Processamento digital de imagens aplicado à medição de anéis de crescimento na análise de tronco
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/32323 |
Resumo: | A presente pesquisa teve por objetivo avaliar o emprego de técnicas fotográficas e de processamento digital de imagens na medição de anéis de crescimento para a análise de tronco. Foram analisados quatro métodos de obtenção de área transversal, considerando-se anéis pertencentes a cinco classes de diâmetro e a três classes de excentricidade. Fatias de 16 árvores de Pinus elliottü Engelm., retiradas a 0,0 m; 1,3 m; 50%) e 80% da altura total do fuste foram fotografadas ainda na floresta com câmera comum 35 mm (s/ides) e com câmera digital. Para avaliar o desempenho das técnicas propostas em uma situação real de análise de tronco foi derrubada uma árvore adicional que teve fotografadas, com câmera digital, trinta fatias tomadas ao longo do fuste. Todas as fatias foram transportadas ao laboratório para secagem e posterior preparo com lixa. Com exceção das fatias coletadas para a árvore completa, todas as outras foram escanerizadas e importadas pelo software Arc View onde se obteve a área "real" de cada anel por vetorização em tela. A mesma metodologia foi aplicada às imagens dos slides escanerizados e às fotos digitais para obter áreas transversais dos anéis. O software DendroScan foi utilizado para medir os incrementos correntes ao longo de quatro raios digitais marcados sobre as imagens das fatias secas, lixadas e escanerizadas. O comprimento dos raios médios foi empregado na fórmula da área do círculo para obtenção da área transversal. Adicionalmente foi efetuada a medição manual de quatro raios marcados sobre as fatias secas e lixadas, usando-se régua comum. No total foram considerados 209 anéis para as análises. Regressões lineares entre áreas "reais" (variável dependente) e estimadas (variável independente) demonstraram que apenas para as áreas estimadas pelo software DendroScan não foram detectadas diferenças significativas em relação às áreas "reais" a um nível de probabilidade p<=0,05. Em cada um dos métodos foram calculadas, também, as diferenças percentuais médias absolutas entre áreas "reais" e áreas estimadas, tendo-se obtido os valores de 4,74%, 4,23%, 2,29% e 1,46% para os métodos que empregaram slides, fotos digitais, software DendroScan e medição manual, respectivamente. Análises de variância tendo como variável-resposta a diferença percentual absoluta entre áreas "reais" e estimadas revelaram que existe interação significativa entre um ou mais níveis dos fatores "método de obtenção da área -classe de diâmetro -classe de excentricidade". Para anéis de medula centrada e diâmetros menores que 2,4 cm ou maiores que 16 cm, constatou-se não haver diferenças entre os métodos usados na estimativa de áreas transversais. Os métodos DendroScan e manual foram os mais . acurados em todas as combinações de níveis e fatores. A árvore completa teve as áreas transversais dos anéis medidas sobre as imagens das fotos digitais utilizando-se o software ArcView e, também, por método manual nas fatias secas e lixadas. Testes t aplicados às duas séries de dados revelaram não haver diferenças significativas entre as estimativas de altura total a cada idade, enquanto que os volumes foram estatisticamente diferentes a um nível de confiança de 95%. Concluiu-se que, sob o ponto de vista prático, a utilização de técnicas fotográficas associadas a processamento digital de imagens é um procedimento exeqüível, eficaz e viável para a medição de anéis de crescimento em análise de tronco. |
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Rosot, Maria Augusta Doetzer, 1963-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Agrárias. Programa de Pós-Graduaçao em Engenharia FlorestalFigueiredo Filho, Afonso, 1951-2013-10-07T20:09:19Z2013-10-07T20:09:19Z2013-10-07http://hdl.handle.net/1884/32323A presente pesquisa teve por objetivo avaliar o emprego de técnicas fotográficas e de processamento digital de imagens na medição de anéis de crescimento para a análise de tronco. Foram analisados quatro métodos de obtenção de área transversal, considerando-se anéis pertencentes a cinco classes de diâmetro e a três classes de excentricidade. Fatias de 16 árvores de Pinus elliottü Engelm., retiradas a 0,0 m; 1,3 m; 50%) e 80% da altura total do fuste foram fotografadas ainda na floresta com câmera comum 35 mm (s/ides) e com câmera digital. 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A presente pesquisa teve por objetivo avaliar o emprego de técnicas fotográficas e de processamento digital de imagens na medição de anéis de crescimento para a análise de tronco. Foram analisados quatro métodos de obtenção de área transversal, considerando-se anéis pertencentes a cinco classes de diâmetro e a três classes de excentricidade. Fatias de 16 árvores de Pinus elliottü Engelm., retiradas a 0,0 m; 1,3 m; 50%) e 80% da altura total do fuste foram fotografadas ainda na floresta com câmera comum 35 mm (s/ides) e com câmera digital. Para avaliar o desempenho das técnicas propostas em uma situação real de análise de tronco foi derrubada uma árvore adicional que teve fotografadas, com câmera digital, trinta fatias tomadas ao longo do fuste. Todas as fatias foram transportadas ao laboratório para secagem e posterior preparo com lixa. Com exceção das fatias coletadas para a árvore completa, todas as outras foram escanerizadas e importadas pelo software Arc View onde se obteve a área "real" de cada anel por vetorização em tela. A mesma metodologia foi aplicada às imagens dos slides escanerizados e às fotos digitais para obter áreas transversais dos anéis. O software DendroScan foi utilizado para medir os incrementos correntes ao longo de quatro raios digitais marcados sobre as imagens das fatias secas, lixadas e escanerizadas. O comprimento dos raios médios foi empregado na fórmula da área do círculo para obtenção da área transversal. Adicionalmente foi efetuada a medição manual de quatro raios marcados sobre as fatias secas e lixadas, usando-se régua comum. No total foram considerados 209 anéis para as análises. Regressões lineares entre áreas "reais" (variável dependente) e estimadas (variável independente) demonstraram que apenas para as áreas estimadas pelo software DendroScan não foram detectadas diferenças significativas em relação às áreas "reais" a um nível de probabilidade p<=0,05. Em cada um dos métodos foram calculadas, também, as diferenças percentuais médias absolutas entre áreas "reais" e áreas estimadas, tendo-se obtido os valores de 4,74%, 4,23%, 2,29% e 1,46% para os métodos que empregaram slides, fotos digitais, software DendroScan e medição manual, respectivamente. Análises de variância tendo como variável-resposta a diferença percentual absoluta entre áreas "reais" e estimadas revelaram que existe interação significativa entre um ou mais níveis dos fatores "método de obtenção da área -classe de diâmetro -classe de excentricidade". Para anéis de medula centrada e diâmetros menores que 2,4 cm ou maiores que 16 cm, constatou-se não haver diferenças entre os métodos usados na estimativa de áreas transversais. Os métodos DendroScan e manual foram os mais . acurados em todas as combinações de níveis e fatores. A árvore completa teve as áreas transversais dos anéis medidas sobre as imagens das fotos digitais utilizando-se o software ArcView e, também, por método manual nas fatias secas e lixadas. Testes t aplicados às duas séries de dados revelaram não haver diferenças significativas entre as estimativas de altura total a cada idade, enquanto que os volumes foram estatisticamente diferentes a um nível de confiança de 95%. Concluiu-se que, sob o ponto de vista prático, a utilização de técnicas fotográficas associadas a processamento digital de imagens é um procedimento exeqüível, eficaz e viável para a medição de anéis de crescimento em análise de tronco. |
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