Efeitos da suplementação com vitamina D e cálcio associada ao programa de treinamento físico multicomponente na função muscular dos membros inferiores e risco de quedas em idosas com osteoporose

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lopes, Amanda Colombo Peteck
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/83507
Resumo: Orientadora: Profa. Dra. Anna Raquel Silveira Gomes
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spelling Zotz, Talita Gianello Gnoato, 1986-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Educação FísicaGomes, Anna Raquel S., 1976-Lopes, Amanda Colombo Peteck2023-07-24T15:16:39Z2023-07-24T15:16:39Z2023https://hdl.handle.net/1884/83507Orientadora: Profa. Dra. Anna Raquel Silveira GomesCoorientadora: Profa. Dra. Talita Gianello Gnoato ZotzDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Defesa : Curitiba, 03/02/2023Inclui referências: p. 105-122Resumo: Introdução: A osteoporose (OP) primária é uma doença que atinge principalmente idosas, podendo causar fraturas, principalmente por quedas. A suplementação com vitamina D e cálcio (VDCa), orientações sobre fatores de riscos relacionados a quedas e a prática regular de exercícios físicos fazem parte das recomendações para manter e/ou incrementar a densidade mineral óssea, prevenir quedas e fraturas em idosas com osteoporose. No entanto, ainda não se sabe os efeitos na função muscular esquelética, da VDCa isolada ou associada a treinamento físico multicomponente ou as orientações sobre os fatores de riscos domiciliares relacionados às quedas, em idosas com OP. Objetivo: Analisar se os efeitos da suplementação de VD e Ca isolada ou associada ao programa de treinamento físico multicomponente na função e arquitetura muscular esquelética, número de quedas e de fraturas, em idosas com osteoporose. Método: Participaram mulheres (N = 31) com idade acima de 65 anos com OP foram divididas em três grupos (i) grupo educação em saúde (GES; n = 10), que manteve o uso de suplementação de VD e Ca, como orientado pelo seu médico previamente e recebeu orientações com visitas domiciliares sobre os fatores de risco para quedas; (ii) grupo VD e Ca (GVDCa; n = 12), fez uso de VD e Ca de acordo com a prescrição médica para o estudo (VD 7.000 UI/dia e Ca 1.000 mg/dia, via oral); (iii) grupo VDCa e treinamento físico (GVDCaT; n = 9) tomou VD e Ca e, realizou treinamento físico multicomponente. Este consistiu de aquecimento, exercícios de impacto, exercícios de equilíbrio, treinamento de força muscular progressiva e alongamento, realizados duas vezes por semana, sendo uma sessão com supervisão presencial de fisioterapeuta ou profissional de Educação Física e outra realizada em domicílio, sem supervisão presencial, acompanhando vídeo pelo YouTube e manual impresso de exercícios. Neste estudo, foram considerados desfechos primários: histórico de quedas por meio de questionário; torque isométrico da musculatura do quadril e joelho com o dinamômetro manual (Lafayette®); força/potência muscular por meio do teste de sentar e levantar cinco vezes (TSL5x); amplitude de movimento do quadril e joelho com o goniômetro; além de triar o risco de quedas pelo Timed Up and Go (TUG). Foram desfechos secundários: análise da arquitetura muscular (espessura muscular, ângulo de penação e comprimento do fascículo) do músculo vasto lateral com ultrassom. Todos os desfechos foram avaliados antes e após os três meses de intervenção. Analise estatística: Para a caracterização da amostra, foi utilizada a estatística descritiva, com média; desvio padrão; mediana; mínimo; máximo; frequência relativa e absoluta. A homogeneidade foi analisada pelo Levene e a normalidade pelo teste de Shapiro- Wilk. Para análises intra e inter grupos e interações, considerando tempo e grupos, utilizou-se ANOVA de duas vias. As comparações post hoc foram feitas por meio das correções de Bonferroni. Para todas as análises considerou-se p<=0,05. Resultados: Considerando o total de 31 mulheres com 74,74± 7,085 anos, houve redução em 20% (n=2) do número de quedas do grupo GES 20% (n=2). No entanto, 44,4% (n= 4) das idosas do GVDCaT tiveram um episódio de queda nos últimos seis meses, sendo que 44,4% (n = 4) dessas idosas apresentaram queda única. O predomínio das quedas, foram dentro de casa com 22,2% (n=2) e local externo de sua residência com 22,2% (n=2); duas idosas (16,66%) tentaram se apoiar para tentar evitar a queda, mas 44,4% (n = 4) apresentou queda direta ao chão sem se apoiar, sendo que duas (16,66 %) foram acometidas por contusão. Tropeço representou 25% (n=3) das quedas assim como escorregão representou 22,2% (n=2) das causas de quedas. Foi detectada redução do ângulo de penação no GVDCa (10,3±4,17º vs 13,0± 2,21º, p=0,05). Redução no pico de força do flexor do quadril no GES (10,15 ±2,08 kg vs 8,78 ±1,27 kg; p=0,031). Já no GVDCa houve aumento do pico de força muscular do flexor do joelho (1,99±0,90 kg vs 2,42±0,85 kg; p=0,010). Houve aumento na força média dos flexores do joelho no GVDCaT quando comparado ao GVDCa (0,15±0,5 kg vs -0,43± 0,5 kg; p=0,025). Encontrou-se redução na amplitude de movimento do abdutor do quadril tanto no GES (29,49±6,41º vs 26,38±5,43º; p=0,011) quanto no GVDCaT (33,70±7,13º vs 26,36±4,57º; p=0,024). Por outro lado, o GVDCa apresentou aumento 9 significativo na amplitude de movimento articular do flexor do quadril (94,33±8,89º vs 98,94±8,99º; p=0,030). Já na amplitude de movimento dos rotadores mediais do quadril detectou-se aumento quando se comparou o GVDCaT com o GES (39,25±6,12º vs 30,42±5,59º; p=0,025). Conclusão: As visitas domiciliares com orientações sobre fatores de riscos, foi a única intervenção suficiente para reduzir o número de quedas. O uso de vitamina D e cálcio aumentou a força muscular e a ADM de flexores de quadril, apesar da redução do ângulo de penação do vasto lateral. A associação da suplementação de VD e Ca2+ com o programa de treinamento físico multicomponente, duas vezes por semana, durante três meses, em idosas com osteoporose, aumentou a força dos flexores de joelho de maneira mais expressiva quando comparada intervenção isolada (VDCa).Abstract: Introduction: The primary osteoporosis is a disease more frequent in women and it can cause fractures, mainly due to falls. Vitamin D (VD), calcium (Ca), physical exercises and advices about factors related to falls are the recommendations to keep or increased the bone mineral density, prevent falls and fractures in older women with osteoporosis. However, it is still not known the effects on the skeletal muscular function when VDCa isolated or associated to a multicomponent exercise program or advices about domiciliary fall's factors in older women with osteoporosis. Objective: To analyze if the effects of VD and Ca supplementation associated to a program of multicomponent training on the muscle architecture and function, number of falls and fractures in older women with osteoporosis. Method: The study involved women (N = 31) with age above 65 years with osteoporosis, they were divided in three groups: (i) Health education group (HEG; n = 10), that maintained the use of VD and Ca supplementation, as oriented by the doctor previously and a received domiciliary visits for advices about factors related to falls; (ii) group VD and Ca (VDCaG; n = 12), that used VD and Ca according to the medical prescription for present for the study (VD 7,000 UI/day and Ca 1,000 mg/day, orally); (iii) the third group (VDCaTG; n = 9) took VD and Ca, associate to multicomponent training. The training consisted of warm up, impact exercises, balance exercises, progressive resistance exercises and stretching, twice a week (a session with supervision of physiotherapist or professional of Physical Education and another at home, without supervision, using video for YouTube and a booklet with the exercises). In this study, it was considered as primary endings: historical of falls; isometric torque of the hip and knee musculature with manual dynamometer (Lafayette®); strength/power through the five repetitions sit to stand test (FRSST); hip and knee range of motion with goniometer; and risk of falls through Timed Up and Go (TUG). The secondary endings were: skeletal muscle architecture (thickness; pennation angle and fascicle length) of vastus lateralis muscle with ultrasound. All of the outcomes were assessed before and after three months. Statistics analysis: For the characterization of the sample, the descriptive statistics was used, with mean; standard deviation; median, minimum; maximum; absolute and relative frequency. The homogeneity was analyzed by Levene and for normality of the sample was applied Shapiro- Wilk. Inter-and intragroup analysis and interactions, time and groups, were analyzed with a two-way ANOVA, followed by a Bonferroni post hoc test. For all of the analyses, the significance level was 95% (p <= 0.05). Results: Considering the 31 women with 74.7±7.0 years old, it was found a reduction of 20% (n=2) of the number of falls in the HEG. However, 44.4% (n= 4) VDCaTG reported one fall in the last six months, being 44.4% (n = 4) only one fall. The falls occurred inside the house 22.2% (n=2) and 22.2% (n=2) out of their residence; two older women (16.66%) tryed to hold somewhere to prevent the fall, but 44.4% (n = 4) fell down on the floor, being 2 (16.66 %) suffered contusion. Trip was mentioned by 25% (n=3) and slip by 22.2% (n=2) of the falls reported. It was found reductoin in the pennation angle in VDCaG (13.0± 2,.1º vs 10.3±4.17º; p=0.05). It was detcted a decrease in the hip peak of force in HEG (10.15 ±2.08 kg vs 8.78 ±1.27 kg; p=0.031). While VDCaG increased the knee flexor peak of force (1.99±0.90 kg vs 2.42±0.85 kg; p=0.010). It was observed na augment in the mean knee flexor force of GVDCa when compared to the GVDCaT (0,43± 0,5 kg vs 0,15±0,5 kg; p=0,025). It was found reduction in hip abdutor the range of motion in the HEG (29.49±6.41º vs 26.38±5.43º; p=0.011) and in the VDCaTG (33.70±7.13º vs 26.36±4.57º; p=0.024). On the other hand, the VDCaG showed an increase in the hip flexor range of motion (94.33±8.89º vs 98.94±8.99º; p=0.030). The medial hip rotators range of motion increased comparing VDCaTG with HEG (39.25±6.12º vs 30.42±5.59º; p=0.025). Conclusion: Advices about domiciliary fall's factors in older women with osteoporosis was the only intervention sufficient to reduce the number of falls. The vitamin D and calcium increased strength and hip flexor range of motion, despite reduction of pennation angle of vastus lateralis. The association of vitamin D e 11 calcium and multicomponent physical training, twice a week, during 3 months, in older women with osteoporosis increased strength knee flexors more pronounced when compared to VDCa.1 recurso online : PDF.application/pdfOsteoporosePós-menopausaMulheres idosas - Exercicios fisicosSistema musculoesqueléticoEquilibrio posturalEducação FísicaEfeitos da suplementação com vitamina D e cálcio associada ao programa de treinamento físico multicomponente na função muscular dos membros inferiores e risco de quedas em idosas com osteoporoseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - AMANDA COLOMBO PETECK LOPES.pdfapplication/pdf15104236https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/83507/1/R%20-%20D%20-%20AMANDA%20COLOMBO%20PETECK%20LOPES.pdfb3b5cb4f20cf495d3c8faf8d411c03e4MD51open access1884/835072023-07-24 12:16:39.725open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/83507Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082023-07-24T15:16:39Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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