Qualidade de vida tardia de idosos que receberam nutrição enteral em terapia intensiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Toso, Thalita Paula, 1986-
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/64008
Resumo: Orientador: Prof. Dr. Antonio Carlos Ligocki Campos
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spelling Toso, Thalita Paula, 1986-Schieferdecker, Maria Eliana Madalozzo, 1959-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Alimentação e NutriçãoCampos, Antônio Carlos Ligocki, 1958-2019-11-27T17:45:44Z2019-11-27T17:45:44Z2018https://hdl.handle.net/1884/64008Orientador: Prof. Dr. Antonio Carlos Ligocki CamposCoorientadora: Profa. Dra. Maria Eliana Madalozzo SchieferdeckerDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Alimentação e Nutrição. Defesa : Curitiba, 30/10/2018Inclui referências: p. 52-62Resumo: A evolução contínua dos cuidados de saúde ao paciente crítico tem proporcionado aumento considerável no número de sobreviventes. Embora estudos importantes investigando as taxas de sobrevivência de pacientes críticos sejam amplamente realizados, questiona-se se a doença crítica tem impacto sobre o estado de saúde e qualidade de vida (QV) a longo prazo. Objetivo: Investigar a QV tardia em idosos que receberam nutrição enteral durante o internamento em terapia intensiva e comparar com idosos da comunidade. Metodologia: Estudo descritivo, analítico, observacional, de caráter retrospectivo e prospectivo, onde foram comparadas a QV em dois grupos: pacientes após alta da UTI (GE), onde receberam NE e idosos da comunidade (GC). Após, no mínimo, 6 meses da alta hospitalar, os pacientes responderam ao questionário de QV por meio de contato telefônico aplicando o EQ- 5D. O instrumento mensura a QV relacionada à saúde em 5 dimensões, com 3 níveis de classificação, além do componente de autoavaliação do estado de saúde do indivíduo. Foram analisados e correlacionados dados clínicos e de terapia nutricional com a QV. Para análise estatística, aplicou-se modelos de regressão logística, regressão linear múltipla e teste de correlação de Spearman. Foi estabelecido nível de significância de 5%. Resultados: Participaram do estudo 38 indivíduos do GE e 45 do GC. O escore de QVRS no GE foi menor que o GC (0,37 vs 0,73; p < 0,001) e diminui com o avanço da idade a cada ano (p<0,05), sem efeito quanto ao sexo. A EVA do GC foi 77 versus 60 do GE (p<0,05), sem diferença entre idade e sexo. Ao comparar as cinco dimensões do questionário entre os grupos, constata-se que em 3 houve diferenças significativas em mobilidade (p < 0,001), cuidados pessoais (p<0,001) e atividades habituais (p<0,001). A chance de menor grau de mobilidade foi de 8.65 vezes maior no GE (p < 0,001). Em relação aos cuidados pessoais, a chance de maior dificuldade no GE é de 28.72 vezes maior do que o GC (p<0,001). Para as atividades habituais, a chance de problemas para executá-las no GE é 51.39 vezes maior do que a do GC (p<0,001). Avaliando a prescrição realizada e a recebida durante a TNE na UTI, 76,3% pacientes receberam quantidade correspondente ao mínimo de 80% de suas necessidades energéticas diárias. Não houve associação entre QV e adequação nutricional. Conclusão: Após a alta da UTI, pacientes sobrevivem com pior QV e função física. Mobilidade, cuidados pessoais e atividades habituais foram as dimensões mais afetadas quando comparadas com idosos que não passaram por essa hospitalização. Palavras-chave: Qualidade de vida. Sobreviventes. Idoso. Nutrição enteral. Terapia intensiva.Abstract: Introduction: The survival of critically ill elderly patients is increasing in recent years. Despite this improvement, little is known about the impact of the survival on the longterm health- related quality of life (QoL). Purpose: To compare the post-discharge quality of life of elderly patients who received enteral nutrition in the intensive care unit in relation to the elderly in the community. Methodology: This is a descriptive, analytical, observational, retrospective and prospective study. The study compared the QoL between two groups: enderly patients after discharge from intensive care unit (GE) and community elders (GC). After at least six months of hospital discharge, the surviving patients answered the QoL questionnaire by telephone contact using the EQ- 5D, which is a generic instrument to measure health outcomes. The EQ-5D has a self report description of health problems according to a five dimensional classification. Clinical and nutritional therapy data were analyzed and correlated with QoL. The Spearman's Correlation test, logistic regression and a multiple linear regression analysis were used for the statistical analysis. Statistical significance was considered at p < 0,05. Results: 83 patients answered the questionnaire: 38 in the GE group and 45 in the GC group. The health-related quality of life (HRQoL) was lower in the GE group than in the GC group (0,37 vs 0,73; p < 0,001). It decreased with advancing age (p < 0,05), but gender had no effect. The visual analogue scale (VAS) was 77 in the GC and 60 in the GC), p < 0,05, and it was not influenced by age or gender. Comparing the answers to the five dimensions 3 significant differences were identified: in mobility (p < 0,001), personal care (p < 0,001) and usual activities (p < 0,001). The GE group had a 8,65 greater chance of lower degree of mobility (p < 0,001) than the GC group and this increased by 8% (p<0,05) for each year of age. Regarding personal care, the GE group had greater difficulty than the GC group (OR 28,72 - p < 0,001) and this difficulty also increased 8% with the advancing age. There was an increase in problems for execution of usual activities in the GE group as compared to the GC group (OR 51,39 - p < 0,001). Regarding the enteral nutrition, 76,3% of the patients received an amount corresponding to the minimum of 80% of their daily energy needs . There was no association between QoL and nutritional adequacy. Conclusion: After discharge from the intensive care unit (ICU), patients survive with a worse QoL and decreased physical function. Mobility personal care and usual activities were the most affected when compared to community elders who had not been hospitalized in the last year. Keywords: Quality of life. Survivals. Elderly. Enteral nutrition. Intensive care.67 p. : il.application/pdfIdosos - Qualidade de vidaAlimentação enteralTratamento intensivoNutriçãoQualidade de vida tardia de idosos que receberam nutrição enteral em terapia intensivainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - THALITA PAULA TOSO.pdfapplication/pdf1748277https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/64008/1/R%20-%20D%20-%20THALITA%20PAULA%20TOSO.pdf5abd4c9fb6f39ccd9fb5b17c95246431MD51open access1884/640082019-11-27 14:45:45.03open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/64008Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082019-11-27T17:45:45Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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