Mecanismos psicofisiológicos do auto informe motivacional em exercício de endurance muscular

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cabral, Luana Loss
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/85920
Resumo: Orientador: Prof. Dr. Gleber Pereira
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spelling Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Educação FísicaPereira, Gleber, 1976-Cabral, Luana Loss2024-01-03T16:44:29Z2024-01-03T16:44:29Z2023https://hdl.handle.net/1884/85920Orientador: Prof. Dr. Gleber PereiraTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Defesa : Curitiba, 01/08/2023Inclui referênciasResumo: O objetivo do presente estudo foi verificar as alterações psicofisiológicas induzidas pelo auto informe motivacional no desempenho de endurance muscular. Vinte e nove homens foram randomizados e estratificados entre os grupos auto informe motivacional (AI-M; n=15) e controle (CO; n=14). Os participantes realizaram 6 visitas, na qual a visita 1 foi feita uma familiarização com o teste do torque crítico (TC) e o teste de desempenho de endurance muscular. Na visita 2 foi aplicado o teste do TC para determinar a intensidade alvo. Nas visitas 3, 4 (teste pré-intervenção) e 5 (teste pós-intervenção) foi aplicado o teste de desempenho de endurance muscular de contrações voluntárias isométricas submáximas para músculos extensores do joelho com a perna dominante. Por fim, na visita 6 foi aplicado o teste do TC para verificar alterações nos níveis de força muscular. Entre as visitas 4 e 5 foi feita uma intervenção com a perna não-dominante em 5 sessões de treino físico para o grupo CO e treino físico concomitante ao treino psicológico para o grupo AI-M. O grupo AI-M aumentou o tempo até a exaustão na visita pós-intervenção (1654,20 ± 603,50 s) tanto comparado com o teste pré-intervenção (1291,20 ± 413,20 s; p < 0,001) como comparado a visita pós-intervenção do grupo CO (1313,6 ± 318,2 s; p = 0,003). Com relação aos mecanismos fisiológicos cerebrais, na visita pós-intervenção foi observado menores valores nas ondas theta na região frontal para o grupo AI-M comparado ao grupo CO (p = 0,031), indicando um menor nível de demanda cognitiva no grupo experimental antes de iniciar o teste. O grupo AI-M apresentou scores positivos de assimetria frontal na visita pós-intervenção comparado a visita préintervenção (p = 0,029) antes do teste, indicando maiores níveis de motivação. O grupo AI-M apresentou valores menores de percepção de esforço (PE) no instante 100% na visita pós-intervenção (9,3 ± 1,6) comparado ao grupo CO (10,8 ± 1,1; p = 0,01) e comparado com o pré-intervenção do grupo AI-M (11,2 ± 1,2; p < 0,001), demonstrando que o AI-M regula o aumento da PE máxima, postergando a exaustão. Mesmo apresentando níveis de fadiga, foi observado que a contração voluntária isométrica máxima foi maior na visita pós-intervenção no instante 100% para o grupo AI-M comparado ao mesmo instante da visita pré-intervenção (p = 0,046), indicando maior engajamento na tarefa. Porém, não foi observado aumento nos níveis de fadiga central e fadiga periférica após a intervenção psicológica. Dessa forma, o presente estudo demonstrou que os mecanismos fisiológicos musculares não explicam a melhora do desempenho de endurance. Entretanto, sugere-se que o AI-M melhora o desempenho de endurance muscular através de mecanismos fisiológicos cerebrais, decorrentes do aumento da motivação e da diminuição da demanda cognitiva e através da diminuição da percepção de esforço, aumentando a tolerância ao exercício e postergando a exaustão.Abstract: The aim of the present study was to verify the psychophysiological changes induced by motivational self-talk in muscular endurance performance. Twenty-nine men were stratified into motivational self-talk group (ST-M; n=15) and the control group (CO; n=14). Participants performed 6 visits, in which visit 1 included a familiarization with critical torque test (TC) and muscular endurance performance test. At visit 2, CT test was applied to determine the target intensity. At visits 3, 4 (pre-intervention test) and 5 (post-intervention test), muscular endurance performance test of submaximal isometric voluntary contractions for knee extensor muscles was applied with the dominant leg. Finally, on visit 6, CT test was applied to verify changes in muscle strength levels. Between visits 4 and 5, an intervention was carried out with the non-dominant leg in 5 physical training sessions for the CO group and physical training concomitantly with psychological training for the AI-M group. ST-M group increased the time to exhaustion at the post-intervention (1654.20 ± 603.50 s) both compared to the pre-intervention (1291.20 ± 413.20 s; p < 0.001) and compared the post-intervention of the CO group (1313.6 ± 318.2 s; p = 0.003). Regarding brain physiological mechanisms, in the postintervention visit, lower values of theta waves in the frontal region were observed for the ST-M group compared to the CO group (p = 0.031), indicating a lower level of cognitive demand in the experimental group before the begging of the test. The ST-M group had positive frontal asymmetry scores at the post-intervention compared to the pre-intervention visit (p = 0.029), indicating higher levels of motivation before the begging of the test. The ST-M group had lower values of ratings of perceived exertion (RPE) at the 100% instant in the post-intervention (9.3 ± 1.6) compared to the CO group (10.8 ± 1.1; p = 0. 01) and compared with pre-intervention of the experimental group (11.2 ± 1.2; p < 0.001), demonstrating that ST-M regulates the increase in maximum RPE, postponing exhaustion. Even in fatigue condition, it was observed that the maximum isometric voluntary contraction was significantly higher in the postintervention at the 100% moment for the ST-M group compared to the same moment of the pre-intervention (p = 0.046), indicating greater engagement on task. However, no increase in the levels of central fatigue and peripheral fatigue was observed after the psychological intervention. Thus, the present study demonstrated that muscular physiological mechanisms do not explain the improvement in endurance performance. However, it is suggested that ST-M improves muscle endurance performance through brain physiological mechanisms, resulting from increased motivation and decreased cognitive demand and through decreased perceived exertion, increasing exercise tolerance and postponing exercise exhaustion.1 recurso online : PDF.application/pdfFadigaEletroencefalografiaResistencia físicaEducação FísicaMecanismos psicofisiológicos do auto informe motivacional em exercício de endurance muscularinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - T - LUANA LOSS CABRAL.pdfapplication/pdf3092766https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/85920/1/R%20-%20T%20-%20LUANA%20LOSS%20CABRAL.pdf8a2cabedf0e85b3a00d1d9fcc8b1dd70MD51open access1884/859202024-01-03 13:44:29.613open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/85920Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082024-01-03T16:44:29Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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