Autoritarismo e construção identitária de personagens infantis : Campo Geral (Guimarães Rosa), o Nosso Reino (Valter Hugo Mãe) e L'arrache Coeur (Boris Vian)
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
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Texto Completo: | https://hdl.handle.net/1884/81825 |
Resumo: | Orientador: Prof. Dr. Antonio Augusto Nery |
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Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em LetrasNery, Antonio Augusto, 1981-Legroski, Anna Carolina2023-04-04T15:28:45Z2023-04-04T15:28:45Z2023https://hdl.handle.net/1884/81825Orientador: Prof. Dr. Antonio Augusto NeryTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de ..., Programa de Pós-Graduação em . Defesa : Curitiba,Inclui referências: p. 253-259Resumo: A infância atua como um importante elemento estruturante que aproxima as narrativas L’arrache coeur (1953), de Boris Vian (1920 – 1959), Campo geral (1964), de João Guimarães Rosa (1908 – 1967), e o nosso reino (2007), de Valter Hugo Mãe (1971-), mas, para além disso, essas narrativas apresentam, cada uma a sua maneira, relações intrincadas de poder que surgem no seio das famílias representadas. O poder, nos três casos, fundamenta-se sobre uma figura de autoridade (avós, pais, mãe) que exerce controle e dominação, na maior parte das vezes, de forma arbitrária, cruel, violenta e apoiada em fundamentos religiosos. Criados em famílias disfuncionais e autoritárias, os personagens benjamim (o nosso reino), Miguilim (Campo geral) e Joël, Noël e Citroën (L’arrache coeur) vivem suas infâncias exercendo pequenos atos de contracontrole, que compõem suas construções identitárias. Objetivamos, neste trabalho, analisar de que forma o poder autoritário, a família e a religião são capazes de impactar e impulsionar o desenvolvimento desses personagens infantis, propondo uma leitura comparativa entre as três obras. Para tanto, iremos tratar de isolamento, poder e controle, família e autoridade, manutenção de poder por intermédio da religião, personalização e negociação de crenças religiosas, utilitarismo da fé e, por fim, do fenômeno da formação identitária, a partir do pensamento de Giddens (2001), Durkheim (1912), Zygmunt Bauman (2005), Stuart Hall (2014; 2015), Patrick Chareaudeau (2009a; 2009b), Skinner (1974), Murray Sidman (2009) e de Foucault (1979; 2014; 2021). A hipótese desenvolvida no presente trabalho é que, nas três narrativas e no conjunto dos personagens infantis, a forma com que o exercício arbitrário e subjugador do poder familiar, aliado e fortalecido por crenças religiosas ou não, porém manifestado de forma violenta geram, invariavelmente, tentativas de resistência e, portanto, de contracontrole, o que impulsiona o processo de construção identitária destas crianças ficcionais. Pretendese, assim, contribuir com novas leituras críticas de obras em perspectiva comparada, com o propósito de ampliar as possibilidades de análise e interpretação de textos considerados fundamentais, devido às suas temáticas abordadas.Abstract: Childhood acts as an important structuring element that brings together the narratives L'arrache coeur (1953), by Boris Vian (1920-1959), Campo geral (1964), by João Guimarães Rosa (1908-1967), and o nosso reino (2007), by Valter Hugo Mãe (1971-). Moreover, these narratives each present, in their own way, intricate power relations that arise within the families represented. In all three cases, power is based on a figure of authority (grandparents, parents, mother) who exerts control and domination, often in an arbitrary, cruel, violent, and religiously grounded manner. Raised in dysfunctional and authoritarian families, the characters benjamin (o nosso reino), Miguilim (Campo geral), and Joël, Noël, and Citroën (L'arrache coeur) live their childhoods by exercising small acts of counter-control that contribute to their identity constructions. The objective of this work is to analyze how authoritarian power, family, and religion are able to impact and propel the development of these child characters, proposing a comparative reading between the three works. To do so, we will address isolation, power and control, family and authority, maintenance of power through religion, personalization and negotiation of religious beliefs, utilitarianism of faith, and finally, the phenomenon of identity formation, drawing on the thought of Giddens (2001), Durkheim (1912), Zygmunt Bauman (2005), Stuart Hall (2014; 2015), Patrick Chareaudeau (2009a; 2009b), Skinner (1974), Murray Sidman (2009), and Foucault (1979; 2014; 2021). The hypothesis developed in this work is that, in the three narratives and in the group of child characters, the arbitrary and subjugating exercise of family power, whether strengthened by religious beliefs or not but manifested in a violent manner, invariably generates attempts at resistance and therefore countercontrol, which drives the process of identity construction of these fictional children. The aim is to contribute to new critical readings of works from a comparative perspective, with the purpose of expanding the possibilities of analysis and interpretation of texts considered fundamental due to their themes.1 recurso online : PDF.application/pdfFamilia na literaturaPoder (Filosofia)Autoritarismo na literaturaLetrasAutoritarismo e construção identitária de personagens infantis : Campo Geral (Guimarães Rosa), o Nosso Reino (Valter Hugo Mãe) e L'arrache Coeur (Boris Vian)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - T - ANNA CAROLINA LEGROSKI .pdfapplication/pdf2864673https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/81825/1/R%20-%20T%20-%20ANNA%20CAROLINA%20LEGROSKI%20.pdf80dd777d7b196fb8409b8ee565bd431dMD51open access1884/818252023-04-04 12:28:46.044open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/81825Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082023-04-04T15:28:46Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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