Avaliaçao quali-quantitativa e manejo da arborizaçao urbana

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Milano, Miguel Serediuk, 1956-
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/24817
Resumo: Resumo: Com objetivo de estabelecimento de metodologia de avaliação de arborização urbana e de princípios e métodos de manejo, foi analisada a situação da cidade de Maringá - PR, que conta com uma população atual estimada em 290.000 habitantes. Utilizando-se de inventários totais de áreas verdes públicas e de árvores de ruas, foi identificada a quantidade de áreas verdes da cidade e utilizando-se de inventário por amostragem foi estudada a qualidade da arborização de ruas. As áreas verdes públicas compreendem 85 unidades homogeneamente distribuídas pelo espaço urbano que totalizam 1.931.145 m2 e apresentam-se, em termos de superfície, 92,0% arborizadas, 5,4% em fase de arborização e 3,5% por arborizar. A arborização de ruas compreende 62.818 árvores oriundas de mais de 75 espécies e totaliza uma área arborizada de 3.877.745ma. 0 conjunto das áreas verdes mais a arborização de ruas soma 20,62m2/habitante, sendo esta ultima responsável por 67% desse total. A partir de um teste de amostragem, identificou-se como mais eficiente unidades amostrais de 200x500m, e a qualidade da arborização de ruas foi identificada através de inventário por amostragem com 95% de probabilidade e 10% de erro. Avaliadas 2.743 árvores provenientes de 15 amostras de um total de 307 amostras potenciais, este procedimento mostrou-se eficiente. Foi constatado que, das 75 espécies identificadas, as 10 mais plantadas compreendem 96,3% da arborização e a primeira mais plantada, Caesalpinia peltophoroides, chega a atingir 49,8%. Do total da arborização 20,3% provêm de plantios voluntários ou irregulares realizados, genericamente, com árvores de baixa qualidade. A condição geral média das árvores, entretanto, encontra-se entre boa e satisfatória, o mesmo ocorrendo em relação ao tipo de raiz. Entre os principais problemas encontrados, os danos físicos provocados por poda inadequada assumem o primeiro lugar (28,8%) seguidos de danos por vandalismo ou acidentes (24,9%), por tutoramento inadequado (3,2%) e por atividade de construção civil (2,2%). Problemas fitossanitários atingem 6,7% das árvores. Entre os parâmetros que indicam a qualidade dos plantios, a altura do primeiro galho ou bifurcação bem como a área livre de crescimento da árvore encontram-se aquém do indicado, enquanto as distâncias das árvores ao meio fio e entre árvores encontram-se dentro do desejável. Entre os tratamentos necessários de imediato, a poda leve é requerida por 51,5% das árvores seguida de poda pesada para correção de forma em 26,1%, reparos de danos físicos em 23,4%, remoção de 11,3% e controle fitossanitário em 6,7%. Concluiu-se que a metodologia utilizada foi adequada e que a condição geral da arborização é boa, sendo a falta de planejamento e de monitoramento as causas dos problemas encontrados. Recomenda-se a imediata elaboração de um plano de arborização com programas destinados a suprir as necessidades atuais de manejo e permitir a expansão da arborização dentro de critérios e conceitos tecnicamente adequados.
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