Atividade antiinflamatória de Gochnatia polymorpha ssp. floccosa em camundongos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Piornedo, Rene dos Reis
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/25547
Resumo: Resumo: As plantas medicinais constituem importante fonte de novas drogas e o ensaio biomonitorado é uma ferramenta útil para desenvolvimento de novos compostos oriundos de plantas medicinais. Dentre as várias plantas utilizadas pela população para fins medicinais, encontra-se a Gochnatia polymorpha, conhecida popularmente como cambará e utilizada no tratamento de resfriados, tosse, outras afecções do trato respiratório e doenças inflamatórias. O objetivo deste trabalho foi avaliar possível atividade antiinflamatória do extrato etanólico da G. polymorpha ssp. floccosa (EEGP) em camundongos submetidos aos modelos de edema de pata e inflamação na bolsa de ar induzido pela carragenina (Cg) e realizar um fracionamento biomonitorado do extrato a fim de identificar e isolar o(s) composto(s) com propriedade antiinflamatória(s). O tratamento por via oral (v.o.) dos animais com o EEGP nas doses de 30, 100 e 300 mg/kg inibiu, 41,2 ± 12,8%, 34,8 ± 6,0% e 60,4 ± 9,7%, respectivamente, o edema de pata induzido pela Cg após duas horas da aplicação do estímulo inflamatório em camundongos. A administração de EEGP nas doses de 30, 100 e 300 mg/kg foi capaz de inibir significativamente (47,9 ± 12,5, 51,7 ± 15,2 e 60,9 ± 13,7%, respectivamente) o extravasamento plasmático, e a migração celular (37,2 ± 12,5, 62,6 ± 5,0 e 54,3 ± 6,8%, respectivamente) no modelo de inflamação induzido pela bolsa de ar quatro horas após a Cg. A fração butanólica (BT) na dose de 20 mg/kg, e a fração diclorometano (DCM) na dose de 50 mg/kg, inibiram significativamente (70,2 ± 11,5% e 44,5 ± 12,8, respectivamente) o edema de pata induzido pela Cg duas horas após o estímulo inflamatório. No modelo da bolsa de ar o tratamento por via oral dos animais com BT (20 mg/kg) e DCM (50 mg/kg) inibiram significativamente o extravasamento plasmático (52,4 ± 15,0% e 58,2 ± 11,2%, respectivamente), enquanto que somente a fração DCM inibiu de forma significativa (29,5 ± 10,6%) a migração de leucócitos para a bolsa de ar quatro horas após a injeção de Cg. Dois compostos foram isolados da fração DCM e identificados como acetato de bauerenila (GPC1) e 11, 13-diidrozaluzanina C (GPC2). O composto GPC2 (10 e 30 mg/kg) inibiu significativamente (29,5±4,8 e 31,7±5,4%, respectivamente) o edema de pata induzido pela Cg duas horas após o estímulo. O composto GPC1 (1 e 10 mg/kg, v.o.) não demonstrou atividade antiinflamatória. O composto GPC2 (3, 10 e 30 mg/kg, v.o.) inibiu de forma significativa a atividade da enzima mieloperoxidase (MPO) no tecido seis horas após injeção de Cg (30,6±9,4, 51,3±3,4 e 54,6±2,4%, respectivamente). Ainda, o tratamento por via oral dos animais com GPC2 (10 mg/kg) inibiu significativamente o extravasamento plasmático e a migração de leucócitos (51,8±11,7 e 54,4±21,8,%, respectivamente) na bolsa de ar quatro horas após a injeção de Cg. Os resultados encontrados nesse trabalho demonstraram que o EEGP, bem como as frações BT e DCM possuem atividade antiinflamatória e, que o composto GPC2, uma lactona sesquiterpênica, é responsável, pelo menos em parte, por essa atividade.
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