Resistência biótica ao hidrozoário Podocoryna loyola Haddad, Bettim, & Miglietta, 2014 (Cnidaria, Hydrozoa, Hydractiniidae) introduzido na Baía de Paranaguá, Paraná

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bettim , Ariane Lima
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/48192
Resumo: Orientadora : Profª Drª Maria Angélica Haddad
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spelling Bettim , Ariane LimaUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em ZoologiaHaddad, Maria Angélica2017-07-31T13:39:00Z2017-07-31T13:39:00Z2017http://hdl.handle.net/1884/48192Orientadora : Profª Drª Maria Angélica HaddadTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Zoologia. Defesa: Curitiba, 21/02/2017Inclui referências : f. 113-128Area de concentração: ZoologiaResumo: Os impactos decorrentes da presença de espécies onde previamente não ocorriam têm motivado um interesse crescente em compreender os processos que diminuem a vulnerabilidade das comunidades à invasão. Muitos mecanismos ecológicos que modulam o processo de invasão estão associados à capacidade das comunidades receptoras de resistir ao invasor, isto é, à resistência biótica. As interações bióticas que limitam os organismos não-nativos dependem da composição da comunidade residente, da disponibilidade de recursos e da heterogeneidade dos fatores abióticos. Compreender a vulnerabilidade de comunidades marinhas à invasão e os possíveis impactos resultantes da presença de uma espécie exótica foram os motivos do presente estudo, que teve por objetivo avaliar a habilidade da comunidade incrustante de substratos artificiais da Foz do rio Itiberê, Baía de Paranaguá, Paraná, em resistir à colonização e ao estabelecimento de Podocoryna loyola, um hidroide provavelmente introduzido na área portuária de Paranaguá e em outros estuários do sul do Brasil. Para isto, placas experimentais permaneceram submersas por 24 meses e foram submetidas a diferentes tratamentos. A resistência da comunidade ao recrutamento bimestral de P. loyola foi avaliada comparando-se o número e a cobertura inicial das colônias do hidroide entre substratos limpos e previamente ocupados (capítulo 1). Observou-se que a comunidade residente não foi capaz de impedir a presença do hidroide, mas limitou a cobertura dos recrutas. Comparando-se comunidades com e sem P. loyola (respectivamente, colônias permaneciam nas placas ou eram removias quinzenalmente) (capítulo 2), foi possível avaliar a resistência dos organismos residentes pelo grau de estabilidade na composição e na estrutura da comunidade, durante sua formação e desenvolvimento. A composição e a cobertura das espécies foram comparadas entre os tratamentos. Não foram observadas muitas diferenças devido à presença de P. loyola, somente um morfotipo teve redução, em um curto intervalo de tempo. Esse resultado não reflete inibição do hidroide ao longo da sucessão, mas pode ser consequência da exclusão ineficiente da espécie do tratamento pareado, ou também da sazonalidade ambiental, que pode ter fornecidos nichos temporais favoráveis ao estabelecimento de P. loyola. A resistência da comunidade ao desenvolvimento de P. loyola, durante o processo de sucessão, foi avaliada comparando comunidades intactas com experimentos em que os organismos, exceto o hidroide, eram removidos quinzenalmente (capítulo 3). As altas e rápidas taxas de crescimento registradas para as colônias do hidroide, nos dois tratamentos, revelaram que a comunidade residente não representa uma barreira contra a expansão das colônias. Conclui-se que a comunidade incrustante da foz do rio Itiberê exerce fraca resistência ao estabelecimento de P. loyola. Somente durante as exposições bimestrais das placas registrou-se uma limitação ao recrutamento de P. loyola, provavelmente devido à ocupação prévia do espaço pelos organismos residentes. Em estágios sucessionais mais avançados, a comunidade não foi capaz de inibir P. loyola, que dominou a comunidade nos períodos de outono-inverno. Os experimentos indicam que a superioridade competitiva do hidroide, ou o aproveitamento de nichos temporais fornecidos pela sazonalidade ambiental, estão associados ao estabelecimento bem sucedido de P. loyola. As diferenças na resistência da comunidade à P. loyola, entre o recrutamento e a sucessão, exemplificam a complexidade de mecanismos que determinam o sucesso das invasões e destacam a importância de avaliar a resistência biótica em distintas escalas temporais. Palavras-chave: Podocoryna loyola, bioinvasão, resistência biótica, recrutamento, sucessão, crescimento, sazonalidade.Abstract: The impacts resulting from the presence of species where previously did not occur have motivated an increasing interest in understanding the processes that reduce the vulnerability of the communities to the invasion. Many ecological mechanisms that modulate the invasion process are associated with the ability of receptor communities to resist the invader, that is, biotic resistance. The biotic interactions that will limit non-native organisms depend on the composition of the resident community, the availability of resources and the heterogeneity of the abiotic factors. Understanding the vulnerability of marine communities to the invasion and the possible impacts resulting from the presence of an exotic species were the reasons of the present study, whose objective was to evaluate the ability of the fouling community of artificial substrates at the mouth of the Itiberê River in Paranaguá Bay, Paraná, in resisting the colonization and establishment of Podocoryna loyola, a hydroid probably introduced in the port area of Paranaguá and in other estuaries of southern Brazil. For this, experimental plates were submerged for 24 months and were submitted to different treatments. Community resistance to bimonthly recruitment of P. loyola was assessed by comparing the number and initial coverage of the hydroid colonies between clean and previously occupied substrates (Chapter (chapter 1). It was observed that the resident community was not able to prevent the presence of the hydroid, but limited the coverage of the recruits. Comparing communities with and without P. loyola (colonies remained on the plates or were removed biweekly) (chapter 2), it was possible to evaluate the resistance of resident organisms by the degree of stability in the composition and structure of the community during its formation and development. The composition and coverage of the species were compared between treatments. No differences were observed due to the presence of P. loyola, only one morphotype was reduced in a short period of time. This result does not reflect hydroid inhibition throughout the succession, but may be a consequence of the ineffective exclusion of the species on paired treatment, or also the environmental seasonality, which may have provided temporal niches favorable to the establishment of P. loyola. Community resistance to the development of P. loyola, during the succession process was evaluated comparing intact communities with experiments in which organisms, except hydroid, were removed biweekly (Chapter 3). The high and rapid growth rates recorded for the colonies of the hydroid, in both treatments, revealed that the resident community does not represent a barrier against the colonies' expansion. It is concluded that the fouling community at the mouth of the Itiberê River exerts a weak resistance to the establishment of P. loyola. Only during the bimonthly exposures of the plates was there a more notable limitation to the recruitment of P. loyola, probably due to the previous occupation of the space by the resident organisms. In more advanced successional stages, the community was not able to inhibit P. loyola, which dominated the community in the autumn-winter periods. The experiments indicate that the competitive superiority of the hydroid, or the utilization of temporal niches provided by the environmental seasonality, are associated to the successful establishment of P. loyola. The differences in community resistance to P. loyola, between recruitment and succession, exemplify the complexity of mechanisms that determine the success of invasions and highlight the importance of evaluate the biotic resistance at different time scales. Key words: Podocoryna loyola, bioinvasion, biotic resistance, recruitment, succession, growth, seasonality128 f. : il., tabs., grafs.application/pdfDisponível em formato digitalZoologiaBioinvasãoCnidáriosSazonalidadeResistência biótica ao hidrozoário Podocoryna loyola Haddad, Bettim, & Miglietta, 2014 (Cnidaria, Hydrozoa, Hydractiniidae) introduzido na Baía de Paranaguá, Paranáinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - T - ARIANE LIMA BETTIM.pdfapplication/pdf3418383https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/48192/1/R%20-%20T%20-%20ARIANE%20LIMA%20BETTIM.pdf2f4124ce50d796fc973165fd9a6c84edMD51open access1884/481922017-07-31 10:39:00.698open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/48192Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082017-07-31T13:39Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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