Diversidade ecológica em agroflorestas no Vale do Ribeira (PR, SP) com ênfase na produção de alimentos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/28248 |
Resumo: | Resumo: A emergência de alternativas de produção agroecológica, em contraposição ao sistema de produção convencional, visa a otimização e manutenção das interações entre as espécies, para a obtenção de uma maior diversificação de produção, segurança alimentar e preservação ambiental. Diante disto, o presente estudo teve como objetivo caracterizar três sistemas agroflorestais (SAF's) agroecológicos de agricultores da Cooperafloresta no Vale do Ribeira, buscando entender a diversidade ecológica das espécies alimentares em tais sistemas. Os sistemas pesquisados tinham mais de doze anos de implantação e localizavam-se nos municípios de Adrianópolis-PR e Barra do Turvo-SP. A pesquisa incluiu a aplicação de questionários semiestruturados, observações diretas no campo e utilização de dados secundários. Os entrevistados relataram a utilização de um total de 75 espécies alimentares, pertencentes a 33 famílias botânicas, das quais as de maior evidência foram a Myrtaceae, Solanaceae, Brassicaceae, Arecaceae, Musaceae e Rutaceae. O potencial para maior diversidade e utilização de tais espécies nos sistemas foi relacionado ao uso das mesmas, aos hábitos alimentares das famílias e ao manejo realizado nas agroflorestas, que foram influenciados também pelo saber ambiental de cada sujeito. A diversidade ecológica dos sistemas incluiu, além do número de espécies, seus diversos usos e funções ecológicas. A preferência por determinadas plantas, observada nos sistemas pesquisados, provavelmente está relacionada com os hábitos alimentares da família e com as demandas de comercialização. Desta maneira, o desafio passa a ser o aproveitamento das possibilidades de diversidade de alimentos que as agroflorestas oferecem. Os agricultores, com seus saberes ecológicos, reconhecem a diversidade ecológica das espécies de interesse. Garantem assim, através do manejo diferenciado e da dinâmica estabelecida, a produção e a manutenção do sistema. Entretanto, é preciso favorecer a troca de saberes entre pesquisadores e agricultores para que se possa verificar qual a complementaridade existente entre as espécies cultivadas que dá suporte aos sistemas agroflorestais agroecológicos. |
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