Estudo da potencialidade dos processos oxidativos avançados na remediação de águas contaminadas por microcistina - LR.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jacobs, Loraine Cristina do Valle
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/25749
Resumo: Resumo:Dentre os muitos efeitos deleterios provocados pelo processo de eutrofizacao de aguas naturais, importante destaque deve ser dado ao surgimento de floracoes de cianobacterias e a consequente geracao de cianotoxinas de potente efeito hapatotoxico (ex. Microcistina-LR). Em geral, rotinas convencionais para potabilizacao da agua se mostram ineficientes para a remocao destes micropoluentes, o que tem estimulado o estudo de novas alternativas de tratamento. O presente trabalho teve como principal objetivo verificar a potencialidade de dois processos oxidativos avancados, fotocatalise heterogenea e processo fotoeletroquimico, em relacao a remediacao de aguas contaminadas por Microcistina-LR. O processo fotoeletroquimico foi aplicado em escala de bancada, inicialmente utilizando-se corante Azul QR-19 como substrato modelo. Nesta etapa, a completa degradacao do corante foi observada em tempos de reacao da ordem de 1 min, quando na presenca de cloreto de sodio. Em funcao dos resultados observados, admite-se que o processo de degradacao seja mediado por especies ativas de cloro, as quais, na presenca de radiacao ultravioleta, permitem a formacao de especies radicalares de maior poder oxidante (ex. radical cloro). A degradacao de Microcistina-LR foi igualmente eficiente, alcancando remoções da ordem de 90% em tratamentos de 1 min. Nos estudos envolvendo fotocatalise heterogenea foi constatada uma elevada eficiencia de degradacao dos dois sistemas estudados (TiO2/UV e ZnO/UV), o que permitiu uma remocao praticamente completa de Microcistina-LR em tempos de reação de 5 min. Quando no modo continuo, o processo fotocatalitico se mostrou igualmente eficiente, permitindo concentracoes de Microcistina-LR residual inferiores a recomendada pela Organizacao Mundial da Saude (1 ƒÊg L-1). Em funcao da complexidade da molecula de Microcistina-LR e das nao menos complexas vias reacionais da fotocatalise, a proposta de mecanismos de degradacao se apresenta bastante dificil. Entretanto, a identificacao de intermediarios de reacao permite sugerir que o processo de degradacao seja iniciado por multiplas hidroxilacoes das insaturacoes dos grupos Adda e Mdha, seguida de quebra de ligacoes mais labeis (ex. ligacao C8-C9 do grupo Adda) e, finalmente, da eliminacao de residuos peptidicos mais reativos, proposta esta que e sustentada por antecedentes da literatura.
id UFPR_7edc6ca92af98d4ce4152c072520903a
oai_identifier_str oai:acervodigital.ufpr.br:1884/25749
network_acronym_str UFPR
network_name_str Repositório Institucional da UFPR
repository_id_str 308
spelling Jacobs, Loraine Cristina do ValleZamora, Patricio Guillermo Peralta, 1962-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Exatas. Programa de Pós-Graduaçao em Química2011-06-16T14:25:36Z2011-06-16T14:25:36Z2011-06-16http://hdl.handle.net/1884/25749Resumo:Dentre os muitos efeitos deleterios provocados pelo processo de eutrofizacao de aguas naturais, importante destaque deve ser dado ao surgimento de floracoes de cianobacterias e a consequente geracao de cianotoxinas de potente efeito hapatotoxico (ex. Microcistina-LR). Em geral, rotinas convencionais para potabilizacao da agua se mostram ineficientes para a remocao destes micropoluentes, o que tem estimulado o estudo de novas alternativas de tratamento. O presente trabalho teve como principal objetivo verificar a potencialidade de dois processos oxidativos avancados, fotocatalise heterogenea e processo fotoeletroquimico, em relacao a remediacao de aguas contaminadas por Microcistina-LR. O processo fotoeletroquimico foi aplicado em escala de bancada, inicialmente utilizando-se corante Azul QR-19 como substrato modelo. Nesta etapa, a completa degradacao do corante foi observada em tempos de reacao da ordem de 1 min, quando na presenca de cloreto de sodio. Em funcao dos resultados observados, admite-se que o processo de degradacao seja mediado por especies ativas de cloro, as quais, na presenca de radiacao ultravioleta, permitem a formacao de especies radicalares de maior poder oxidante (ex. radical cloro). A degradacao de Microcistina-LR foi igualmente eficiente, alcancando remoções da ordem de 90% em tratamentos de 1 min. Nos estudos envolvendo fotocatalise heterogenea foi constatada uma elevada eficiencia de degradacao dos dois sistemas estudados (TiO2/UV e ZnO/UV), o que permitiu uma remocao praticamente completa de Microcistina-LR em tempos de reação de 5 min. Quando no modo continuo, o processo fotocatalitico se mostrou igualmente eficiente, permitindo concentracoes de Microcistina-LR residual inferiores a recomendada pela Organizacao Mundial da Saude (1 ƒÊg L-1). Em funcao da complexidade da molecula de Microcistina-LR e das nao menos complexas vias reacionais da fotocatalise, a proposta de mecanismos de degradacao se apresenta bastante dificil. Entretanto, a identificacao de intermediarios de reacao permite sugerir que o processo de degradacao seja iniciado por multiplas hidroxilacoes das insaturacoes dos grupos Adda e Mdha, seguida de quebra de ligacoes mais labeis (ex. ligacao C8-C9 do grupo Adda) e, finalmente, da eliminacao de residuos peptidicos mais reativos, proposta esta que e sustentada por antecedentes da literatura.application/pdfTesesOxidaçãoAgua - Controle de qualidadeÁgua - PoluiçãoEstudo da potencialidade dos processos oxidativos avançados na remediação de águas contaminadas por microcistina - LR.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALLoraine Cristina do Valle Jacobs.pdfapplication/pdf1367681https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/25749/1/Loraine%20Cristina%20do%20Valle%20Jacobs.pdf4e9a2a2b61565fd7dcc2c370662599f0MD51open accessTEXTLoraine Cristina do Valle Jacobs.pdf.txtLoraine Cristina do Valle Jacobs.pdf.txtExtracted Texttext/plain151232https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/25749/2/Loraine%20Cristina%20do%20Valle%20Jacobs.pdf.txt2c21e510702eaafbddc86460f7601a5fMD52open accessTHUMBNAILLoraine Cristina do Valle Jacobs.pdf.jpgLoraine Cristina do Valle Jacobs.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1400https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/25749/3/Loraine%20Cristina%20do%20Valle%20Jacobs.pdf.jpgd331b9bd3d7197d43a1cb8d1b9191276MD53open access1884/257492016-04-08 05:14:42.365open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/25749Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082016-04-08T08:14:42Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Estudo da potencialidade dos processos oxidativos avançados na remediação de águas contaminadas por microcistina - LR.
title Estudo da potencialidade dos processos oxidativos avançados na remediação de águas contaminadas por microcistina - LR.
spellingShingle Estudo da potencialidade dos processos oxidativos avançados na remediação de águas contaminadas por microcistina - LR.
Jacobs, Loraine Cristina do Valle
Teses
Oxidação
Agua - Controle de qualidade
Água - Poluição
title_short Estudo da potencialidade dos processos oxidativos avançados na remediação de águas contaminadas por microcistina - LR.
title_full Estudo da potencialidade dos processos oxidativos avançados na remediação de águas contaminadas por microcistina - LR.
title_fullStr Estudo da potencialidade dos processos oxidativos avançados na remediação de águas contaminadas por microcistina - LR.
title_full_unstemmed Estudo da potencialidade dos processos oxidativos avançados na remediação de águas contaminadas por microcistina - LR.
title_sort Estudo da potencialidade dos processos oxidativos avançados na remediação de águas contaminadas por microcistina - LR.
author Jacobs, Loraine Cristina do Valle
author_facet Jacobs, Loraine Cristina do Valle
author_role author
dc.contributor.other.pt_BR.fl_str_mv Zamora, Patricio Guillermo Peralta, 1962-
Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Exatas. Programa de Pós-Graduaçao em Química
dc.contributor.author.fl_str_mv Jacobs, Loraine Cristina do Valle
dc.subject.por.fl_str_mv Teses
Oxidação
Agua - Controle de qualidade
Água - Poluição
topic Teses
Oxidação
Agua - Controle de qualidade
Água - Poluição
description Resumo:Dentre os muitos efeitos deleterios provocados pelo processo de eutrofizacao de aguas naturais, importante destaque deve ser dado ao surgimento de floracoes de cianobacterias e a consequente geracao de cianotoxinas de potente efeito hapatotoxico (ex. Microcistina-LR). Em geral, rotinas convencionais para potabilizacao da agua se mostram ineficientes para a remocao destes micropoluentes, o que tem estimulado o estudo de novas alternativas de tratamento. O presente trabalho teve como principal objetivo verificar a potencialidade de dois processos oxidativos avancados, fotocatalise heterogenea e processo fotoeletroquimico, em relacao a remediacao de aguas contaminadas por Microcistina-LR. O processo fotoeletroquimico foi aplicado em escala de bancada, inicialmente utilizando-se corante Azul QR-19 como substrato modelo. Nesta etapa, a completa degradacao do corante foi observada em tempos de reacao da ordem de 1 min, quando na presenca de cloreto de sodio. Em funcao dos resultados observados, admite-se que o processo de degradacao seja mediado por especies ativas de cloro, as quais, na presenca de radiacao ultravioleta, permitem a formacao de especies radicalares de maior poder oxidante (ex. radical cloro). A degradacao de Microcistina-LR foi igualmente eficiente, alcancando remoções da ordem de 90% em tratamentos de 1 min. Nos estudos envolvendo fotocatalise heterogenea foi constatada uma elevada eficiencia de degradacao dos dois sistemas estudados (TiO2/UV e ZnO/UV), o que permitiu uma remocao praticamente completa de Microcistina-LR em tempos de reação de 5 min. Quando no modo continuo, o processo fotocatalitico se mostrou igualmente eficiente, permitindo concentracoes de Microcistina-LR residual inferiores a recomendada pela Organizacao Mundial da Saude (1 ƒÊg L-1). Em funcao da complexidade da molecula de Microcistina-LR e das nao menos complexas vias reacionais da fotocatalise, a proposta de mecanismos de degradacao se apresenta bastante dificil. Entretanto, a identificacao de intermediarios de reacao permite sugerir que o processo de degradacao seja iniciado por multiplas hidroxilacoes das insaturacoes dos grupos Adda e Mdha, seguida de quebra de ligacoes mais labeis (ex. ligacao C8-C9 do grupo Adda) e, finalmente, da eliminacao de residuos peptidicos mais reativos, proposta esta que e sustentada por antecedentes da literatura.
publishDate 2011
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2011-06-16T14:25:36Z
dc.date.available.fl_str_mv 2011-06-16T14:25:36Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2011-06-16
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1884/25749
url http://hdl.handle.net/1884/25749
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPR
instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron:UFPR
instname_str Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron_str UFPR
institution UFPR
reponame_str Repositório Institucional da UFPR
collection Repositório Institucional da UFPR
bitstream.url.fl_str_mv https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/25749/1/Loraine%20Cristina%20do%20Valle%20Jacobs.pdf
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/25749/2/Loraine%20Cristina%20do%20Valle%20Jacobs.pdf.txt
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/25749/3/Loraine%20Cristina%20do%20Valle%20Jacobs.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 4e9a2a2b61565fd7dcc2c370662599f0
2c21e510702eaafbddc86460f7601a5f
d331b9bd3d7197d43a1cb8d1b9191276
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801860885093810176