Vias de ativaçao do complemento em moléstia reumática
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/28765 |
Resumo: | Resumo: Já foi demonstrada a participação do sistema do complemento na patogênese da artrite reumatóide e no lúpus eritematoso sistêmico. Na moléstia reumática, as evidências da participação do complemento são contraditórias e há poucos estudos que avaliam a participação das vias clássica ou alternativa nesta doença. Procurando contribuir para o esclarecimento dessas dúvidas, foi elaborado o presente trabalho. Nesse sentido, foram estudados 24 pacientes com o diagnóstico de moléstia reumática em atividade, com seguimento posterior por 6 meses. A ativação da via clássica foi avaliada através da determinação dos índices C4d/C4 e a via alternativa, pela concentração no plasma do fragmento Ba. Ambas as determinações foram realizadas por imunoeletrodifusão quantitativa (imunoeletroforese "em foguete"). Quantificaram- se o complemento hemolítico total (CH50), pela técnica de Mayer, e os componentes C3 e C4 por imunodifusão radial. Mediu-se também a concentração de imunecomplexos circulantes, utilizando-se dois métodos, os radioimunoensaios da conglutinina e do fator reumatóide monoclonal. Em comparação com o grupo-controle, tanto a via clássica (p<0,001) quanto a via alternativa (p<0,02) são ativadas na fase aguda da doença, fato demonstrado pelo estudo dos produtos de degradação. CH50, C3 e C4 foram normais. Os níveis da relação C4d/C4 diminuíram no decorrer da evolução da doença (p<0,01), exceto nos pacientes com cardite grave. Os níveis do fragmento Ba não variaram significantemente no decorrer dos 6 meses. As mucoproteínas, a velocidade de hemossedimentação e a proteína C-reativa voltaram aos níveis normais com a evolução da doença, mesmo nos pacientes em que houve permanência de ativação do complemento. Na determinação de imunecomplexos circulantes, houve uma baixa positividade em nossos pacientes. Demonstra-se haver ativação de ambas as vias do complemento, clássica e alternativa, na moléstia reumática aguda, constituindo um dos prováveis mecanismos mediadores da resposta inflamatória nesta doença. |
id |
UFPR_27321d03e1b5e7a80afc639334ec3524 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:acervodigital.ufpr.br:1884/28765 |
network_acronym_str |
UFPR |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPR |
repository_id_str |
308 |
spelling |
Rocha, Gilberto Alves daUnviersidade Federal do Paraná. Pós-Graduaçao em CardiologiaFlávio Suplicy de Lacerda JúniorAndré Alexandre Aguiar Kajdascy-Balla2012-11-30T17:32:18Z2012-11-30T17:32:18Z2012-11-30http://hdl.handle.net/1884/28765Resumo: Já foi demonstrada a participação do sistema do complemento na patogênese da artrite reumatóide e no lúpus eritematoso sistêmico. Na moléstia reumática, as evidências da participação do complemento são contraditórias e há poucos estudos que avaliam a participação das vias clássica ou alternativa nesta doença. Procurando contribuir para o esclarecimento dessas dúvidas, foi elaborado o presente trabalho. Nesse sentido, foram estudados 24 pacientes com o diagnóstico de moléstia reumática em atividade, com seguimento posterior por 6 meses. A ativação da via clássica foi avaliada através da determinação dos índices C4d/C4 e a via alternativa, pela concentração no plasma do fragmento Ba. Ambas as determinações foram realizadas por imunoeletrodifusão quantitativa (imunoeletroforese "em foguete"). Quantificaram- se o complemento hemolítico total (CH50), pela técnica de Mayer, e os componentes C3 e C4 por imunodifusão radial. Mediu-se também a concentração de imunecomplexos circulantes, utilizando-se dois métodos, os radioimunoensaios da conglutinina e do fator reumatóide monoclonal. Em comparação com o grupo-controle, tanto a via clássica (p<0,001) quanto a via alternativa (p<0,02) são ativadas na fase aguda da doença, fato demonstrado pelo estudo dos produtos de degradação. CH50, C3 e C4 foram normais. Os níveis da relação C4d/C4 diminuíram no decorrer da evolução da doença (p<0,01), exceto nos pacientes com cardite grave. Os níveis do fragmento Ba não variaram significantemente no decorrer dos 6 meses. As mucoproteínas, a velocidade de hemossedimentação e a proteína C-reativa voltaram aos níveis normais com a evolução da doença, mesmo nos pacientes em que houve permanência de ativação do complemento. Na determinação de imunecomplexos circulantes, houve uma baixa positividade em nossos pacientes. Demonstra-se haver ativação de ambas as vias do complemento, clássica e alternativa, na moléstia reumática aguda, constituindo um dos prováveis mecanismos mediadores da resposta inflamatória nesta doença.application/pdfVias de ativaçao do complemento em moléstia reumáticainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALD - GILBERTO ALVES DA ROCHA.pdfapplication/pdf2693748https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/28765/1/D%20-%20GILBERTO%20ALVES%20DA%20ROCHA.pdf81ed46c7d46d3aa10ee33e2c3511b087MD51open accessTEXTD - GILBERTO ALVES DA ROCHA.pdf.txtD - GILBERTO ALVES DA ROCHA.pdf.txtExtracted Texttext/plain159911https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/28765/2/D%20-%20GILBERTO%20ALVES%20DA%20ROCHA.pdf.txt13064d8b29858fa86f757e12274ce70bMD52open accessTHUMBNAILD - GILBERTO ALVES DA ROCHA.pdf.jpgD - GILBERTO ALVES DA ROCHA.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1176https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/28765/3/D%20-%20GILBERTO%20ALVES%20DA%20ROCHA.pdf.jpgabe7749317e94233733a589db07924c2MD53open access1884/287652016-04-08 05:49:03.581open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/28765Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082016-04-08T08:49:03Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Vias de ativaçao do complemento em moléstia reumática |
title |
Vias de ativaçao do complemento em moléstia reumática |
spellingShingle |
Vias de ativaçao do complemento em moléstia reumática Rocha, Gilberto Alves da |
title_short |
Vias de ativaçao do complemento em moléstia reumática |
title_full |
Vias de ativaçao do complemento em moléstia reumática |
title_fullStr |
Vias de ativaçao do complemento em moléstia reumática |
title_full_unstemmed |
Vias de ativaçao do complemento em moléstia reumática |
title_sort |
Vias de ativaçao do complemento em moléstia reumática |
author |
Rocha, Gilberto Alves da |
author_facet |
Rocha, Gilberto Alves da |
author_role |
author |
dc.contributor.other.pt_BR.fl_str_mv |
Unviersidade Federal do Paraná. Pós-Graduaçao em Cardiologia Flávio Suplicy de Lacerda Júnior |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rocha, Gilberto Alves da |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
André Alexandre Aguiar Kajdascy-Balla |
contributor_str_mv |
André Alexandre Aguiar Kajdascy-Balla |
description |
Resumo: Já foi demonstrada a participação do sistema do complemento na patogênese da artrite reumatóide e no lúpus eritematoso sistêmico. Na moléstia reumática, as evidências da participação do complemento são contraditórias e há poucos estudos que avaliam a participação das vias clássica ou alternativa nesta doença. Procurando contribuir para o esclarecimento dessas dúvidas, foi elaborado o presente trabalho. Nesse sentido, foram estudados 24 pacientes com o diagnóstico de moléstia reumática em atividade, com seguimento posterior por 6 meses. A ativação da via clássica foi avaliada através da determinação dos índices C4d/C4 e a via alternativa, pela concentração no plasma do fragmento Ba. Ambas as determinações foram realizadas por imunoeletrodifusão quantitativa (imunoeletroforese "em foguete"). Quantificaram- se o complemento hemolítico total (CH50), pela técnica de Mayer, e os componentes C3 e C4 por imunodifusão radial. Mediu-se também a concentração de imunecomplexos circulantes, utilizando-se dois métodos, os radioimunoensaios da conglutinina e do fator reumatóide monoclonal. Em comparação com o grupo-controle, tanto a via clássica (p<0,001) quanto a via alternativa (p<0,02) são ativadas na fase aguda da doença, fato demonstrado pelo estudo dos produtos de degradação. CH50, C3 e C4 foram normais. Os níveis da relação C4d/C4 diminuíram no decorrer da evolução da doença (p<0,01), exceto nos pacientes com cardite grave. Os níveis do fragmento Ba não variaram significantemente no decorrer dos 6 meses. As mucoproteínas, a velocidade de hemossedimentação e a proteína C-reativa voltaram aos níveis normais com a evolução da doença, mesmo nos pacientes em que houve permanência de ativação do complemento. Na determinação de imunecomplexos circulantes, houve uma baixa positividade em nossos pacientes. Demonstra-se haver ativação de ambas as vias do complemento, clássica e alternativa, na moléstia reumática aguda, constituindo um dos prováveis mecanismos mediadores da resposta inflamatória nesta doença. |
publishDate |
2012 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2012-11-30T17:32:18Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2012-11-30T17:32:18Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2012-11-30 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1884/28765 |
url |
http://hdl.handle.net/1884/28765 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPR instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR) instacron:UFPR |
instname_str |
Universidade Federal do Paraná (UFPR) |
instacron_str |
UFPR |
institution |
UFPR |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPR |
collection |
Repositório Institucional da UFPR |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/28765/1/D%20-%20GILBERTO%20ALVES%20DA%20ROCHA.pdf https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/28765/2/D%20-%20GILBERTO%20ALVES%20DA%20ROCHA.pdf.txt https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/28765/3/D%20-%20GILBERTO%20ALVES%20DA%20ROCHA.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
81ed46c7d46d3aa10ee33e2c3511b087 13064d8b29858fa86f757e12274ce70b abe7749317e94233733a589db07924c2 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1813898741415936000 |