O processo de encriptagem no linguajar do maleiro/engraxate de Herval D'Oeste e Joaçaba-SC : um estudo comparativo
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/1884/84930 |
Resumo: | Orientadora: Profª. Drª. Odete Pereira da Silva Menon |
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Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em LetrasMenon, Odete Pereira da Silva, 1953-Butzen, Günther Cristiano2023-11-17T19:03:29Z2023-11-17T19:03:29Z2005https://hdl.handle.net/1884/84930Orientadora: Profª. Drª. Odete Pereira da Silva MenonDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Letras/Linguística. Defesa : Curitiba, 02/12/2005Inclui referências: p. 74-77Área de concentração: Estudos LinguísticosResumo: Nesta pesquisa estudamos um fenômeno de linguagem que teve como palco duas cidades divididas pelo Rio do Peixe no Meio Oeste do estado de Santa Catarina. Ele teve início nos anos 1950 nos arredores da estação ferroviária, que era um ponto estratégico de desenvolvimento regional da época devido à falta de transporte para o escoamento da produção agrícola e transporte de passageiros. Isto levou a uma demanda por trabalhadores informais para fazerem pequenos serviços, tais como carregar as malas dos caixeirosviajantes e passageiros em geral da estação até um hotel, engraxar sapatos, etc. Estas tarefas eram feitas, em sua maioria, por meninos que viviam nos arredores, o que lhes permitiu andar juntos, não somente para trabalhar, mas também para as brincadeiras na vizinhança. Santa Catarina tem um padrão de colonização semelhante ao de outros estados do Sul do Brasil e, até a atualidade, em muitas cidades e colônias, as pessoas ainda falam a língua dos seus antepassados. Nos anos 1950, a quantidade de pessoas falantes de uma língua européia que passava pela estação era ainda maior. Aqueles meninos se sentiam diminuídos por não entenderem o que os seus clientes conversavam, então eles criaram um código de encriptagem para fazer o português brasileiro deles soar como língua estrangeira. Eles criaram uma gíria encriptada, assim eles podiam falar sem serem compreendidos. Este código é baseado na inversão de alguns fonemas, como acontece com a gíria francesa verlan, que é a forma inversa de l'envers. Quando este trabalho com o linguajar começou, o objetivo era descrever esse código. No momento em que se percebeu não ser possível trabalhar com todas as palavras para uma pesquisa como esta, optou-se por descrever apenas as dissílabas. Foram estas as escolhidas por serem as mais comuns no português brasileiro e carregarem um sinal morfológico de encriptagem, normalmente a inversão das sílabas e/ou inserção de fonemas, que parece ser o modelo para os monossílabos, trissílabos, etc. Também tentamos identificar o comportamento dos papéis sociais envolvidos quando esta gíria encriptada é enunciada.Abstract: In this research, we studied a language phenomenon that took place in two small cities divided by a river called Rio do Peixe in the middle west of Santa Catarina state. It began in the 1950s' in the surrounding area of a train station, which was a strategic point of regional development back then due to the lack of transportation. This led to the demand for informal workers to perform small tasks, such as carrying visitor businessmen's luggage from the station to a hotel, to shine people's shoes, and so on. These tasks were performed mostly by young boys, and this allowed them to get together, not only to work but also to play in the neighborhood. Santa Catarina shares a similar pattern of settlement with other parts of Southern Brazil and, even nowadays, in many cities and villages, many people still speak the language of their forebears. In the 50s' the number of people who speak a European language passing through the station was even bigger. Those boys felt diminished once they did not understand what their clients were saying Therefore, they created an encryption code to make their Brazilian Portuguese sound similar to a foreign language. They have created an encrypted slang, so they could speak without having someone understanding what they were saying. This code is based on the inversion of some phonemes, just like what happens with the French slang verlan, which is the inverted form of l'envers. When this work began, it aimed at describing this whole code. Once it was clear that it would not be possible to work on all kinds of words for a paper like this one, it was decided to describe only the disyllables. These were chosen because they are the most common in Brazilian Portuguese and carry a morphological sign, normally syllable inversion and/or the insertion of a phoneme, which seems to be the model for the monosyllables, trisyllables, etc. I also tried to identify the behavior of the social roles involved when this encrypted slang is enounced.1 recurso online : PDF.application/pdfLingua portuguesa - GíriaLinguagem - VariaçãoSanta CatarinaLetrasO processo de encriptagem no linguajar do maleiro/engraxate de Herval D'Oeste e Joaçaba-SC : um estudo comparativoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - GUNTHER CRISTIANO BUTZEN.pdfapplication/pdf5668494https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/84930/1/R%20-%20D%20-%20GUNTHER%20CRISTIANO%20BUTZEN.pdf7b4cfec977d935ee4aa2f1a77d603735MD51open access1884/849302023-11-17 16:03:29.121open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/84930Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082023-11-17T19:03:29Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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