Mulheres autistas : completar o espectro é uma questão de gênero
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/1884/86441 |
Resumo: | Orientadora: Profa. Dra. Dayana Brunetto |
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Universidade Federal do Paraná. Setor de Educação. Programa de Pós-Graduação em EducaçãoSantos, Dayana Brunetto Carlin dos, 1975-Vargas, Gesiele2024-03-11T18:32:13Z2024-03-11T18:32:13Z2023https://hdl.handle.net/1884/86441Orientadora: Profa. Dra. Dayana BrunettoDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação. Defesa : Curitiba, 29/09/2023Inclui referênciasResumo: A sociedade desempenha um papel fundamental na criação, manutenção e operacionalização de marcadores sociais da diferença, caracterizados por desequilíbrios de poder, intencionalmente moldados e influenciados por atitudes machistas e capacitistas. Essa dinâmica perpetua a normatização de corpos, práticas sociais e experiências, assim como a posições dos indivíduos na sociedade, conferindo privilégios significativos aos homens, brancos héteros e cis e às pessoas sem deficiência essas ocupam lugares de privilégio em relação às mulheres autistas, por exemplo. Esta pesquisa investigou se o "padrão de comportamento" ou o "papel de gênero" esperado socialmente das meninas e mulheres desde a infância na escola tem produzido uma lacuna tanto no campo dos estudos de gênero quanto nos estudos de autismo, através do desinteresse nessa relação. O que questionei é em que medida a menor quantidade de estudos sobre autismo, que envolvem meninas e mulheres, foi produzida como uma história interessada e fabricada a partir de uma racionalidade machista e capacitista. Investiguei também a relação disso com a dificuldade de se produzir um diagnóstico de autismo para meninas e mulheres, e se isso interferiu nas suas experiências escolares e de que formas. O estudo foi realizado a partir de levantamento bibliográfico e pela realização de entrevistas semiestruturadas com cinco mulheres autistas e destacou, a partir das suas narrativas, as diversas lacunas em relação à percepção pelas instituições do autismo em meninas e mulheres. As narrativas foram analisadas a partir da análise de conteúdo, e as categorias foram produzidas a partir da incursão no campo de pesquisa. Com isso, pretendi provocar questionamentos à exclusão deste tema nos estudos de gênero e do autismo, e desenvolver uma crítica à normalização de corpos e comportamentos, a partir de uma análise atenta e interessada dos sistemas de opressão tanto em relação às mulheres quanto ao autismo, recentemente designado como deficiência. Assim, esta pesquisa se voltou aos efeitos de poder e possíveis prejuízos em relação ao acesso, à permanência e às condições equitativas de aprendizagem para meninas e mulheres autistas ao longo dos anos na trajetória de educação formal. O objetivo foi analisar como a dificuldade em emitir um diagnóstico, ou até mesmo a ausência desse diagnóstico, durante o processo de escolarização na Educação Básica, produziu efeitos de poder no desenvolvimento acadêmico, bem-estar e qualidade de vida dessas mulheres. A partir das análises realizadas, é possível perceber os hiatos que ainda precisam ser preenchidos e a potência em provocar questionamentos à exclusão deste tema nos estudos de gênero e de autismo, e ainda desenvolver uma crítica à normalização de corpos e expectativas de comportamentos, a partir de uma reflexão atenta e interessada em relação aos sistemas de opressão marcados pelo patriarcado.Abstract: Society produces, sustains and operates social markers of difference, through asymmetrical power relations, manufactured in an interested way and permeated by a sexist and ableist rationality. This reproduces the normalization of bodies, social practices and experiences and the hierarchy of subject positions in society, in which men and people without disabilities occupy places of privilege in relation to autistic women, for example. This research investigated whether the "standard of behavior" or "gender role" socially expected of girls and women since childhood at school has produced a gap in both the field of gender studies and autism studies, through a lack of interest in this relationship. . What I questioned is to what extent the smaller number of studies on autism, which involve girls and women, were produced as an interested story and manufactured from a sexist and ableist rationality. I also investigated the relationship between this and the difficulty of producing an autism diagnosis for girls and women, and whether this interfered with their school experiences and in what ways. The study was carried out based on a bibliographic survey and semi-structured interviews with five autistic women and highlighted, based on their narratives, the various gaps in relation to institutions' perception of autism in girls and women. The narratives were analyzed using content analysis, and the categories were produced based on the foray into the research field. With this, I intended to provoke questions about the exclusion of this topic in gender and autism studies, and to develop a critique of the normalization of bodies and behaviors, based on an attentive and interested analysis of systems of oppression both in relation to women and autism, recently designated a disability. Thus, this research focused on the effects of power and possible losses in relation to access, permanence and equitable learning conditions for autistic girls and women over the years in the formal education trajectory. The objective was to analyze how the difficulty in issuing a diagnosis, or even the absence of such a diagnosis, during the schooling process in Basic Education, produced power effects on the academic development, well-being and quality of life of these women. From the analyzes carried out, it is possible to perceive the gaps that still need to be filled and the power to provoke questions regarding the exclusion of this topic in gender and autism studies, and also to develop a critique of the normalization of bodies and behavioral expectations, based on of an attentive and interested reflection in relation to systems of oppression marked by patriarchy.1 recurso online : PDF.application/pdfEducação - Estudo e ensinoMulheresTranstornos do espectro autistaAutismoGêneroEducaçãoMulheres autistas : completar o espectro é uma questão de gêneroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - GESIELE VARGAS.pdfapplication/pdf2018611https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/86441/1/R%20-%20D%20-%20GESIELE%20VARGAS.pdf6bc20edf10288f579d60a99271c7bb39MD51open access1884/864412024-03-11 15:32:13.86open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/86441Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082024-03-11T18:32:13Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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