Dinâmica das exportações e avaliação da competitividade do setor de mate brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schirigatti, Elisangela Lobo
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/35908
Resumo: Resumo: O capítulo 1 analisou a dinâmica das exportações do mate brasileiro, no período de 1997 a 2011. Para isso foram realizadas as análises do comportamento das séries temporais do quantum, valor e preço de exportação dos dois produtos que compõem o mercado do mate (0903): o mate simplesmente cancheado e o outros tipos de mate. A estatística descritiva, a variação percentual, a taxa de crescimento composta, a concentração de mercado e a correlação foram as técnicas aplicadas para descrever o mercado. Os resultados obtidos apontam que 96% das exportações brasileiras de mate corresponderam aos outros tipos de mate e apenas 4% se referiram ao mate simplesmente cancheado, sendo que o Mercosul, com destaque para o Uruguai e o Chile se mostraram grande consumidores de ambos os tipos de mate absorvendo em média mais de 85% das exportações brasileiras. O Paraná, maior produtor de mate simplesmente cancheado também foi o maior exportador do produto, enquanto que, o Rio Grande do Sul, terceiro maior estado produtor de mate cancheado, foi o maior exportador de outros tipos de mate. O capítulo 2 verificou a competitividade do mate brasileiro e argentino, no mercado internacional. Os indicadores de desempenho: Índice de Vantagem Comparativa Revelada (IVCR), Taxa de cobertura (TC), Índice de Contribuição do Saldo Comercial (ICSC) e o Índice de Competitividade Revelada (ICR) mostraram que tanto o mate brasileiro quanto o argentino foram competitivos, porém quase todos os resultados foram superiores para a Argentina, com exceção do Market share e Índice de Posição Relativa do Mercado (IPRM) para o mate brasileiro foram maiores que do argentino. A Matriz de Competitividade mostrou que ambos os países apresentaram produtos de mate que possuem vantagem comparativa revelada dentro de mercados com demanda crescente. O Constant Market Share (CMS) indicou que o fator de maior relevância na explicação do crescimento efetivo das exportações brasileiras e argentinas de mate foi o efeito competitividade. O capítulo 3 analisou a influência do fatores determinantes - taxa de câmbio, preço de exportação do mate e preço de exportação do produto substituto - nas exportações do mate brasileiro e argentino. Para estimar as relações importantes para a competitividade do mate dos dois países, foram ajustados modelos econométricos através de Mínimos Quadrados Ordinários (MQO) e Mínimos Quadrados Generalizados (MQG), com forma funcional logarítmica. O segundo objetivo foi analisar a elasticidade-preço (E-P) na demanda do mate brasileiro e argentino e a Elasticidade de Substituição (ES) entre esses dois produtos no mercado internacional. Constatou-se que a taxa de câmbio não foi significante para os modelos estimados, com exceção do IVCR para o Brasil ao considerar as séries anuais estacionárias (1997-2011). Nesse caso, o aumento da taxa de câmbio impactou positivamente na competitividade do mate brasileiro, embora o aumento do preço de exportação do produto não tenha sido capaz de influenciar negativamente o quantum exportado. No que tange a elasticidade, a estimativa anual da E-P na demanda mundial do mate brasileiro mostrou-se inelástica, indicando uma certa insensibilidade do mercado mundial as alterações de preço. No que diz respeito a ES, ao considerar a série mensal (2007-2013), o mate brasileiro e argentino com destino mundo mostraram ser bens substitutos.
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Os resultados obtidos apontam que 96% das exportações brasileiras de mate corresponderam aos outros tipos de mate e apenas 4% se referiram ao mate simplesmente cancheado, sendo que o Mercosul, com destaque para o Uruguai e o Chile se mostraram grande consumidores de ambos os tipos de mate absorvendo em média mais de 85% das exportações brasileiras. O Paraná, maior produtor de mate simplesmente cancheado também foi o maior exportador do produto, enquanto que, o Rio Grande do Sul, terceiro maior estado produtor de mate cancheado, foi o maior exportador de outros tipos de mate. O capítulo 2 verificou a competitividade do mate brasileiro e argentino, no mercado internacional. 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