Jejum pré e pós-operatório

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cestonaro, Talita
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/32119
Resumo: Resumo: Protocolos multimodais para otimizar o cuidado perioperatório e acelerar a recuperação pós-operatória incluem práticas alimentares promotoras da saúde como a abreviação do jejum pré e pós-operatório. O objetivo deste estudo foi verificar a situação de segurança alimentar e nutricional de pacientes cirúrgicos com foco nos fatores que influenciam o período de jejum pré e pós-operatório. Foram incluídos no estudo pacientes submetidos a cirurgias do aparelho digestivo e parede abdominal. As informações foram coletadas com os próprios pacientes e em seus prontuários. Participaram do estudo 135 pacientes entre 19 e 89 anos, sendo a maioria adulta (75,55%) e do sexo feminino (60,74%). As cirurgias mais frequentes foram hernioplastia (42,96%), colecistectomia (34,81%) e fundoplicatura (9,63%). A maior parte foi classificada como ASA I (38,52%) ou ASA II (54,07%). A anestesia geral foi utilizada em 64,44% dos casos. O período de jejum pré-operatório foi 16,50 (5,50- 56,92) horas para sólidos e 15,75 (2,50-56,92) horas para líquidos e não foi diferente para os pacientes que relataram fome (p= 0,998 e 0,807, respectivamente) ou sede (p= 0,342 e 0,705, respectivamente). A orientação foi fornecida principalmente por um telefonema da central de internamentos (31,85%), equipe de enfermagem (31,85%) e médicos (29,63%). O período de jejum para sólidos ou líquidos foi similar independente de quem fez a orientação (p= 0,591 e 0,605, respectivamente). A orientação mais frequente foi para iniciar o jejum a partir da meia-noite (43,70%). Os pacientes que foram instruídos a iniciar o jejum a partir das 24h permaneceram menos tempo em privação de alimentos e bebidas do que os instruídos a iniciar o jejum a partir do jantar (p= 0,002 e 0,003, respectivamente). Quem foi instruído a iniciar o jejum a partir das 22h permaneceu menos tempo em privação de alimentos e bebidas do que quem foi instruído a iniciar a partir do jantar (p= 0,005 e 0,008, respectivamente). Quem não recebeu instrução sobre o jejum ficou menos tempo em privação de líquidos do que quem foi instruído a iniciar o jejum a partir do jantar (p=0,05). Quem recebeu anestesia geral permaneceu menos tempo privado de alimentos no pré-operatório (p= 0,040). O período de jejum pré-operatório para sólidos e líquidos não foi diferente entre os escores ASA I, II e III (p= 0,642 e 0,613, respectivamente), tipo de cirurgia (p= 0,614 e 0,724, respectivamente), adultos e idosos (p= 0,892 e 0,965, respectivamente) e presença de diabetes (p=0,123 e p=0,353, respectivamente). O período de jejum pós-operatório foi 15,67 (1,67-90,42) horas e não foi diferente nos pacientes que relataram fome ou sede (p= 0,527 e 0,748, respectivamente). Quem foi submetido a fundoplicatura a Nissen ficou mais tempo em jejum no pós-operatório do que quem foi submetido a hernioplastia (p= 0,004). Quem recebeu anestesia geral permaneceu mais tempo em jejum no pósoperatório (p= 0,019). O período de jejum pós-operatório não foi diferente entre os escores ASA I, II, III, (p=0,524), adultos e idosos (p=0,203), presença de diabetes (p=0,266) e intercorrências operatórias (p= 0,812). Os longos períodos de jejum pré e pós-operatórios evidenciaram um quadro de insegurança alimentar de pacientes cirúrgicos.
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