Ajustes posturais a um distúrbio controlado em idosos com e sem histórico de quedas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Akel, Samia Moreira
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/28169
Resumo: Resumo: O envelhecimento acarreta a deterioração da estabilidade postural, aumentando a susceptibilidade às quedas em condições dinâmicas, principalmente durante a locomoção.O objetivo deste estudo foi analisar e comparar as estratégias de recuperação do equilíbrio em idosos, com e sem histórico de quedas, após um distúrbio controlado.Foram avaliados 31 idosos, os quais foram agrupados de acordo com o histórico de quedas referente aos 12 meses precedentes ao estudo. O grupo de caidores com uma ou mais quedas (GC; n=13; 69,1 ± 6,57 anos; 72,5 ± 11,7 kg) e o grupo de não caidores - sem histórico de quedas (GN; n=18; 71,5 ± 7,45 anos; 70,9 ± 9,3 kg) foram formados. Para a condição de distúrbio, os participantes foram orientados a permanecer em pé em cima de uma plataforma. A perturbação se deu através da movimentação inesperada da plataforma no sentido posterior ao participante, visando reproduzir a condição de um tropeço. As respostas neuromusculares foram obtidas através da eletromiografia de superfície nos músculos vasto lateral, tibial anterior, bíceps femoral e gastrocnêmio da perna dominante de cada participante. O tempo de latência, taxa de ativação, nível de atividade (iEMG) e sequenciamento de ativação foram avaliados. Os participantes realizaram ainda os testes funcionais de caminhada de seis minutos, sentar e levantar e time up-and-go (TUGT). O GC e GN não apresentaram diferenças para as variáveis eletromiográficas e para o desempenho nos testes funcionais. O sequenciamento observado em 95% dos participantes tem como primeiro músculo recrutado o gastrocnêmio, sem diferenças quanto às estratégias de recuperação. Apesar do GC e GN não diferirem, foram constadas disparidades quando comparados os participantes do GC em relação à frequência e causa das quedas reportadas. Os caidores que reportaram duas ou mais quedas apresentaram melhor desempenho no teste de caminhada de seis minutos e no TUGT em relação aos idosos que referiram apenas uma queda. Foram verificadas diferenças nas variáveis eletromiográficas onde caidores recorrentes exibiram maior taxa de ativação para tibial anterior e bíceps femoral, bem como maior nível de atividade do tibial anterior do que os participantes que reportaram uma queda. Ainda, os participantes do GC diferiram quando avaliados conforme a causa das quedas, com os menores tempos de latência verificados nos participantes que refiram queda por escorregamento nos seguintes músculos: vasto lateral, bíceps femoral e gastrocnêmio. Concluiu-se que nesse experimento não foram detectadas diferenças entre os idosos com e sem histórico de quedas, porém diferenças foram detectadas entre os idosos caidores quando agrupados conforme a causa e a frequência das quedas reportadas, tanto para os testes funcionais como para as variáveis eletromiográficas.
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