Avaliação da ação inseticida de extratos vegetais, óleos essenciais e substâncias sobre imaturos de Aedes aegypti (linnaeus, 1762) (Diptera:Culicidae), em condições de laboratório
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/32156 |
Resumo: | Resumo: O vírus causador do dengue é transmito ao ser humano através da picada de fêmeas de Aedes aegypti. Na ausência de uma vacina eficaz, o único método atualmente disponível ao combate da doença é o controle do mosquito Ae. aegypti. Extratos vegetais surgem como alternativa de encontrar substâncias com propriedades inseticidas contra o vetor do dengue, assim como atuarem como métodos alternativos aos inseticidas os quais os mosquitos já possuem resistência. Pela necessidade de realizar bioensaios para a detecção da atividade larvicida, a criação de Ae. aegypti em laboratório é importante, a fim de obter ovos em grande escala. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade larvicida de compostos alternativos contra Ae. aegypti e elaborar procedimentos anestésicos para administração em camundongo utilizados como fonte de alimentação sanguínea para fêmeas adultas da mesma espécie, sem interferência na viabilidade dos ovos depositados. Foram realizados bioensaios preliminares com 27 compostos, entre extratos e óleos vegetais das espécies A. pickelii, A. vepretorum e X. laevigata e, em um segundo momento, bioensaios de efetividade com os compostos que apresentaram mortalidade acima de 80%. A mortalidade das larvas foi verificada a cada 24 horas até a emergência completa do último adulto do grupo controle. Os procedimentos anestésicos avaliados foram: P1 (Cetamina + Xilazina), P2 (Cetamina + Midazolam), P3 (Tiopental sódico + Acepromazina) e P4 (Tiletamina-zolazepam), onde cada gaiola recebeu um camundongo, com um procedimento anestésico instaurado, uma vez por semana, durante quatro semanas. A monitoração dos animais se deu pelos reflexos palpebral, pupilar, interdigital e caudal, reação ao pinçamento da pele da parede abdominal, freqüência cardíaca, respiratória, coloração das mucosas ocular, oral e genital, tempo de preenchimento capilar, grau de desidratação e temperatura retal. A mortalidade observada para os compostos de extrato de A. pickelii, X. laevigata e A. vepretorum foi inferior a 80%, considerando concentrações abaixo de 250 ppm. O óleo essencial de A. pickelii apresentou mortalidade larval acima de 80% nas concentrações acima de 200 ppm, enquanto o óleo essencial de A. vepretorum apresentou mortalidade larval acima de 80% nas concentrações acima de 175 ppm e o óleo essencial de X. laevigata apresentou mortalidade larval acima de 80% somente nas concentrações de 275 e 500 ppm. Ainda sim, observou-se a emergência de adultos para os óleos essenciais das três espécies de plantas estudadas. Detectou-se comportamento semelhante quanto à freqüência cardíaca (FC) e respiratória (FR) entre os protocolos, verificando queda após administração das drogas e seguido por estabilidade dos valores, a exceção de P3, onde a FC se manteve estável em todos os momentos, e P2, que manteve a FR estável em todos os momentos. Houve redução significativa da temperatura retal nos protocolos P1 e P4. A coloração das mucosas oral e genital apresentou diferenças significativas somente para P4. A ausência de reflexo caudal e reação ao pinçamento abdominal apresentaram diferenças significativas somente até o vigésimo minuto de procedimento para o protocolo anestésico P1. Não houve diferença significativa entre os protocolos anestésicos na viabilidade dos ovos com relação ao controle. |
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Souza, Lígia Moraes Barizon deUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Biológicas. Programa de Pós-Graduaçao em Ciencias Biológicas (Entomologia)Silva, Mario Antônio Navarro da, 1963-2013-09-25T14:24:25Z2013-09-25T14:24:25Z2013-09-25http://hdl.handle.net/1884/32156Resumo: O vírus causador do dengue é transmito ao ser humano através da picada de fêmeas de Aedes aegypti. Na ausência de uma vacina eficaz, o único método atualmente disponível ao combate da doença é o controle do mosquito Ae. aegypti. Extratos vegetais surgem como alternativa de encontrar substâncias com propriedades inseticidas contra o vetor do dengue, assim como atuarem como métodos alternativos aos inseticidas os quais os mosquitos já possuem resistência. Pela necessidade de realizar bioensaios para a detecção da atividade larvicida, a criação de Ae. aegypti em laboratório é importante, a fim de obter ovos em grande escala. 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