Utilização de telas cirúrgicas de diferentes composições em modelo experimental de defeito da parede abdominal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sbaraini, Paulo Roberto
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/34838
Resumo: Resumo: A tela cirúrgica ideal deve evitar complicações de reatividade tissular, como formação de aderências, infecção e fístulas enterocutâneas e promover força tênsil adequada ao reparo de parede abdominal. Analisou-se a cicatrização da parede abdominal de ratos corrigidos por duas telas cirúrgicas diferentes (Ultrapro® e Proceed®) com defeitos, através de macroscopia, microscopia e tensiometria. Trinta e quatro ratos Wistar foram divididos em dois grupos e quatro subgrupos de acordo com a tela utilizada (grupos) e o período de observação (subgrupos - 7 dias e 28 dias). As variáveis macroscópicas foram: presença de hematoma; união entre a tela cirúrgica sobreposta e a borda da ferida; presença de infecção no sítio cirúrgico; fístulas de vísceras com a tela cirúrgica; aderências dentro da cavidade abdominal e presença de hérnia incisional. Na microscopia avaliaram-se as fases do processo inflamatório da cicatrização e quantificação do colágeno, através das colorações Hematoxilina-Eosina e Picrosirius-Red. Na tensiometria verificou-se a força tênsil necessária para deformar e provocar ruptura do corpo de prova contendo a junção tela-parede. A infecção apresentou maior incidência no sétimo dia do que no vigésimo oitavo dia no grupo Ultrapro® (p= 0,01). As aderências ocorreram em 100% dos animais, sem diferença entre os tipos de tela. Não ocorreu nenhum escore de processo inflamatório agudo, e apenas um caso de escore crônico no sétimo dia, e oito casos no vigésimo oitavo dia, porém sem significância (p > 0,12). O colágeno apresentou aumento progressivo, tanto do tipo I, de 8.034 para 16.492 pixels, como do tipo III, de 20.839 para 24.625 pixels, com a tela de Ultrapro®. Na tela de Proceed®, houve aumento do colágeno tipo III, de 12.436 para 39.523 pixels e uma redução do colágeno tipo I, de 14.484 para 2.828 pixels, apos quatro semanas. A tensiometria mostrou aumento da resistência, do sétimo para o vigésimo oitavo dia, tanto da deformidade máxima dos tecidos, de 20,57 para 28,81 na tela de Ultrapro® e de 17, 00 para 20,26 na tela de Proceed® como na tensão de ruptura de 12,43 para 16,81 na tela de Ultrapro® e de 7,07 para 14,34na tela de Proceed®. ambas as telas estudadas possuem baixos índices de hematomas, deiscências, hérnias e fístulas. O revestimento de celulose oxidada regenerada da tela de Proceed® não reduz a formação de aderências. A tela de Proceed® demanda remodelação mais prolongada com impacto significativo no ganho de resistência tecidual local precoce e tardio.
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