Biologia e exigências térmicas de Trissolcus urichi Crawford (Hymenoptera: Scelionidade) em laboratório

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Wanto, Mônyka Maria
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/27318
Resumo: Diversas culturas são atacadas por percevejos fitófagos, especialmente da família Pentatomidae, que se alimentam de estruturas de plantas hospedeiras e causam danos severos, sendo as sementes e frutos imaturos os locais preferenciais para sua alimentação. Na cultura da soja, os ovos destres pentatomídeos são eficientemente parasitados por microhimenópteros pertencentes às famílias Scelionidae e Encyrtudae. Dentre as espécies de parasitóides encontradas, os gêneros Trissolcus e Telenomus apresentam-se como principais agentes de controle, pelos altos níveis de parasitismo natural. Ovos e adultos de Pellaea stictica Dalas (Heteropetera: Pentatomidae) foram coletados em Ligustrum lucidum Thunb (Oleaceae), conhecido popularmente como alfeneiro. Parte destes ovos encontravam-se parasitados por microhimenópteros. Os parasitóides emergidos foram encaminhados à Doutora Marta Laiácono, do Museo da Universidad de La Plata, Argentina, que os identificou como Trissolcus urichi Crawford (Hymenoptera: Scelionidae). Foi avaliado se este parasitóide de ovos apresenta perspectivas como auxiliar no controle biológico de pentatomídeos. Avaliou-se a preferência de T. urichi por quatro espécies de pentatomídeos hospedeiros: Nezara viridula (L.), Euschistus heros (FAB.), Acrosternum (Chinavia) pengue Roston e Pellaea stictica Dallas. Determinou-se ainda a fecundidade e longevidade do parasitóide em ovos do hospedeiro preferencial. Avaliou-se o efeito de cinco temperaturas constantes entre 15ºC e 29ºC no desenvolvimento e na capacidade de parasitismo de Trissolcus urichi Crawford (Hymenoptera: Scelionidae) utilizando-se ovos de Pellaea stictica Dallas (Heteroptera: Pentatomidae) como hospedeiro. Os ovos das quatro espécies testadas foram parasitados, entretanto para N. viridula não foi registrada a emergência de adultos. Os ovos de P. Stictica proporcionaram os melhores índices de parasitismo e emergências de parasitóides emergidos, entretanto não houve diferença sobre o tempo de ovos parasitados e parasitóides emergidos, entretanto não houve diferença sobre o tempo de desenvolvimento e a razão sexual da progênie. No teste com as temperaturas os parasitóides completaram seu desenvolvimento e emergiram em temperaturas entre 18ºC e 29º. A 15ºC o parasitóide atingiu a fase de pupa, mas morreu nesta fase do desenvolvimento. O tempo de desenvolvimento variou entre 11 a 28,5 dias. A constante térmica foi calculada em 250 graus dia. A média de ovos parasitados foi significativamente diferente nas temperaturas de 18ºC e 29ºC, e não houve diferenças entre as temperaturas de 21ºC e 25ºC.
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