Caracterizaçao e perspectivas do Pólo Moveleiro de Coronel Freitas - SC

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bieger, Beno Nicolau
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/16288
Resumo: O presente trabalho estudou no período de 2005 a 2007 o perfil das indústrias moveleiras dos Municípios de Chapecó e Coronel Freitas, conhecido como Pólo Moveleiro de Coronel Freitas, no oeste de Santa Catarina com o objetivo conhecer, analisar, caracterizar e indicar as perspectivas de sustentabilidade da atividade moveleira nestes municípios. O estudo se justificou pela importância que esta atividade vem merecendo na região. A indústria moveleira já estabelecida em Santa Catarina tem o maior centro exportador do país localizado no pólo moveleiro de São Bento do Sul, produzindo basicamente móveis residenciais de madeira de Pinus, participando com 50% do volume nacional exportado em 2003. Já na região oeste existem dois pólos moveleiros consolidados que são os de Coronel Freitas e Pinhalzinho. Os órgãos representativos da região como, Associações Comerciais e Industriais dos Municípios, Sindicatos de Moveleiros e as próprias empresas moveleiras, juntamente com órgãos oficiais como o SEBRAE, estão envidando esforços no sentido de permitir a sustentabilidade econômica e ambiental da região, buscando alternativas consistentes e fugindo do modelo agroindustrial tradicional. A metodologia utilizada foi a de entrevistas diretas fazendo-se o censo de todas as empresas no local para a determinação da cadeia produtiva e de fornecimento. Através dos dados tabulados e estatisticamente tratados foram analisados vários aspectos inerentes à sobrevivência das empresas, tais como: grau de concentração, uso dos fatores de produção e comercialização. Verificou-se entre os principais resultados que as dificuldades econômicas da região, associadas a problemas de qualidade e gestão estão colocando em cheque a atividade de fabricação de móveis sob medida. Em Coronel Freitas não há mais nenhuma indústria que fabrique móveis sob medida. São dezoito firmas razoavelmente bem estruturadas fabricando móveis em série, produzindo cozinhas, salas de jantar, balcões para banheiro e dormitórios. Em Chapecó, da lista de cento e cinco empresas oficialmente constituídas, restam dez (9,52%) fabricando móveis em série e mais vinte e nove (27,62%) fabricando móveis sob medida. O mercado apresentou-se imperfeitamente competitivo, com nuances de diferenciação de produtos e na busca de nichos de mercado que lembram características de concentração. O nível tecnológico vai do artesanal (móveis sob medida) à mais moderna tecnologia com linha totalmente automatizada. As empresas tiveram um faturamento médio anual de R$ 49.389.000,00, mas, têm um potencial de faturamento de até R$ 92.631.000,00. Na classificação estabelecida pela "Lei do Simples” 40% são microempresas (ME), 46% são empresas de pequeno porte (EPP). As principais dificuldades alegadas sãos os impostos, a legislação trabalhista, a falta de mão-de-obra qualificada, a falta de política governamental, o mercado consumidor e capital de giro. O estudo permitiu sugerir diversas políticas governamentais (federal, estadual e municipal) visando manter a futura sustentabilidade econômica bem como ações entre as próprias empresas, especialmente no sentido da celebração de parcerias
id UFPR_44c58de46ae8621438d9618368d45105
oai_identifier_str oai:acervodigital.ufpr.br:1884/16288
network_acronym_str UFPR
network_name_str Repositório Institucional da UFPR
repository_id_str 308
spelling Bieger, Beno NicolauUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Engenharia FlorestalHoeflich, Vitor Afonso, 1949-Santos, Anadalvo Juazeiro dosGraça, Luiz Roberto, 1948-2013-11-21T13:45:46Z2013-11-21T13:45:46Z2013-11-21http://hdl.handle.net/1884/16288O presente trabalho estudou no período de 2005 a 2007 o perfil das indústrias moveleiras dos Municípios de Chapecó e Coronel Freitas, conhecido como Pólo Moveleiro de Coronel Freitas, no oeste de Santa Catarina com o objetivo conhecer, analisar, caracterizar e indicar as perspectivas de sustentabilidade da atividade moveleira nestes municípios. O estudo se justificou pela importância que esta atividade vem merecendo na região. A indústria moveleira já estabelecida em Santa Catarina tem o maior centro exportador do país localizado no pólo moveleiro de São Bento do Sul, produzindo basicamente móveis residenciais de madeira de Pinus, participando com 50% do volume nacional exportado em 2003. Já na região oeste existem dois pólos moveleiros consolidados que são os de Coronel Freitas e Pinhalzinho. Os órgãos representativos da região como, Associações Comerciais e Industriais dos Municípios, Sindicatos de Moveleiros e as próprias empresas moveleiras, juntamente com órgãos oficiais como o SEBRAE, estão envidando esforços no sentido de permitir a sustentabilidade econômica e ambiental da região, buscando alternativas consistentes e fugindo do modelo agroindustrial tradicional. A metodologia utilizada foi a de entrevistas diretas fazendo-se o censo de todas as empresas no local para a determinação da cadeia produtiva e de fornecimento. Através dos dados tabulados e estatisticamente tratados foram analisados vários aspectos inerentes à sobrevivência das empresas, tais como: grau de concentração, uso dos fatores de produção e comercialização. Verificou-se entre os principais resultados que as dificuldades econômicas da região, associadas a problemas de qualidade e gestão estão colocando em cheque a atividade de fabricação de móveis sob medida. Em Coronel Freitas não há mais nenhuma indústria que fabrique móveis sob medida. São dezoito firmas razoavelmente bem estruturadas fabricando móveis em série, produzindo cozinhas, salas de jantar, balcões para banheiro e dormitórios. Em Chapecó, da lista de cento e cinco empresas oficialmente constituídas, restam dez (9,52%) fabricando móveis em série e mais vinte e nove (27,62%) fabricando móveis sob medida. O mercado apresentou-se imperfeitamente competitivo, com nuances de diferenciação de produtos e na busca de nichos de mercado que lembram características de concentração. O nível tecnológico vai do artesanal (móveis sob medida) à mais moderna tecnologia com linha totalmente automatizada. As empresas tiveram um faturamento médio anual de R$ 49.389.000,00, mas, têm um potencial de faturamento de até R$ 92.631.000,00. Na classificação estabelecida pela "Lei do Simples” 40% são microempresas (ME), 46% são empresas de pequeno porte (EPP). As principais dificuldades alegadas sãos os impostos, a legislação trabalhista, a falta de mão-de-obra qualificada, a falta de política governamental, o mercado consumidor e capital de giro. O estudo permitiu sugerir diversas políticas governamentais (federal, estadual e municipal) visando manter a futura sustentabilidade econômica bem como ações entre as próprias empresas, especialmente no sentido da celebração de parceriasapplication/pdfTesesIndustria de moveis - Coronel Freitas (SC)Caracterizaçao e perspectivas do Pólo Moveleiro de Coronel Freitas - SCinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALt243_0273-D.pdfapplication/pdf2308540https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/16288/1/t243_0273-D.pdf15c648e7ac4e08c5d2047f85c66e1665MD51open accessTEXTt243_0273-D.pdf.txtt243_0273-D.pdf.txtExtracted Texttext/plain286582https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/16288/2/t243_0273-D.pdf.txt619f3ebc4f5e6ce08306380c57257024MD52open accessTHUMBNAILt243_0273-D.pdf.jpgt243_0273-D.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1229https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/16288/3/t243_0273-D.pdf.jpgc65c52172f7ad7328a63c5f44704d39bMD53open access1884/162882016-04-07 03:36:07.96open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/16288Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082016-04-07T06:36:07Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Caracterizaçao e perspectivas do Pólo Moveleiro de Coronel Freitas - SC
title Caracterizaçao e perspectivas do Pólo Moveleiro de Coronel Freitas - SC
spellingShingle Caracterizaçao e perspectivas do Pólo Moveleiro de Coronel Freitas - SC
Bieger, Beno Nicolau
Teses
Industria de moveis - Coronel Freitas (SC)
title_short Caracterizaçao e perspectivas do Pólo Moveleiro de Coronel Freitas - SC
title_full Caracterizaçao e perspectivas do Pólo Moveleiro de Coronel Freitas - SC
title_fullStr Caracterizaçao e perspectivas do Pólo Moveleiro de Coronel Freitas - SC
title_full_unstemmed Caracterizaçao e perspectivas do Pólo Moveleiro de Coronel Freitas - SC
title_sort Caracterizaçao e perspectivas do Pólo Moveleiro de Coronel Freitas - SC
author Bieger, Beno Nicolau
author_facet Bieger, Beno Nicolau
author_role author
dc.contributor.other.pt_BR.fl_str_mv Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal
Hoeflich, Vitor Afonso, 1949-
Santos, Anadalvo Juazeiro dos
dc.contributor.author.fl_str_mv Bieger, Beno Nicolau
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Graça, Luiz Roberto, 1948-
contributor_str_mv Graça, Luiz Roberto, 1948-
dc.subject.por.fl_str_mv Teses
Industria de moveis - Coronel Freitas (SC)
topic Teses
Industria de moveis - Coronel Freitas (SC)
description O presente trabalho estudou no período de 2005 a 2007 o perfil das indústrias moveleiras dos Municípios de Chapecó e Coronel Freitas, conhecido como Pólo Moveleiro de Coronel Freitas, no oeste de Santa Catarina com o objetivo conhecer, analisar, caracterizar e indicar as perspectivas de sustentabilidade da atividade moveleira nestes municípios. O estudo se justificou pela importância que esta atividade vem merecendo na região. A indústria moveleira já estabelecida em Santa Catarina tem o maior centro exportador do país localizado no pólo moveleiro de São Bento do Sul, produzindo basicamente móveis residenciais de madeira de Pinus, participando com 50% do volume nacional exportado em 2003. Já na região oeste existem dois pólos moveleiros consolidados que são os de Coronel Freitas e Pinhalzinho. Os órgãos representativos da região como, Associações Comerciais e Industriais dos Municípios, Sindicatos de Moveleiros e as próprias empresas moveleiras, juntamente com órgãos oficiais como o SEBRAE, estão envidando esforços no sentido de permitir a sustentabilidade econômica e ambiental da região, buscando alternativas consistentes e fugindo do modelo agroindustrial tradicional. A metodologia utilizada foi a de entrevistas diretas fazendo-se o censo de todas as empresas no local para a determinação da cadeia produtiva e de fornecimento. Através dos dados tabulados e estatisticamente tratados foram analisados vários aspectos inerentes à sobrevivência das empresas, tais como: grau de concentração, uso dos fatores de produção e comercialização. Verificou-se entre os principais resultados que as dificuldades econômicas da região, associadas a problemas de qualidade e gestão estão colocando em cheque a atividade de fabricação de móveis sob medida. Em Coronel Freitas não há mais nenhuma indústria que fabrique móveis sob medida. São dezoito firmas razoavelmente bem estruturadas fabricando móveis em série, produzindo cozinhas, salas de jantar, balcões para banheiro e dormitórios. Em Chapecó, da lista de cento e cinco empresas oficialmente constituídas, restam dez (9,52%) fabricando móveis em série e mais vinte e nove (27,62%) fabricando móveis sob medida. O mercado apresentou-se imperfeitamente competitivo, com nuances de diferenciação de produtos e na busca de nichos de mercado que lembram características de concentração. O nível tecnológico vai do artesanal (móveis sob medida) à mais moderna tecnologia com linha totalmente automatizada. As empresas tiveram um faturamento médio anual de R$ 49.389.000,00, mas, têm um potencial de faturamento de até R$ 92.631.000,00. Na classificação estabelecida pela "Lei do Simples” 40% são microempresas (ME), 46% são empresas de pequeno porte (EPP). As principais dificuldades alegadas sãos os impostos, a legislação trabalhista, a falta de mão-de-obra qualificada, a falta de política governamental, o mercado consumidor e capital de giro. O estudo permitiu sugerir diversas políticas governamentais (federal, estadual e municipal) visando manter a futura sustentabilidade econômica bem como ações entre as próprias empresas, especialmente no sentido da celebração de parcerias
publishDate 2013
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2013-11-21T13:45:46Z
dc.date.available.fl_str_mv 2013-11-21T13:45:46Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2013-11-21
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1884/16288
url http://hdl.handle.net/1884/16288
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPR
instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron:UFPR
instname_str Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron_str UFPR
institution UFPR
reponame_str Repositório Institucional da UFPR
collection Repositório Institucional da UFPR
bitstream.url.fl_str_mv https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/16288/1/t243_0273-D.pdf
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/16288/2/t243_0273-D.pdf.txt
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/16288/3/t243_0273-D.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 15c648e7ac4e08c5d2047f85c66e1665
619f3ebc4f5e6ce08306380c57257024
c65c52172f7ad7328a63c5f44704d39b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1813898829522534400