As histórias de vida dos idosos longevos de uma comunidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/30051 |
Resumo: | Resumo: O objetivo deste estudo consistiu em interpretar as histórias de vida dos idosos longevos usuários de uma Unidade Básica de Saúde em Curitiba - PR, alicerçada na perspectiva do Envelhecimento Ativo e Curso de Vida. Foi realizada pesquisa do tipo qualitativo de enfoque sócio-histórico, a qual aborda as histórias de vida de vinte longevos. A coleta de dados ocorreu mediante a realização de entrevistas narrativas no domicílio dos participantes. As entrevistas foram gravadas e transcritas, com a autorização prévia dos informantes. As narrativas foram submetidas às etapas do processo de análise proposto pelo sociólogo alemão Fritz Schütze (2010): análise formal do texto, descrição estrutural do conteúdo, abstração analítica, análise do conhecimento, comparação contrastiva (comparação mínima e comparação máxima) e construção de um modelo teórico acerca da longevidade. As vinte histórias de vida foram submetidas às duas primeiras fases de análise. Para continuidade do processo analítico foram eleitas oito histórias de vida, que se mostraram mais pertinentes aos propósitos do estudo. As análises das trajetórias de vida resultaram em dez categorias que apresentaram semelhanças entre si, e oito consideradas diferentes às demais. As categorias apresentadas na comparação mínima foram: 1 - O trabalho como subsistência da vida cotidiana - os membros da família trabalhavam impulsionados por suas necessidades e exigências; 2 - As famílias extensas e suas implicações - o elevado número de filhos, a situação sócioeconômica e as condições dos fatores de produção não permitiam aos pais que enviassem os filhos à escola; 3 - A família patriarcal e a educação dos filhos - os arranjos familiares eram eminentemente centrados na autoridade paterna, severidade, temor e deveres dos filhos. 4 - Os conflitos políticos presenciados na infância - A cultura de silêncio - relatos de passagens da participação política de seus genitores, bem como as repercussões desses em suas vidas; 5 - A utilização de práticas culturais de cura como alternativa no cuidado à saúde - utilizada mais frequentemente na infância - os chás, as garrafadas, como também a figura do benzedor, raizeiro e curandeiro, essas práticas tem sua perpetuação no presente; 6 - O êxodo rural como expectativa de melhora de vida - ocorreu na fase adulta dos participantes e apresenta as dificuldades iniciais enfrentadas na região urbana; 7- As perdas e os enfrentamentos ao longo do curso de vida - esses eventos representaram momentos de angústia, revolta, desgosto, e deixaram marcas, após a superação destes, reconstruíram suas vidas e famílias. 8 - A Religiosidade e sua representatividade nas trajetórias de vida dos longevos - força propulsora de suas vidas, o apego à religião denota crenças, tradições, valores e formas de proteção, expressaram sua religiosidade como verdade incondicional; 9 - A trajetória atual - uma representação diferenciada de envelhecer - o cuidado à saúde é visto como prioritário, procuram se alimentar de forma saudável e manter-se ativos. A aproximação com filhos e netos traz segurança e favorece a ajuda mútua; 10 - A trajetória futura e os projetos de vida - soam como continuidade da vida e expectativas do que podem e o que almejam fazer, num contexto de desejos, saudades e declarações de amor à vida. As categorias que se apresentaram diferentes às oriundas da comparação inicial foram: 1 - Fumar - hábito adquirido na adolescência - entendem que o uso do fumo, pode trazer consequências à saúde com comprometimento da qualidade de vida, contudo, um dos longevos afirma não conseguir abandonar o vício; 2 - A vida solitária - amizade com os vizinhos como rede de apoio - a vida solitária manifestada na trajetória individual da longeva, não é vista por ela como fato negativo, mas sim como escolha pessoal; 3 - Novo casamento dos longevos após viuvez - os homens quando perderam suas esposas, casaram-se novamente, diversamente das mulheres que permaneceram viúvas; 4 - Insegurança gerada por moradia em área de risco - a insegurança causada pela presença de traficantes na região se configura como uma forma de violência ao longevo; 5 - O trabalho após a aposentadoria visto como uma necessidade - para manter a família, com pessoas doentes e dependentes, que dispendem maiores recursos financeiros em seus cuidados à saúde; 6 - A atenção à saúde referida como insatisfatória - em relação à demora de encaminhamento à atenção secundária e a falta de medicamentos usualmente distribuídos na Unidade Básica de Saúde; 7 - Alimentação precária por ingesta inadequada de nutrientes - a localização do trabalho distante da residência, não permite ao longevo realizar as refeições em casa, em consequência a alimentação é insatisfatória, pobre em nutriente; 8 - Fatores econômicos como geradores de proteção social - A situação financeira estável resulta em melhores condições de habitação, alimentação, lazer e cuidados com a saúde. Neste processo de análise das categorias surgiram elementos presentes no passado e presente dos longevos, que contribuíram para o desenvolvimento de um modelo teórico: "Construindo a longevidade no curso de vida". A longevidade tem suas raízes no passado, fortemente influenciada pela cultura familiar e curso de vida. Os pressupostos do Envelhecimento Ativo são mais expressivos na trajetória atual dos longevos, na qual se alternam determinantes e condicionantes do Envelhecimento Ativo, não existindo uma totalidade desses fatores presentes nas histórias individuais. As contribuições das histórias de vida remetem à construção e compreensão do processo de longevidade, conhecimento parcial, mas num amplo sentido, não só social, mas biológico, psicológico, econômico, político, cultural e espiritual. O conhecimento das histórias de vida apontou novas possibilidades de intervenção da Enfermagem Gerontológica na Atenção Primária, visando à promoção e prevenção da saúde, fundamentada especialmente no respeito à cultura, presente no curso de vida dos longevos. |
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Willig, Mariluci HautschLenardt, Maria HelenaUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem2013-05-13T18:08:04Z2013-05-13T18:08:04Z2013-05-13http://hdl.handle.net/1884/30051Resumo: O objetivo deste estudo consistiu em interpretar as histórias de vida dos idosos longevos usuários de uma Unidade Básica de Saúde em Curitiba - PR, alicerçada na perspectiva do Envelhecimento Ativo e Curso de Vida. Foi realizada pesquisa do tipo qualitativo de enfoque sócio-histórico, a qual aborda as histórias de vida de vinte longevos. A coleta de dados ocorreu mediante a realização de entrevistas narrativas no domicílio dos participantes. As entrevistas foram gravadas e transcritas, com a autorização prévia dos informantes. As narrativas foram submetidas às etapas do processo de análise proposto pelo sociólogo alemão Fritz Schütze (2010): análise formal do texto, descrição estrutural do conteúdo, abstração analítica, análise do conhecimento, comparação contrastiva (comparação mínima e comparação máxima) e construção de um modelo teórico acerca da longevidade. As vinte histórias de vida foram submetidas às duas primeiras fases de análise. Para continuidade do processo analítico foram eleitas oito histórias de vida, que se mostraram mais pertinentes aos propósitos do estudo. As análises das trajetórias de vida resultaram em dez categorias que apresentaram semelhanças entre si, e oito consideradas diferentes às demais. As categorias apresentadas na comparação mínima foram: 1 - O trabalho como subsistência da vida cotidiana - os membros da família trabalhavam impulsionados por suas necessidades e exigências; 2 - As famílias extensas e suas implicações - o elevado número de filhos, a situação sócioeconômica e as condições dos fatores de produção não permitiam aos pais que enviassem os filhos à escola; 3 - A família patriarcal e a educação dos filhos - os arranjos familiares eram eminentemente centrados na autoridade paterna, severidade, temor e deveres dos filhos. 4 - Os conflitos políticos presenciados na infância - A cultura de silêncio - relatos de passagens da participação política de seus genitores, bem como as repercussões desses em suas vidas; 5 - A utilização de práticas culturais de cura como alternativa no cuidado à saúde - utilizada mais frequentemente na infância - os chás, as garrafadas, como também a figura do benzedor, raizeiro e curandeiro, essas práticas tem sua perpetuação no presente; 6 - O êxodo rural como expectativa de melhora de vida - ocorreu na fase adulta dos participantes e apresenta as dificuldades iniciais enfrentadas na região urbana; 7- As perdas e os enfrentamentos ao longo do curso de vida - esses eventos representaram momentos de angústia, revolta, desgosto, e deixaram marcas, após a superação destes, reconstruíram suas vidas e famílias. 8 - A Religiosidade e sua representatividade nas trajetórias de vida dos longevos - força propulsora de suas vidas, o apego à religião denota crenças, tradições, valores e formas de proteção, expressaram sua religiosidade como verdade incondicional; 9 - A trajetória atual - uma representação diferenciada de envelhecer - o cuidado à saúde é visto como prioritário, procuram se alimentar de forma saudável e manter-se ativos. A aproximação com filhos e netos traz segurança e favorece a ajuda mútua; 10 - A trajetória futura e os projetos de vida - soam como continuidade da vida e expectativas do que podem e o que almejam fazer, num contexto de desejos, saudades e declarações de amor à vida. As categorias que se apresentaram diferentes às oriundas da comparação inicial foram: 1 - Fumar - hábito adquirido na adolescência - entendem que o uso do fumo, pode trazer consequências à saúde com comprometimento da qualidade de vida, contudo, um dos longevos afirma não conseguir abandonar o vício; 2 - A vida solitária - amizade com os vizinhos como rede de apoio - a vida solitária manifestada na trajetória individual da longeva, não é vista por ela como fato negativo, mas sim como escolha pessoal; 3 - Novo casamento dos longevos após viuvez - os homens quando perderam suas esposas, casaram-se novamente, diversamente das mulheres que permaneceram viúvas; 4 - Insegurança gerada por moradia em área de risco - a insegurança causada pela presença de traficantes na região se configura como uma forma de violência ao longevo; 5 - O trabalho após a aposentadoria visto como uma necessidade - para manter a família, com pessoas doentes e dependentes, que dispendem maiores recursos financeiros em seus cuidados à saúde; 6 - A atenção à saúde referida como insatisfatória - em relação à demora de encaminhamento à atenção secundária e a falta de medicamentos usualmente distribuídos na Unidade Básica de Saúde; 7 - Alimentação precária por ingesta inadequada de nutrientes - a localização do trabalho distante da residência, não permite ao longevo realizar as refeições em casa, em consequência a alimentação é insatisfatória, pobre em nutriente; 8 - Fatores econômicos como geradores de proteção social - A situação financeira estável resulta em melhores condições de habitação, alimentação, lazer e cuidados com a saúde. 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Para continuidade do processo analítico foram eleitas oito histórias de vida, que se mostraram mais pertinentes aos propósitos do estudo. As análises das trajetórias de vida resultaram em dez categorias que apresentaram semelhanças entre si, e oito consideradas diferentes às demais. As categorias apresentadas na comparação mínima foram: 1 - O trabalho como subsistência da vida cotidiana - os membros da família trabalhavam impulsionados por suas necessidades e exigências; 2 - As famílias extensas e suas implicações - o elevado número de filhos, a situação sócioeconômica e as condições dos fatores de produção não permitiam aos pais que enviassem os filhos à escola; 3 - A família patriarcal e a educação dos filhos - os arranjos familiares eram eminentemente centrados na autoridade paterna, severidade, temor e deveres dos filhos. 4 - Os conflitos políticos presenciados na infância - A cultura de silêncio - relatos de passagens da participação política de seus genitores, bem como as repercussões desses em suas vidas; 5 - A utilização de práticas culturais de cura como alternativa no cuidado à saúde - utilizada mais frequentemente na infância - os chás, as garrafadas, como também a figura do benzedor, raizeiro e curandeiro, essas práticas tem sua perpetuação no presente; 6 - O êxodo rural como expectativa de melhora de vida - ocorreu na fase adulta dos participantes e apresenta as dificuldades iniciais enfrentadas na região urbana; 7- As perdas e os enfrentamentos ao longo do curso de vida - esses eventos representaram momentos de angústia, revolta, desgosto, e deixaram marcas, após a superação destes, reconstruíram suas vidas e famílias. 8 - A Religiosidade e sua representatividade nas trajetórias de vida dos longevos - força propulsora de suas vidas, o apego à religião denota crenças, tradições, valores e formas de proteção, expressaram sua religiosidade como verdade incondicional; 9 - A trajetória atual - uma representação diferenciada de envelhecer - o cuidado à saúde é visto como prioritário, procuram se alimentar de forma saudável e manter-se ativos. A aproximação com filhos e netos traz segurança e favorece a ajuda mútua; 10 - A trajetória futura e os projetos de vida - soam como continuidade da vida e expectativas do que podem e o que almejam fazer, num contexto de desejos, saudades e declarações de amor à vida. As categorias que se apresentaram diferentes às oriundas da comparação inicial foram: 1 - Fumar - hábito adquirido na adolescência - entendem que o uso do fumo, pode trazer consequências à saúde com comprometimento da qualidade de vida, contudo, um dos longevos afirma não conseguir abandonar o vício; 2 - A vida solitária - amizade com os vizinhos como rede de apoio - a vida solitária manifestada na trajetória individual da longeva, não é vista por ela como fato negativo, mas sim como escolha pessoal; 3 - Novo casamento dos longevos após viuvez - os homens quando perderam suas esposas, casaram-se novamente, diversamente das mulheres que permaneceram viúvas; 4 - Insegurança gerada por moradia em área de risco - a insegurança causada pela presença de traficantes na região se configura como uma forma de violência ao longevo; 5 - O trabalho após a aposentadoria visto como uma necessidade - para manter a família, com pessoas doentes e dependentes, que dispendem maiores recursos financeiros em seus cuidados à saúde; 6 - A atenção à saúde referida como insatisfatória - em relação à demora de encaminhamento à atenção secundária e a falta de medicamentos usualmente distribuídos na Unidade Básica de Saúde; 7 - Alimentação precária por ingesta inadequada de nutrientes - a localização do trabalho distante da residência, não permite ao longevo realizar as refeições em casa, em consequência a alimentação é insatisfatória, pobre em nutriente; 8 - Fatores econômicos como geradores de proteção social - A situação financeira estável resulta em melhores condições de habitação, alimentação, lazer e cuidados com a saúde. Neste processo de análise das categorias surgiram elementos presentes no passado e presente dos longevos, que contribuíram para o desenvolvimento de um modelo teórico: "Construindo a longevidade no curso de vida". A longevidade tem suas raízes no passado, fortemente influenciada pela cultura familiar e curso de vida. Os pressupostos do Envelhecimento Ativo são mais expressivos na trajetória atual dos longevos, na qual se alternam determinantes e condicionantes do Envelhecimento Ativo, não existindo uma totalidade desses fatores presentes nas histórias individuais. As contribuições das histórias de vida remetem à construção e compreensão do processo de longevidade, conhecimento parcial, mas num amplo sentido, não só social, mas biológico, psicológico, econômico, político, cultural e espiritual. 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