Risco de incêndio e suas correlações com a diversidade biológica no Parque Estadual do cerrado (Paraná, Brasil)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Koproski, Letícia de Paulo
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/24733
Resumo: O presente trabalho foi desenvolvido no Parque Estadual do Cerrado, unidade de conservação situada na mesorregião centro oriental do estado do Paraná, Brasil. O objetivo foi avaliar os riscos temporal e espacial de incêndios por meio da descrição do comportamento histórico do fogo na região, da identificação dos períodos críticos de ocorrência de incêndios, da elaboração do zoneamento de risco de incêndios, da caracterização e correlacão do material combustível com o risco de incêndio, da avaliação da viabilidade da utilização de uma série de estereo-fotografias para caracterizar o material combustível de uma área de cerrado no sul do Brasil, e da correlação do risco de incêndio com a conservação da fauna. O histórico do fogo foi estabelecido pela identificação do uso do fogo na região por meio de entrevistas e observações diretas in loco. O período crítico de ocorrência de incêndios foi determinado pela avaliação dos focos de calor registrados no período compreendido entre junho de 1998 e junho de 2009, e pelo cálculo dos índices de perigo de incêndios pelas Fórmulas de Monte Alegre (FMA) e Monte Alegre Alterada (FMA+) para o período compreendido entre maio de 2000 e abril de 2006. O zoneamento de risco de incêndios foi elaborado a partir da integração dos mapas de risco segundo cobertura vegetal, influências humanas, declividade, orientação das encostas e altimetria. A caracterização do material combustível consistiu na coleta do material por meio de 85 parcelas destrutivas de 1m2 estabelecidas pelas fitofisionomias de campo higro-hidrófilo, afloramento rochoso, campo sujo, campo cerrado, campo cerrado alterado e cerrado sensu stricto. A avaliação da viabilidade de uma série de estereo-fotografias consistiu na avaliação da vegetação das fitofisionomias essencialmente savânicas. A correlação do risco de incêndio com a anutenção da fauna foi estabelecida pela análise da disponibilidade de abrigos para tatus (Cingulata). As análises do histórico do fogo, dos focos de calor e dos índices de perigo de incêndios permitiram a identificação do risco temporal de incêndios, definindo os meses de agosto e setembro como períodos críticos. A partir do zoneamento foi possível identificar duas áreas prioritárias com relação ao risco de incêndios. A primeira está localizada nas porções nordeste e oeste do Parque, englobando as trilhas temáticas e a estrada de acesso à unidade. A segunda zona prioritária distribui-se ao longo dos vales dos rios e pela porção central da unidade. O material combustível vivo representa a maior proporção (58,73%) da carga total do material combustível. As classes herbácea e miscelânea contribuem com 70,84% da carga. Alto risco de incêndio foi identificado nas fisionomias campestres e no campo cerrado alterado. As fisionomias savânicas do campo sujo, campo cerrado e cerrado sensu stricto foram classificadas como risco moderado de incêndio. A utilização de uma série de estereo-fotografias demonstrou viabilidade para o campo sujo, campo cerrado e campo cerrado alterado. As fisionomias campestres apresentam maiores risco de incêndios para a sobrevivência dos tatus e consequentemente da comunidade faunística, do que as fisionomias savânicas.
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