Impacto do peso ao nascimento e do estilo de vida sobre os fatores de risco metabólico e cardiovascular em adolescentes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/24995 |
Resumo: | Resumo: Introdução: Estudos recentes sugerem que o crescimento fetal e o crescimento pós-natal estão associados ao desenvolvimento de doenças na vida adulta. Objetivo: Identificar a influência do peso ao nascimento e do estilo de vida (nutrição e atividade física) sobre a presença de fatores de risco para doenças metabólicas e cardiovasculares em adolescentes. Material e Método: Inquérito epidemiológico de corte transversal. Amostra casual aleatória composta por 972 adolescentes (57% meninas) entre 10 e 18 anos provenientes de escolas de Curitiba. Os participantes foram selecionados a partir de questionário respondido pelos responsáveis contendo informações sobre o peso ao nascimento, doenças atuais e história familiar de doenças metabólicas e cardiovasculares. Nas avaliações realizadas nas escolas foram obtidas medidas de peso, altura, circunferência da cintura(CC), pressão arterial, puberdade, recordatório de atividade física e nutricional e realizado teste de aptidão cardiorrespiratória. Foi realizada coleta de sangue com posterior determinação de colesterol total(CT), HDL-C, LDL-C, triglicerídeos(TG), glicemia e insulina. Os indivíduos com peso ao nascimento abaixo do 10º percentil da amostra compuseram o grupo baixo peso(BP) e aqueles entre o 10° e 90° percentis o grupo adequado para o peso(AP). Os resultados são apresentados com média ± desvio padrão. Para as comparações entre os gêneros e os grupos mpregou-se o teste “t” e odd ratio. O nível de significância estabelecido foi de p<0,05. Resultados: A maioria dos avaliados foram considerados púberes; 21,8% dos meninos e 16,7% das meninas apresentavam sobrepeso e 3,9% e 7,7 % respectivamente apresentavam obesidade. O gasto energético, o consumo de calorias e colesterol na alimentação e o VO2máx foram maiores nos meninos. Já as meninas apresentaram valores mais elevados de insulina e HOMA-IR. O consumo de gordura saturada além do recomendado aumentou em 2,5 vezes o risco de SM. Entre os meninos, foram observadas concentrações maiores de CT e TG no grupo com BP ao nascimento; 43% do grupo com BP e 26% do com AP apresentaram valores elevados de CT, seguidos respectivamente de 66% e 53% para valores abaixo do recomendado para HDL-C, 19% e 12% para LDL-C elevados e 23% e 10% para TG elevados. A glicemia alterada foi observada em 6% de ambos os grupos, sendo que 13% dos BP e 10% dos AP manifestaram resistência insulínica. A síndrome metabólica (SM) estava presente em 33% dos meninos com BP e 9% dos com AP, sendo o risco para SM foi quase cinco vezes maior nos com BP. Ainda nos meninos, um VO2máx baixo aumentou em 3.9 vezes o risco de SM. No grupo feminino não foram encontradas diferenças significativas quando agrupadas em BP e AP; 35% das meninas com BP e 27% das AP apresentavam CT elevado e 56% e 54% respectivamente apresentavam concentração baixa de HDL-C. Para o LDL-C e TG a porcentagem com concentrações elevadas variou de 7,7 a 8,9%, sem risco maior para SM entre as meninas com BP. Na regressão múltipla a CC, VO2máx e o peso ao nascimento entraram nos modelos para explicar cerca de 13% a 24% do perfil lipídico. Conclusão: Os resultados do presente estudo reforçam a hipótese de que o tamanho ao nascimento é um fator de risco para doenças metabólicas e cardiovasculares, especialmente para indivíduos do sexo masculino. A atividade física, especialmente a aeróbia, pode reduzir estes riscos. |
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