Hidrogéis Binários de Xantana e Galactomananas com incorporação de curcumina visando uso tópico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/27572 |
Resumo: | Resumo: O presente trabalho teve como objetivo avaliar as propriedades dos hidrogéis binários obtidos pela mistura de xantana e galactomanana comercial de alfarroba (Ceratonia siliqua) (XL) ou xantana e galactomanana de guapuruvu (Schizolobium parahybae) (XG). A galactomanana de guapuruvu apresenta características estruturais semelhantes à galactomanana de alfarroba, muito usada na indústria alimentícia e farmacêutica, entre outras aplicações. Os hidrogéis XG e XL foram usados como veículos para curcumina (CUR), um fármaco hidrofóbico. A CUR foi incorporada através de três formas diferentes: através de um sistema micelar, originando o hidrogel XLSC; através de uma microemulsão, originando os hidrogéis XLMC e XGMC; e por simples solubilização em etanol e posterior adição ao hidrogel, originando os hidrogéis XLEC e XGEC. Todos os hidrogéis apresentaram a estrutura reológica de gel, onde G' é maior do que G", em todas as frequências testadas. A CUR foi escolhida, como fármaco modelo, pela sua conhecida ação antiinflamatória e efeito antioxidante e por apresentar baixa toxicidade. Pela via tópica produz resultados favoráveis no tratamento de psoríase, além de ser efetivo no tratamento de acnes, rosácea e diminuição de rugas. Extratos de Curcuma longa possuem três diferentes curcuminóides, curcumina (CUR), demetoxicurcumina e bisdemetoxicurcumina. Foi desenvolvida e validada com sucesso uma metodologia analítica dos curcuminóides incorporados nos hidrogéis por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), com linearidade da faixa de 1 - 100 ng/mL. Os limites de detecção e quantificação foram estimados em 0,21 e 0,63 ng/mL, respectivamente, para CUR. A precisão e exatidão foram adequadas (recuperação dos curcuminóides de 98,77%) e indicativas da estabilidade do fármaco, mantendo boa resolução entre o analito e os produtos de degradação formados nos testes de estresse. O teor de curcuminóides, recuperados e quantificados por CLAE, foi em média de 100,94% a partir dos hidrogéis binários XLEC, XLMC, XGEC e XGMC. Foi demonstrada a estabilidade dos hidrogéis, assim como a estabilidade química dos curcuminóides, por 45 dias a 45°C. A análise de permeação in vitro dos curcuminóides apresentou absorção dérmica em membranas de orelha de porco, a partir de XLEC, XLMC, XGEC e XGMC. O teor dos curcuminóides no estrato córneo, epiderme e derme foi entre 2,15 ?g/mL a 2,50 ?g/mL. A toxicidade dos hidrogéis binários foi testada pelo ensaio de agarose overlay e XG, XLEC, XLMC, XGEC e XGMC não apresentaram reatividade. A ação anti-inflamatória dos curcuminóides, veiculados nestes hidrogéis, foi investigada pelo ensaio in vivo de edema de orelha de camundongo e foi observado um perfil farmacológico semelhante ao da dexametasona (56,0%) para o hidrogel XGMC (63,2%). Os hidrogéis XGEC e XLEC tiveram um efeito antiedematogênico (76,8% e 83,6%, respectivamente), superior a dexametasona (56,0%), confirmando a ação anti-inflamatória dos curcuminóides. Através deste trabalho, foi demonstrado que os hidrogéis binários XG e XL são um veículo hidrofílico potencial para a administração tópica de fármacos hidrofóbicos, com liberação prolongada, e propiciando a estabilidade química dos curcuminóides. Sendo que XGMC e XLMC não possuem a adição de etanol na sua formulação para incorporação da curcumina (fármaco lipofílico), podendo ser aplicado sobre peles sensíveis, com é o caso de peles psoriáticas. |
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A CUR foi incorporada através de três formas diferentes: através de um sistema micelar, originando o hidrogel XLSC; através de uma microemulsão, originando os hidrogéis XLMC e XGMC; e por simples solubilização em etanol e posterior adição ao hidrogel, originando os hidrogéis XLEC e XGEC. Todos os hidrogéis apresentaram a estrutura reológica de gel, onde G' é maior do que G", em todas as frequências testadas. A CUR foi escolhida, como fármaco modelo, pela sua conhecida ação antiinflamatória e efeito antioxidante e por apresentar baixa toxicidade. Pela via tópica produz resultados favoráveis no tratamento de psoríase, além de ser efetivo no tratamento de acnes, rosácea e diminuição de rugas. Extratos de Curcuma longa possuem três diferentes curcuminóides, curcumina (CUR), demetoxicurcumina e bisdemetoxicurcumina. Foi desenvolvida e validada com sucesso uma metodologia analítica dos curcuminóides incorporados nos hidrogéis por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), com linearidade da faixa de 1 - 100 ng/mL. Os limites de detecção e quantificação foram estimados em 0,21 e 0,63 ng/mL, respectivamente, para CUR. A precisão e exatidão foram adequadas (recuperação dos curcuminóides de 98,77%) e indicativas da estabilidade do fármaco, mantendo boa resolução entre o analito e os produtos de degradação formados nos testes de estresse. O teor de curcuminóides, recuperados e quantificados por CLAE, foi em média de 100,94% a partir dos hidrogéis binários XLEC, XLMC, XGEC e XGMC. Foi demonstrada a estabilidade dos hidrogéis, assim como a estabilidade química dos curcuminóides, por 45 dias a 45°C. A análise de permeação in vitro dos curcuminóides apresentou absorção dérmica em membranas de orelha de porco, a partir de XLEC, XLMC, XGEC e XGMC. 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