Resistencia aos antimicrobianos do Streptococcus pneumoniae isolado de pacientes com meningite bacteriana aguda no estado do Paraná no período de abril de 2001 a agosto de 2002.
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/1884/8294 |
Resumo: | Orientador : Sergio Monteiro de Almeida |
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Rossoni, Andrea Maciel de Oliveira, 1972-Almeida, Sérgio Monteiro de, 1964-Dalla Costa, Libera MariaUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde2020-03-10T20:16:54Z2020-03-10T20:16:54Z2003https://hdl.handle.net/1884/8294Orientador : Sergio Monteiro de AlmeidaBanca : Calil Kairalla FarhatBanca: Flávio Queiroz Telles FilhoDissertaçao (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciencias da SaúdeRESUMO: As infecções provocadas por Streptococcus pneumoniae continuam sendo uma das principais causas de morbimortalidade. S. pneumoniae resistente a uma ou mais drogas tem-se disseminado mundialmente. No Brasil, as taxas de resistência variam em torno de 20%, sendo influenciada por vários fatores. No Paraná, o perfil de resistência do pneumococo é pouco conhecido, tornando o tratamento empírico inicial motivo de grande preocupação. Este estudo teve os objetivos de: avaliar as taxas de resistência de S. pneumoniae, isolado no líquido cefalorraquidiano (LCR) de pacientes com meningite bacteriana aguda, aos principais antibióticos utilizados no tratamento desta patologia; avaliar os possíveis fatores de risco para resistência; descrever os sorotipos encontrados e sugerir a terapêutica empírica inicial para meningite bacteriana aguda. O estudo foi realizado prospectivamente, analisando-se 100 culturas positivas para S. pneumoniae, isoladas de amostras de LCR recebidas pelo Laboratório Central do Estado (LACEN), no período de abril de 2001 a agosto de 2002. Após isolamento da cepa, era avaliada a sensibilidade à oxacilina pelo método de difusão de disco e para a penicilina, ceftriaxona e vancomicina por meio do E-teste (Epsilometer-test). Os valores de resistência foram padronizados pelo Comitê Nacional de Padronizações para Laboratório Clínico, Estados Unidos da América (NCCLS - EUA). As cepas isoladas foram encaminhadas ao instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, para sorotipagem, pela técnica de Quellung. Para avaliar os possíveis fatores de risco foram observadas as variáveis: data do diagnóstico; procedência; idade; sexo; etnia; doença de base associada; presença de outro foco infeccioso associado, de provável etiologia pneumocócica; paciente institucionalizado; contactante de meningite; uso prévio de antibiótico e o diagnóstico que justificou o seu uso; vacinação antipneumocócica prévia; alterações no LCR; letalidade; presença de complicações neurológicas ou não, nos pacientes que não foram a óbito; presença de seqüelas e antibioticoterapia usada. Foram encontradas 15 cepas (15%) resistentes à penicilina, sendo que destas, 14 (14%) apresentaram resistência intermediária e 1 (1%) com resistência entre intermediária e plena (CIM de 1,5mg/ml). Avaliando-se a taxa de resistência à penicilina em menores de cinco anos há um aumento dos valores para 26,5% e em menores de dois anos para 30%. Houve uma amostra (1%) no limite entre resistente e sensível à cefalosporina (CIM de 0,75mg/ml). Todas as cepas foram sensíveis à vancomicina. Trinta e dois casos (32%) foram sorotipados, o mais freqüentemente encontrado foi o 14 (31,3%), seguido pelo 7F (9,4%). O sorotipo 14 também foi o mais freqüente dentre os resistentes (57%). Como fator de risco foi observada uma idade menor que um ano (p=0,010) e o uso prévio de antibioticoterapia (p=0,0461). As altas taxas de resistência à penicilina encontradas neste estudo sugerem como terapia empírica inicial para o tratamento das meningites, no Estado do Paraná, a cefalosporina de terceira geração, e no momento sem necessidade de terapia complementar inicial com vancomicina. Como a concentração dos antimicrobianos no LCR é limitada, a necessidade de se conhecer a suscetibilidade local do pneumococo é mandatória, para que a terapêutica empírica inicial seja adequada e seguraABSTRACT: The infections caused by Streptococcus pneumoniae continue to be one of the major causes of morbidity and mortality. S. pneumoniae resistant to one or more drugs has spread worldwide. In Brazil, resistance rates range around 20%, and are influenced by several factors. In the state of Paraná the profile of resistance of this pneumococcus is not well known, so that the initial empirical treatment becomes a source of great concern. The objective of the present study was to assess the rate of resistance of S. pneumoniae isolated from the cerebrospinal fluid (CSF) of patients with acute bacterial meningitis to the major antibiotics used for the treatment of this disease, to assess the possible risk factors for resistance, to describe the serotypes detected, and to suggest the initial empirical therapy for acute bacterial meningitis. This was a prospective study in which 100 cultures positive for S. pneumoniae, isolated from CSF samples received at the Central State Laboratory (LACEN) from April 2001 to August 2002 were analyzed. After strain isolation, sensitivity to oxacillin was determined by disk diffusion, and sensitivity to penicillin, ceftriaxone and vancomycin was determined by the E-test (Epsilometer-test). The resistance values were standardized according to the National Committee for Clinical Laboratory Standards, United States of America (NCCLS - EUA). The strains isolated were sent to the Adolfo Lutz Institute, in São Paulo, for serotyping by the Quellung technique. To assess the possible risk factors, the following variables were examined: date of diagnosis, patient origin, age, sex, and ethnic group, associated base disease, presence of an associated focal point of infection of probable pneumococcal etiology, institutionalized patient, communicant with meningitis, previous use of antibiotics and the diagnosis that justified its use, previous antipneumococcal vaccination, changes in CSF, lethality, presence or absence of neurologic complications in patients that did not die, presence of sequelae, and antibiotic treatment used. Fifteen strains (15%) resistant to penicillin were detected, with 14 of them (14%) presenting intermediate resistance and 1 (1%) presenting intermediate to full resistance (MIC of 1,5 g/ml). When the rate of resistance to penicillin was assessed among children younger than five years, there was an increase in the values to 26.5%, and the increase among children younger than two years reached 30%. One sample (1%) was borderline between resistance and sensitivity to cephalosporin (MIC de 0,75 g/ml). All strains were sensitive to vancomycin. Thirty-two cases (32%) were serotypes and the serotype most frequently found was 14 (31,3%), followed by 7F (9,4%). Serotype 14 was also the most frequent among the resistant ones (57%). The risk factors observed were age of less than one year (p=0,010) and the previous use of antibiotic treatment (p=0,0461). The high rates of resistance to penicillin detected in the present study suggest that the initial empirical treatment of meningitis in the state of Paraná should consist of third generation cephalosporin, without the need, at the present time, for initial complementary treatment with vancomycin. Since the concentration of antimicrobial agents in the CSF is limited, the need to determine the local susceptibility of the pneumococcus is mandatory for an adequate and safe initial empirical treatment.99f. : il. color., grafs., tabs.application/pdfDisponivel em formato digitalResistencia antimicrobianaStreptococcus pneumonieMeningite bacterianaResistencia aos antimicrobianos do Streptococcus pneumoniae isolado de pacientes com meningite bacteriana aguda no estado do Paraná no período de abril de 2001 a agosto de 2002.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - ANDREA MACIEL DE OLIVEIRA ROSSONI.pdfapplication/pdf11162366https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/8294/1/R%20-%20D%20-%20ANDREA%20MACIEL%20DE%20OLIVEIRA%20ROSSONI.pdfa743677ce3bf72a3452da1d1dae97ee8MD51open access1884/82942020-03-10 17:16:55.029open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/8294Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082020-03-10T20:16:55Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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