Investigação do vírus da raiva (Gênero Lyssavirus) em animais do Estado do Paraná(PR) por protocolo laboratorial modificado : uma contribuição à saúde pública, à saúde do trabalhador e ao bem-estar animal
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
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Corona, Thaila FranciniGomes, Eliane Carneiro, 1960-Svoboda, Walfrido Kühl, 1970-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas2020-07-17T00:02:14Z2020-07-17T00:02:14Z2016https://hdl.handle.net/1884/42897Orientadora : Profª. Drª. Eliane Carneiro GomesCoorientador : Prof. Dr. Walfrido Kühl SvobodaDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. Defesa: Curitiba, 26/02/2016Inclui referências : f. 89-95Área de concentração: Insumos, medicamentos e correlatosResumo: A raiva - causada por um rabdovírus neurotrópico do gênero Lyssavirus - é uma zoonose aguda, praticamente 100% letal e capaz de acometer todos os mamíferos. Sua transmissão geralmente ocorre pela introdução de saliva contendo vírus no interior de tecidos, comumente pela mordedura de um animal raivoso. O quadro da doença é progressivo com manifestações clínicas de alterações neurológicas que podem evoluir a partir de uma parestesia local, passando por alterações de comportamento, foto e hidrofobia, confusão, convulsão, coma e morte. O diagnóstico definitivo é laboratorial, com o uso da imunofluorescência direta como prova rápida e do isolamento viral em camundongos (prova biológica) como prova confirmatória (padrão ouro). A técnica de preparo das amostras para isolamento viral segundo o padrão ouro envolve intensa manipulação de fragmentos de tecido nervoso de animais suspeitos, além do uso de vidrarias estéreis para cada amostra processada, o que representa riscos à biossegurança e torna a metodologia laboriosa e onerosa. Ainda em relação à prova padrão ouro, estudos realizados nas últimas três décadas indicam mesma eficácia entre o isolamento viral em camundongos e em cultivo celular, sendo esta última técnica mais adequada aos princípios da bioética e bem-estar animal. Assim, este estudo comparou: (1) o desempenho da técnica de isolamento viral em cultivo celular frente ao isolamento viral em camundongos, visando bem-estar animal; e (2) o desempenho do isolamento viral feito a partir de técnica modificada de preparo de amostras frente ao isolamento viral a partir da técnica padrão ouro de preparo de amostras, visando melhorias à biossegurança em laboratórios de saúde pública. As variáveis analisadas e comparadas foram: acurácia do teste, riscos à biossegurança inerentes à metodologia, tempo dispendido na realização da técnica; custos de insumos por amostra, custos de equipamentos para a implantação da técnica, observação das premissas de bioética e bem-estar animal. Foram utilizadas 400 amostras da rotina de diagnóstico da raiva animal do Lacen-PR, todas de tecido nervoso. A técnica modificada de preparo de amostras apresentou elevada sensibilidade (100%), especificidade (100%), acurácia (100%) e concordância Kappa (1,00) com o padrão ouro e, ainda, foi capaz de reduzir significativamente o tempo de preparo das amostras (cerca de 5min/amostra), diminuir os gastos com insumos (até 53%) e proporcionar melhorias das condições de biossegurança por reduzir drasticamente os riscos biológicos de inalação de aerossóis contaminados. A técnica de isolamento viral em cultivo celular quando comparada ao isolamento em camundongos apresentou praticamente mesma acurácia (99,8%), menos riscos em termos de biossegurança e saúde mental dos técnicos, menor tempo decorrido entre a inoculação e obtenção dos resultados (em média 22 dias a menos), gastos inferiores com aquisição de insumos (87% menor) e com equipamentos (33% menor), e a vantagem de não fazer uso de animais, em consonância às premissas da bioética e bem-estar animal. Os resultados confirmam que o novo protocolo pode perfeitamente substituir o protocolo de diagnóstico atualmente considerado padrão ouro.Abstract: Rabies - caused by a rhabdovirus, genus Lyssavirus - is an acute zoonotic disease, virtually 100% lethal that can affect all mammals. Its transmission usually occurs through the introduction of saliva containing the virus within tissues, commonly by the bite of a rabid animal. The infection is progressive, with clinical manifestations of neurological signs that can evolve from a local paresthesia, through behavioral changes, photophobia and hydrophobia, confusion, convulsions, coma and death. The definitive diagnosis is laboratorial, by the fluorescent antibody technique as a quick test and viral isolation in mice (biological test) as a confirmatory test (gold standard). The sample preparation technique for virus isolation in mice involves severe handling of nervous tissue fragments potentially infected and requires the use of sterile glassware for each sample processed, which poses risks to biosafety, slows the procedure and increases the technique costs. Also in relation to the gold standard test, studies conducted over the past three decades indicate that the viral isolation in mice and in cell cultures have the same effectiveness, the latter being the most appropriate technique to the principles of bioethics and animal welfare. Thus, this study compared: (1) the performance of the virus isolation technique in cell culture against the viral isolation in mice, towards animal welfare; and (2) the performance of virus isolation technique made from modified preparation of samples against the viral isolation made from the gold standard technique for sample preparation, towards of the biosafety in public health labs. The variables analyzed and compared were: accuracy, biosafety and risks, time spent in performing the technique; material costs, equipment costs for the implementation of the technique, bioethics and animal welfare evaluation. Neurological tissue samples from 400 animals within the routine of Lacen-PR were used. The modified technique of sample preparation exhibited high sensitivity (100%), specificity (100%), accuracy (100%) and kappa agreement (1.00) with the gold standard, and also was able to significantly reduce the sample preparation time (about 5 min/sample), to decrease material costs (up to 53%) and to provide improvements in biosecurity by dramatically reducing biological risks from inhalation of contaminated aerosols. The viral isolation in cell culture technique when compared to the isolation in mice had almost the same accuracy (99.8%), less risks that affect biosafety and mental health of the lab technicians. Other advantages were obtained as reduction of the period between inoculation and obtaining the results (average of 22 days less), much lower material costs (87% less) and equipment costs (33% less), and the advantage of not making use of animals which suits the premises of bioethics and animal welfare. The results confirm that the new protocol can perfectly replace the diagnostic protocol currently considered the gold standard.98 f. : il. algumas color.application/pdfDisponível em formato digitalFarmáciaRaivaDiagnósticoSaúde públicaBiossegurançaInvestigação do vírus da raiva (Gênero Lyssavirus) em animais do Estado do Paraná(PR) por protocolo laboratorial modificado : uma contribuição à saúde pública, à saúde do trabalhador e ao bem-estar animalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - THAILA FRANCINI CORONA.pdfapplication/pdf2846472https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/42897/1/R%20-%20D%20-%20THAILA%20FRANCINI%20CORONA.pdf1b234bac556b4f7cc718881676a3697aMD51open accessTEXTR - D - THAILA FRANCINI CORONA.pdf.txtExtracted Texttext/plain178828https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/42897/2/R%20-%20D%20-%20THAILA%20FRANCINI%20CORONA.pdf.txt644b04e693350a6e0157ce78a6798818MD52open accessTHUMBNAILR - D - THAILA FRANCINI CORONA.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1364https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/42897/3/R%20-%20D%20-%20THAILA%20FRANCINI%20CORONA.pdf.jpgfabe4b71805e1c9e9b4f07c9478a79c8MD53open access1884/428972020-07-16 21:02:14.803open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/42897Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082020-07-17T00:02:14Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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