Variações na diversidade funcional de comunidade de aves campestres no Parque Estadual de Vila Velha, Campos Gerais do Paraná, sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Jefferson Torres
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/36120
Resumo: Resumo: Os ecossistemas campestres estão entre os menos protegidos, com isso se faz necessário conhecer como as comunidades de aves estão estruturadas nesses ambientes. Os Campos Gerais do Paraná é uma região fitogeográfica com predomínio de áreas campestres. O Parque Estadual de Vila Velha é uma unidade de conservação inserida nessa região e foi escolhida para esse estudo por ser um ambiente com pouca interferência humana. Diversos estudos utilizam-se de índices de riqueza para medir a biodiversidade de uma comunidade, entretanto, esses índices possuem baixo poder explicativo. Utilizamos nesse estudo um índice de diversidade funcional (FD), que utiliza as características funcionais das espécies da comunidade para o cálculo do índice de diversidade. Diversos fatores podem alterar a diversidade de uma comunidade, entre eles, a estrutura da vegetação, pois quanto maior a heterogeneidade e a complexidade vegetacional maior a diversidade de recursos, e aves com diferentes características funcionais podem colonizar essas áreas aumentando a diversidade da comunidade. Esse estudo teve por objetivo comparar as comunidades de aves em áreas campestres localizadas no Parque Estadual de Vila Velha. Foram escolhidas duas áreas campestres, uma área de campo seco e uma área de campo úmido, e realizadas transecções, onde as aves pousadas eram registradas. Registrou-se 44 espécies de aves utilizando-se do ambiente campestre, sendo 26 espécies no campo seco, 38 no campo úmido e 20 espécies em ambos os campos. A FD do campo úmido foi de 0,515 e a do campo seco de 0,459. No teste de ANOVA, constatou-se que o tipo de ambiente é predominante sobre a FD nessas áreas e que a variação temporal não possui valor significativo. Não houve significância entre o valor da FD e da riqueza para os ambientes analisados o que corrobora com o fato da FD ser um melhor índice de diversidade. Calculando-se a contribuição e perda da FD atribuídas a guildas de onívoras, insetívoras e granívoras é possível verificar que a extinção de espécies pode levar a diferenças na FD da comunidade e abrir espaço para colonização de novas espécies. A aparente maior complexidade do campo seco sobre o campo úmido leva a acreditar que o campo seco possui maior diversidade que o campo úmido, mas isso não foi corroborado pelo presente estudo. Tanto o índice de riqueza quanto o índice de diversidade funcional mostraram que o campo úmido possui maior diversidade que o campo seco. Estudos da vegetação nesses dois ambientes são necessários para comprovar se essa aparente complexidade do campo seco sobre o campo úmido existe.
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