Avaliação in vitro da expressão de MCP-1 envolvida na disfunção Endotelial causada por produtos de glicação avançadas (AGES)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rempel, Lisienny Campoli Tono
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/32114
Resumo: Resumo: A interação de toxinas urêmicas, tais como os produtos de glicação avançada (AGES), com o endotélio vascular desempenha um importante papel na fisiopatologia da disfunção endotelial relacionada à doença renal crônica (DRC). Estudos vêm demonstrando que a via PKC-? é uma das principais vias mediadoras deste processo, levando a expressão de diversas moléculas, dentre elas o monocyte chemoattractant protein-1 (MCP-1). O MCP-1 atua no recrutamento de monócitos do sangue periférico para a parede vascular, exercendo um papel essencial na formação da placa aterosclerótica e progressão da doença cardiovascular (DCV). O presente trabalho teve como objetivo avaliar in vitro o papel dos AGES na produção de MCP-1 via PKC-?. Para tanto, células endoteliais de veia de cordão umbilical (HUVECs) foram extraídas e cultivadas em meio MEM-199 suplementado. Células U-937 (monócitos) foram cultivadas em meio RPMI suplementado. Foi estabelecido também o modelo de co-cultivo HUVECs + monócitos onde os tratamentos foram realizados logo após a inserção dos monócitos sobre as HUVECs. Os AGES foram preparados por reação de glicação da albumina bovina (BSA) com glicose. As HUVECs, monócitos e co-cultivo HUVECs + monócitos foram tratadas com BSA, AGES e AGES + inibidor da via PKC-? e incubadas por 0, 3 e 6 horas. As HUVECs expostas aos AGES mostraram um aumento significativo (P<0,05) nos níveis de MCP-1 após 3 e 6 horas (72±9; 77±12pg/mL, respectivamente), em comparação ao tempo 0 de tratamento (38±7pg/mL). Entretanto, HUVECs expostas aos AGES acrescido de inibidor da via PKC-? demonstraram uma diminuição significativa (P<0,005) na expressão de MCP-1 após 3 e 6 horas (30±8; 20±7pg/mL, respectivamente), quando comparada ao tratamento apenas com AGES. O grupos de tratamento dos monócitos não evidenciaram diferenças significativas nas dosagens de MCP-1 após 3 e 6 horas. No modelo de co-cultivo HUVECs + monócitos, não foi observado diferença significativa nos níveis de MCP-1 dosados, sugerindo que uma cinética de tratamento maior seja necessária para evidenciar alterações na expressão dessa molécula. Os resultados alcançados propõem que a via PKC-? contribui de forma importante na expressão de MCP-1 principalmente pelas HUVECs, mas as dosagens em monócitos sugerem que essa via também seja responsável pela produção de MCP-1 nessas células. Já no co-cultivo HUVECs + monócitos, a produção de MCP-1 esteve próxima dos níveis basais, levantando novos questionamentos acerca do comportamento de expressão dessa molécula após a adesão de monócitos à camada endotelial. Entretanto, mais experimentos devem ser elaborados para melhor entendimento dos mecanismos relacionados à disfunção endotelial mediada por AGES.
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