Estudo dos parâmetros tomográficos na otosclerose em seus aspectos diagnósticos, clínicos e de prognóstico pós-operatório

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lucinda, Lucas Resende, 1990-
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/72188
Resumo: Orientador: Prof. Dr. Rogério Hamerschmidt
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spelling Lucinda, Lucas Resende, 1990-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Clínica CirúrgicaHamerschmidt, Rogério, 1974-2022-03-18T02:09:45Z2022-03-18T02:09:45Z2021https://hdl.handle.net/1884/72188Orientador: Prof. Dr. Rogério HamerschmidtDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Clínica Cirúrgica. Defesa : Curitiba, 04/08/2021Inclui referências: p. 116-122Resumo: Introdução: O papel da tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR) do osso temporal no atendimento de pacientes com otosclerose é ainda incerto. Há debate sobre sua relevância no apoio diagnóstico, elucidação de casos limítrofes, definição prognóstica e predição de resultados pós-operatórios. Objetivos: Este estudo visa a investigar a relação de achados tomográficos com o diagnóstico e o prognóstico pré- e pós-estapedotomia de indivíduos com otosclerose. Pacientes e métodos: Tratase de um estudo retrospectivo, no qual se avaliou as audiometrias pré- e pósoperatórias e os achados da TCAR de orelhas com diagnóstico confirmado de otosclerose durante estapedotomia (grupo caso). Para o grupo controle, selecionaramse orelhas com audição normal, mas submetidas à TCAR por outros motivos. Para o grupo caso, foram coletados dados audiométricos pré- e pós-operatórios. Além disso, foi observada a ocorrência de sucesso cirúrgico. As TCAR dos grupos caso e controle foram estudadas segundo um protocolo sistematizado por um radiologista experiente. Nessa avaliação, foram obtidos diversos dados qualitativos e quantitativos. Tais dados foram comparados entre casos e controles e usados, dentro do grupo caso, para estudo da influência das variáveis radiológicas nos resultados audiométricos pré- e pósoperatórios. Após seleção, coleta e tabulação, os dados foram submetidos à análise estatística pelo programa R. O nível de significância estabelecido foi de 5%. Resultados: Orelhas doentes apresentaram significativamente menores medidas para a densidade radiológica relativa na fissula antefenestram (p-valor< 0,0001), para a secção transversal do giro basal da cóclea (p-valor: 0,022), para o ângulo promontóriofacial (p-valor: 0,027) e para a profundidade do nicho da janela oval (p-valor: 0,009). A presença de extensão endosteal (p-valor: 0,047) e de maior quantidade de sítios de acometimento da cápsula ótica (p-valor: 0,006) foram associadas à pior média limiar por via óssea e aquelas sem doença retrofenestral concomitante (p-valor: 0,019) apresentaram menor média limiar tonal simples. Orelhas com comprimento vertical da platina maior que o controle apresentaram piores taxas de sucesso cirúrgico (p-valor: 0,006) e maior intervalo aéreo-ósseo residual (p-valor: 0,041). As demais investigações realizadas não alcançaram nível de significância (p-valor>0,05). Conclusões: Orelhas com otosclerose apresentam menores valores para a densidade relativa da região da fissula antefenestram, para a medida transversal do giro basal da cóclea, para o ângulo promontório-facial e para a profundidade do nicho da janela oval. A extensão endosteal, a quantidade de sítios de acometimento na cápsula ótica e a coexistência de envolvimento retrofenestral parecem impactar o quadro audiométrico desses pacientes. O comprimento vertical da platina mostrou-se implicado nos resultados pósestapedotomia.Abstract: Introduction: The role of high resolution computed tomography (HRCT) of the temporal bone in the assessment of patients with otosclerosis remains uncertain. There is a debate over the relavance of HRCT in the diagnosis and in the establishment of both overall and postoperative prognosis among these cases. Goals: This is a retrospective study, in which pre- and postoperative audiometric data and preoperative Patients and methods: HRCT findings were evaluated in ears with otosclerosis confirmed intraoperatively during stapedotomy (case group). For control, ears from individuals with normal hearing and submitted to HRCT for other purposes were included. For case group, pre- and postoperative audiometric data were obtained. Besides, the occurence of complete surgical success was determined for each ear. An experienced radiologist evaluated each HRCT following a predetermined protocol. For case-ears, various qualitative and quantitative variables were investigated in this evaluation. These data were compared among cases and controls, and also used, within case group, to study the influence of the various radiological parameters on pre- and postoperative audiometric results. After selecting, collecting and plotting the data statistical analysis was performed using R software. Significance level was set at .05. Results: Case-ears presented significantly reduced measurements for the relative radiological density in the fissula antefenestram (p-value < 0.0001), for the diameter of the basal turn of the cochlea (p-value: 0.022), for the promontory-facial angle (p-value: 0.027) and for depth of the oval window niche (p-value: 0.009). The presence of endosteal extension (p-value 0.047) and the increasing amount of affected sites within the otic capsule (p-value: 0.006) were associated with lower mean bone-conduction hearing thresholds. Also, case-ears with concomitant retrofenestral disease (p-value: 0.019) presented increased mean pure-tone hearing thresholds. Ears in which the vertical footplate length was bigger than the control reference had poorer surgical results (p-value: 0.006) and increased residual air-bone gap (p-value: 0.041). All the other analyses did not reach statistical significance (p-value >.05). Conclusions: Ears with otosclerosis present lower measurements for the relative density of the fissula antefenestram, for the transversal section of the basal turn of the cochlea, for the promontory-facial angle and for the oval niche depth. Endosteal extension, the number of involved sites within the otic capsule and the coexistence of retrofenestral disease seem to impact the preoperative audiometric presentation. The vertical length of the footplate has shown to be implicated in the post-estapedotomy outcomes.1 arquivo (132 p.) : il.application/pdfOtoscleroseTomografia computadorizadaPrognósticoCirurgiaEstudo dos parâmetros tomográficos na otosclerose em seus aspectos diagnósticos, clínicos e de prognóstico pós-operatórioinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - LUCAS RESENDE LUCINDA MANGIA.pdfapplication/pdf9078215https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/72188/1/R%20-%20D%20-%20LUCAS%20RESENDE%20LUCINDA%20MANGIA.pdf9950b9ee1373c9d442a14c0e027519a2MD51open access1884/721882022-03-17 23:09:45.647open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/72188Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082022-03-18T02:09:45Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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