Multifuncionalidade da equinocultura em ambientes urbanos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/35067 |
Resumo: | Resumo: O intenso processo de urbanização, ocorrido com pouco planejamento prévio, compromete a qualidade da vida nas grandes metrópoles. A poluição do ar, temperatura atmosférica elevada, limitado escoamento da água das chuvas e enchente, são consequências deste processo. A equinocultura apresenta um papel multifuncional, ao interagir com os centros urbanos no uso da terra e diversificar a paisagem urbana com componentes naturais e rurais, capazes de produzir serviços ecossistêmicos e melhorar a qualidade ambiental da vida urbana, além de oferecer serviços relacionados ao lazer, terapia e bem-estar humano, com forte apelo à educação e consciência ambiental. Na equinocultura, o envolvimento entre os animais e a sociedade é grande e as condições de vida e manejo dos animais são bastante visíveis, pois fazem parte de um contexto de lazer familiar, esportivo, educacional e terapêutico, onde há envolvimento emocional entre clientes/proprietários e animais. O mesmo acontece com os aspectos ambientais relacionados à atividade. Embora a manutenção de cavalos em ambiente urbano tenha potencial de degradação ambiental, as expectativas dos clientes demandam cuidados com a manutenção da paisagem para a plena experiência da atividade equestre com todos seus benefícios. Com este trabalho, objetivamos diagnosticar o bem-estar animal e avaliar a postura das pessoas diante das condições visualmente perceptíveis dos animais e da paisagem da propriedade. As liberdades mais restritas foram a ambiental e comportamental e os pontos críticos mais frequentes foi à inadequação do manejo nutricional. A avaliação dos clientes mostrou aprovação ao sistema pelas notas sempre acima de oito, comparativamente à avaliação técnica, onde houve maior contraste entre as propriedades. Mesmo assim, a avaliação dos clientes e a técnica não se contradisseram, e a correlação entre elas foi alta (0,69, p=0,026). As propriedades foram classificadas por meio da avaliação da paisagem e os resultados foram comparados com a avaliação do público. Os perfis existentes estão relacionados ao cavalo, esporte, lazer, natureza, psicológico, família, social e terapêutico/pedagógico. A atividade representa para 70% dos responsáveis pelas propriedades, porém, uma atividade esportiva. Uma parcela importante dos clientes considera a paisagem um ponto importante para a atividade. Exceto no hipismo, a qualidade da paisagem é mais importante que a pista para a maioria dos clientes. Estes clientes consideram aspectos naturais importantes na composição da paisagem na propriedade que frequentam. Em relação aos centros de treinamento (CT), 86% das suas áreas são verdes, como pastagens, reservas, bosques e gramados. A ecologia da paisagem das propriedades foi mais bem avaliada do que a qualidade dos compartimentos ambientais. Assim, a qualidade dos compartimentos ambientais teve impacto na avaliação da paisagem por parte dos clientes (0,80, p=0,01). O perfil dos clientes no meio hípico é mais heterogêneo do que a maioria dos gerentes imaginam, composto de pessoas que encaram a atividade de formas bastante distintas e com expectativas variadas. Entre os perfis e as modalidades, as pessoas se relacionam com a propriedade e seu ambiente de forma diferente, e a paisagem adquire importância diferente em cada um dos casos. Para estes clientes, aspectos naturais são importantes na constituição da paisagem. As correlações encontradas mostram as inter-relações entre os temas e a capacidade intuitiva dos clientes em perceber o todo. Esta discussão mostra a importância da educação ambiental e difusão de conceitos e valores que permitam aos envolvidos sentirem-se corresponsáveis com situações inadequadas. |
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