Monitoramento da secagem e desinfecçao de lodo anaeróbio em leito de secagem com uso de estufa plástica e biogás

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Andréia Cristina
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Andreoli, Cleverson Vitório, Prevedello, Beatriz Monte Serrat, 1954-
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/26545
Resumo: RESUMO Para que o lodo seja utilizado com segurança como fertilizante agrícola, é necessário processá-lo corretamente. Normalmente, esses processos envolvem práticas de desaguamento, estabilização/higienização. O primeiro é indispensável para otimizar as práticas de manejo do lodo para a secagem do material, reduzindo consideravelmente o volume e melhorando o transporte. O processo de higienização reduz a quantidade de patógenos presentes no biossólido. Este trabalho mostra os resultados do estudo com o uso de estufas plásticas sobre os leitos de secagem, aliados à injeção de calor através dos gases gerados no próprio processo de tratamento do esgoto (biogás), associado ao processo de revolvimento, mostraram-se eficientes na redução do período necessário para a secagem do lodo, diminuindo o tempo de permanência do lodo dentro dos leitos de secagem. Os tratamentos com uso de estufa plástica e estufa aliada à queima de biogás, apresentaram os maiores teores de sólidos totais no lodo que os demais, alcançando um teor médio aproximado de 71,00% de sólidos totais, com valores variando de 52,12% à 84,44% para a primeira e segunda descargas. Já na terceira descarga, os teores de sólidos foram um pouco mais baixos, com média aproximada de 55,45%, com valores variando de 39,8% à 68,30%. Os tratamentos com solarização com e sem revolvimento, apresentaram valores menores em relação ao teor de sólidos totais, pois a presença do filme plástico sobre a camada de lodo impossibilitou a liberação da água através da evaporação para a atmosfera, fazendo com que a água fosse incorporada novamente à massa de lodo. Em relação à redução da viabilidade de ovos de helmintos, na primeira descarga os tratamentos utilizando solarização com e sem revolvimento foram os mais eficientes, apresentando 0,34 e 1,44 ovos/ g/ MS após 28 dias de experimento, apresentando um percentual de redução de 97,48% e 89,33% respectivamente. Na segunda descarga, os tratamentos com estufa plástica e biogás com e sem revolvimento destacaram-se dos demais apresentando 5,06 e 3,99 ovos g/ MS, alcançando uma redução de 89,84% e 92,00% respectivamente. Já na terceira descarga os três melhores resultados obtidos foram os tratamentos utilizando estufa associada ao biogás, solarização com e sem revolvimento com 9,05, 9,33 e 7,91 ovos/g/MS com uma redução de 84,51%, 84,03% e 86,46% respectivamente. Estes valores ainda não atendem as normatizações internacionais, nem a Instrução Normativa proposta pelo Estado do Paraná que preconizam 0,25 ovos viáveis/g/MS, porém, alguns dos valores chegam muito próximo ao estabelecido, mostrando com isso, que o experimento se mostrou eficiente ao objetivo proposto que era o de diminuir o número de ovos de helmintos viáveis presentes no lodo.
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