Fadiga e qualidade de vida em pacientes sobreviventes de câncer de mama após um ano do diagnóstico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kluthcovsky, Ana Claudia Garabeli Cavalli
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/27180
Resumo: Orientador: Prof. Dr. Almir Antonio Urbanetz
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spelling Kluthcovsky, Ana Claudia Garabeli CavalliUrbanetz, Almir AntonioUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Medicina Interna2018-08-29T20:19:50Z2018-08-29T20:19:50Z2011https://hdl.handle.net/1884/27180Orientador: Prof. Dr. Almir Antonio UrbanetzTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciencias da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Medicina Interna. Defesa: Curitiba, 25/11/2011Bibliografia: fls. 82-98Área de concentração: Medicina InternaResumo: Trata-se de estudo descritivo, comparativo e com abordagem quantitativa, que objetivou avaliar a fadiga e qualidade de vida em mulheres sobreviventes de câncer de mama livres da doença, após um ano ou mais do diagnóstico, atendidas no Sistema Único de Saúde. Foi constituída uma amostra não-probabilística, consecutiva, de 202 pacientes sobreviventes tratadas em dois grandes hospitais em Curitiba, Paraná, e comparadas com dois grupos controles (202 mulheres saudáveis e 202 mulheres sem história de câncer), pareadas por idade com as pacientes. A coleta de dados ocorreu de dezembro de 2008 a junho de 2010 e utilizou-se o WHOQOL-bref, o EORTC QLQ-C30 e a Escala de Fadiga de Piper-revisada, além de dados socioeconômicos, demográficos, clínicos e do tratamento. Os testes estatísticos utilizados foram qui-quadrado, regressão logística multivariada, modelo linear generalizado e o coeficiente de correlação de Spearman. A correção de Bonferroni também foi utilizada. Foi adotado o nível de significância de 5%. As sobreviventes tinham diagnóstico prévio de câncer de mama em estádios in-situ a III, não estavam em tratamento com exceção de hormonioterapia, tinham idade entre 31 e 85 anos (idade média=54,5 anos, dp=10,4) e tempo médio de diagnóstico de 5,2 anos (dp=4,6, mediana=3,9 anos). A maioria delas eram brancas (79,2%), com ensino fundamental (64,9%), tinham companheiro (66,3%) e 47% relataram 1 ou 2 filhos vivos. A maioria (58,4%) não tinha emprego remunerado e tinha uma renda mensal familiar per capita menor ou igual a um salário mínimo (66,3%). A prevalência de fadiga para as sobreviventes foi de 37,6%. O escore médio da fadiga total e os escores médios das dimensões afetiva, comportamental e sensitivo/psicológica indicaram fadiga leve. Os fatores preditivos para fadiga foram menor idade (p=0,024), presença de dor (p=0,000), dispnéia (p=0,006), insônia (p=0,015), e náuseas/vômitos (p=0,036). Os escores médios para qualidade de vida foram significativamente menores para o grupo de sobreviventes com fadiga (todos os valores de p<0,01). Considerando todas as sobreviventes, a fadiga total e dimensões foram associadas negativamente à qualidade de vida (todos os valores de p<0,01). Na comparação com os grupos controles, os escores médios da fadiga total e das dimensões foram significativamente maiores para as sobreviventes do que para os grupos controles (todos os valores de p<0,01). Além disso, as sobreviventes relataram piores avaliações de qualidade de vida geral em relação às mulheres saudáveis e para os domínios físico, psicológico e meio ambiente em relação aos dois grupos controles (todos os valores de p<0,05). Não houve diferença significativa para o domínio relações sociais entre os três grupos. Os resultados sugerem que muitas sobreviventes de câncer de mama livres da doença após o tratamento experimentaram fadiga, principalmente as mais jovens, com dor, dispnéia, insônia e náuseas/vômitos, e essa fadiga comprometeu a qualidade de vida. Também observou-se que as sobreviventes apresentaram significativamente maior fadiga e piores avaliações para a maioria dos aspectos de qualidade de vida quando comparadas à mulheres saudáveis ou sem história de câncer. Pelos resultados obtidos enfatiza-se a importância das avaliações de fadiga e qualidade de vida especialmente direcionadas às mulheres com câncer de mama.Abstract: This is a descriptive and comparative study with a quantitative approach, that aimed to assess fatigue and quality of life among disease-free breast cancer survivors, one year after diagnosis, and assisted by the National Health System. The non-probability sample consisted of 202 consecutive breast cancer survivors treated at two large hospitals in Curitiba, Paraná, compared with two age-matched control groups (202 healthy women and 202 women with no history of cancer history). Data collection was held from December 2008 to June 2010. The WHOQOL-bref, the EORTC QLQC30 and the Piper Fatigue Scale-revised was applied, and were obtained socioeconomic, demographic, clinical, and treatment data. For statistical analysis, were used chi-square, multivariate logistic regression, generalized linear model and the Spearman correlation coefficient. The Bonferroni correction was also used. The adopted level of significance was of 5%. The survivors had a previous diagnosis of breast cancer in stages in situ-III, were on no current therapy other than hormone therapy, and were aged between 31 and 85 years (mean age = 54,5 years, sd=10,4), and with mean time from diagnosis of 5,2 years (sd=4,6, median=3,9 years). Most of them were white (79,2%), with elementary schooling (64,9%), had a partner (66,3%), and with one or two children (47%). Most (58,4%) had no paid employment and with monthly individual income of a minimum wage or less (66,3%). The prevalence of fatigue for survivors was 37,6%. The total and affective, sensory, and behavioral/psychological fatigue mean scores indicated slight fatigue. The predictive factors for fatigue were younger (p=0,024), presence of pain (p=0,000), dyspnea (p=0,006), insomnia (p=0,015), and nausea/vomiting (p=0,036). The quality of life mean scores were significantly lower for fatigued survivors than for the non-fatigued survivors (all p-values <0,01). For survivors, total and subscales fatigue were negatively associated with quality of life (all p-values<0,01). The total and subscales fatigue scores were significantly higher for survivors than for the two control groups (all p-values <0,01). In addition, survivors reported worse overall quality of life than healthy women, and poor assessments of quality of life than the two control groups for the physical, psychological, and environment domains (all p-values <0,05). There was no significant difference for the social relationships domain between the three groups. The results suggest that many survivors of breast cancer disease-free after treatment experienced fatigue. Predictive factors for fatigue were younger age, presence of pain, dyspnea, insomnia, and nausea/vomiting. Fatigue committed to quality of life of breast cancer survivors. It was also observed that survivors had significantly greater fatigue and worse quality of life assessment than control groups in most domains evaluated. The results obtained emphasize the importance of fatigue and quality of life assessment especially targeted to women with breast cancer.159f. : grafs., tabs.application/pdfDisponível em formato digitalTesesFadigaQualidade de vidaNeoplasias da mamaClínica médicaFadiga e qualidade de vida em pacientes sobreviventes de câncer de mama após um ano do diagnósticoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - T - ANA CLAUDIA GARABELI CAVALLI KLUTHCOVSKY.pdfapplication/pdf12642169https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/27180/1/R%20-%20T%20-%20ANA%20CLAUDIA%20GARABELI%20CAVALLI%20KLUTHCOVSKY.pdf1e0db52134243cca5c9e2f402e3c46adMD51open access1884/271802018-08-29 17:19:50.825open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/27180Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082018-08-29T20:19:50Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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