano |
title |
Embolia paradoxal avaliada pelo Doppler Transcraniano |
spellingShingle |
Embolia paradoxal avaliada pelo Doppler Transcraniano Lange, Marcos Christiano Teses |
title_short |
Embolia paradoxal avaliada pelo Doppler Transcraniano |
title_full |
Embolia paradoxal avaliada pelo Doppler Transcraniano |
title_fullStr |
Embolia paradoxal avaliada pelo Doppler Transcraniano |
title_full_unstemmed |
Embolia paradoxal avaliada pelo Doppler Transcraniano |
title_sort |
Embolia paradoxal avaliada pelo Doppler Transcraniano |
author |
Lange, Marcos Christiano |
author_facet |
Lange, Marcos Christiano |
author_role |
author |
dc.contributor.other.pt_BR.fl_str_mv |
Werneck, Lineu Cesar, 1941- Zetola, Viviane de Hiroki Flumignan Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias da Saúde. Programa de Pós-Graduaçao em Medicina Interna |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Lange, Marcos Christiano |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Teses |
topic |
Teses |
description |
Resumo: O Doppler transcraniano contrastado (DTCc) é um método diagnóstico utilizado com frequência na investigação da embolia paradoxal (EP) e do forame oval patente (FOP). Apesar da padronização do método, inúmeros questionamentos existem em relação a metodologia utilizada, entre as quais, a solução contrastante ideal, o momento de realização da manobra de Valsalva (MV) durante o exame sensibilizado e marcadores que diferenciem entre a EP devido o FOP e outras EPs, preferencialmente as extracardíacas. Este estudo teve como objetivos: 1) comparar a positividade de EP pelo DTCc com o uso de duas soluções contrastantes, a solução salina agitada (SSA) e a solução salina agitada com sangue (SSAs); 2) comparar dois momentos da MV com o uso da SSAs; e 3) identificar possíveis marcadores de EP pelo DTCc que possam estar correlacionados com a presença de FOP pelo ecocardiograma. Material e Métodos: Foram analisados 42 pacientes em acompanhamento no Ambulatório de Doenças Cerebrovasculares do Serviço de Neurologia do Hospital de Clínicas da UFPR entre primeiro de outubro de 2007 e 31 de agosto de 2008 com indicação para investigação de EP ou FOP. Todos os pacientes foram submetidos a exame de DTCc padronizado, com uso das duas soluções contrastantes: SSA composta por 9ml de solução salina e 1ml de ar e SSAs, composta por 8ml de solução salina, 1ml de sangue do próprio paciente e 1ml de ar. Foram realizadas três metodologias: exame em repouso; sensibilizado previamente pela MV (MV-Pré), caracterizado por MV 5 segundos antes da injeção da solução contrastante e sensibilizado posteriormente pela MV (MV-Pós), caracterizado por MV 5 segundos após a injeção da solução contrastante. Resultados: Foi observada diferença na positividade da EP comparando as duas soluções utilizadas com a presença de maior duração da passagem de sinais de microembolia (MES) com a SSAs. Ao serem avaliados dois momentos distintos para a MV com o uso de SSAs, não foi observada diferença nos resultados de exames positivos, número e duração de MES. Nos pacientes com AVEi e DTCc positivo submetidos a ecocardiograma transesofágico contrastado (ETEc) para o diagnóstico de FOP, os exames com passagem de EP com número acima de 9 MES e início da passagem de MES antes de 9 segundos após a injeção da SSAs foram observados somente em pacientes com FOP pelo ETEc (31%). Conclusão: O uso de SSAs aumenta os graus e a duração da EP comparada a SSA, porém não existe diferença quanto a positividade de EP com SSAs quando comparados dois momentos distintos da MV. A presença de mais de 9 MES e início da passagem destes com menos de 9 segundos após a injeção da SSAs é um ponto de corte para identificar, com alta especificidade, os pacientes com FOP pelo ETEc. |
publishDate |
2011 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2011-10-26T09:06:49Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2011-10-26T09:06:49Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2011-10-26 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1884/26288 |
url |
http://hdl.handle.net/1884/26288 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPR instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR) instacron:UFPR |
instname_str |
Universidade Federal do Paraná (UFPR) |
instacron_str |
UFPR |
institution |
UFPR |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPR |
collection |
Repositório Institucional da UFPR |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/26288/1/Tese%20Medicina%20Interna%20Marcos%20Lange%2008.2011.pdf https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/26288/2/Tese%20Medicina%20Interna%20Marcos%20Lange%2008.2011.pdf.txt https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/26288/3/Tese%20Medicina%20Interna%20Marcos%20Lange%2008.2011.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
14ee767cbdf09d78be785c485a59082e bb176df7e926d3020e9de15c82818d3b bcf8dabb5d43e63807842220114917fe |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1813898855536656384 |