O gênero Polybotrya (Dryopteridaceae) na Floresta Atlântica do Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/36113 |
Resumo: | Resumo: O gênero de samambaias Polybotrya pertence à família Dryopteridaceae e contém cerca de 35 espécies neotropicais. O gênero é composto por espécies com hábito escandente ou terrícola não escandente que apresentam holodimorfismo foliar, soros não indusiados e meristelos caulinares organizados em um círculo e rodeados por uma bainha de esclerênquima. Embora o gênero tenha sido revisado em 1987, há ainda alguns táxons endêmicos da Floresta Atlântica brasileira que são mal compreendidos. Dentre os objetivos deste trabalho estão: 1) realizar o tratamento taxonômico das espécies ocorrentes na Floresta Atlântica brasileira; 2) investigar o hábito de crescimento do grupo através de cuidadosa observação em campo do local de estabelecimento dos gametófitos e de recrutamento de esporófitos usando P. cylindrica como modelo; 3) descrever a morfologia dos gametófitos de algumas espécies de Polybotrya e 4) identificar a função dos dois tipos de raízes destas plantas. No total, dez espécies de Polybotrya ocorrem na Floresta Atlântica brasileira, das quais sete são endêmicas (Polybotrya cylindrica, P. espiritosantensis, P. matosii sp. nov., P. pilosa, P. semipinnata, P. speciosa e P. tomentosa) e três possuem ampla distribuição (P. goyazensis, P. osmundacea e P. sorbifolia). Dentre os principais resultados destacam-se o reconhecimento de P. tomentosa, o primeiro registro de P. osmundacea para a Floresta Atlântica e para as regiões Nordeste e Sudeste do Brasil e a descoberta de uma espécie nova no sul da Bahia: P. matosii. Quanto aos aspectos biológicos, os gametófitos podem ser tanto glabros quanto pilosos, neste caso apresentando tricomas glandulares. Foi evidenciado pela primeira vez o sistema anteridiogênico em laboratório e para as espécies brasileiras de Polybotrya. A maioria das espécies estudadas são escandentes e não hemiepífitas, como sugerido por estudos anteriores. Polybotrya sorbifolia é a única espécie terrícola não escandente registrada na região. Os resultados indicam que a raiz aérea tem apenas função de fixação, sugerindo que o dimorfismo radicular pode ser uma adaptação à forma de vida escandente. |
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Canestraro, Bianca KalinowskiUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em BotânicaWatkins Junior, James EdwardEvangelista, Paulo Henrique Labiak2014-09-10T15:21:21Z2014-09-10T15:21:21Z2014http://hdl.handle.net/1884/36113Resumo: O gênero de samambaias Polybotrya pertence à família Dryopteridaceae e contém cerca de 35 espécies neotropicais. O gênero é composto por espécies com hábito escandente ou terrícola não escandente que apresentam holodimorfismo foliar, soros não indusiados e meristelos caulinares organizados em um círculo e rodeados por uma bainha de esclerênquima. Embora o gênero tenha sido revisado em 1987, há ainda alguns táxons endêmicos da Floresta Atlântica brasileira que são mal compreendidos. Dentre os objetivos deste trabalho estão: 1) realizar o tratamento taxonômico das espécies ocorrentes na Floresta Atlântica brasileira; 2) investigar o hábito de crescimento do grupo através de cuidadosa observação em campo do local de estabelecimento dos gametófitos e de recrutamento de esporófitos usando P. cylindrica como modelo; 3) descrever a morfologia dos gametófitos de algumas espécies de Polybotrya e 4) identificar a função dos dois tipos de raízes destas plantas. No total, dez espécies de Polybotrya ocorrem na Floresta Atlântica brasileira, das quais sete são endêmicas (Polybotrya cylindrica, P. espiritosantensis, P. matosii sp. nov., P. pilosa, P. semipinnata, P. speciosa e P. tomentosa) e três possuem ampla distribuição (P. goyazensis, P. osmundacea e P. sorbifolia). Dentre os principais resultados destacam-se o reconhecimento de P. tomentosa, o primeiro registro de P. osmundacea para a Floresta Atlântica e para as regiões Nordeste e Sudeste do Brasil e a descoberta de uma espécie nova no sul da Bahia: P. matosii. Quanto aos aspectos biológicos, os gametófitos podem ser tanto glabros quanto pilosos, neste caso apresentando tricomas glandulares. Foi evidenciado pela primeira vez o sistema anteridiogênico em laboratório e para as espécies brasileiras de Polybotrya. A maioria das espécies estudadas são escandentes e não hemiepífitas, como sugerido por estudos anteriores. Polybotrya sorbifolia é a única espécie terrícola não escandente registrada na região. Os resultados indicam que a raiz aérea tem apenas função de fixação, sugerindo que o dimorfismo radicular pode ser uma adaptação à forma de vida escandente.application/pdfDissertaçõesTaxonomia vegetalSamambaiaMata AtlanticaO gênero Polybotrya (Dryopteridaceae) na Floresta Atlântica do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - BIANCA KALINOWSKI CANESTRARO.pdfapplication/pdf6020162https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/36113/1/R%20-%20D%20-%20BIANCA%20KALINOWSKI%20CANESTRARO.pdf699c611619e45a71a88bc03fcfa678bdMD51open accessTEXTR - D - BIANCA KALINOWSKI CANESTRARO.pdf.txtR - D - BIANCA KALINOWSKI CANESTRARO.pdf.txtExtracted Texttext/plain178729https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/36113/2/R%20-%20D%20-%20BIANCA%20KALINOWSKI%20CANESTRARO.pdf.txt5acca9a373838732c6d8bdc47cc76605MD52open accessTHUMBNAILR - D - BIANCA KALINOWSKI CANESTRARO.pdf.jpgR - D - BIANCA KALINOWSKI CANESTRARO.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1403https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/36113/3/R%20-%20D%20-%20BIANCA%20KALINOWSKI%20CANESTRARO.pdf.jpg0e8f3a2ae2de6b1f90391e357d08fc38MD53open access1884/361132016-04-07 05:59:50.611open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/36113Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082016-04-07T08:59:50Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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