Ingestão de resíduos sólidos por tartarugas-verdes (Chelonia mydas) em área de alimentação dentro de um mosaico de unidades de conservação no sul do estado de São Paulo, Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/35460 |
Resumo: | Resumo: As interações entre o homem e o ambiente provocam distintos impactos, sendo um deles a poluição marinha. No mar, organismos marinhos ingerem os resíduos e este trabalho analisou este processo em uma área de alimentação de tartarugas-verdes (Chelonia mydas). Do total de tartarugas amostradas, 70% ingeriu resíduos que somaram 7330 itens, variando de 1 a 1518 por animal. O peso total de resíduos analisados foi de 497,69 g e o volume 619,7 ml. A relação entre o tamanho dos animais e o número de itens ingeridos apresentou uma baixa correlação negativa (r= -0,36; p= 0,009; n=48). Os resíduos encontrados somaram 11 categorias cujas frequências apresentaram diferenças significativas (x2= 467,00; gl=10; p= <0,0001), sendo plástico duro (70,2%), plástico mole (11,5%) e pellets (7,7%) os mais representativos. As cores totalizaram 12 categorias e também indicaram diferenças significativas (x2= 178,92; gl=11; p= <0,0001). As que mais contribuíram foram bege (41,8%), branco (17,5%) e transparente (11,5%). Os tipos de itens foram agrupados e os plásticos somaram 82,4% do total e diferenças significativas entre estes grupos também foram observadas (x2= 177,25; gl=3; p= <0,0001). Um agrupamento de cores também foi realizado, sendo 59% correspondente aos itens claros. Diferenças significativas entre estes grupos também foram observadas (x2= 34,84; gl=2; p= <0,0001). As diferenças observadas entre os tipos e as cores dos resíduos sólidos ingeridos, provavelmente não expressam a preferência do animal por tipo ou cor, mas podem refletir a disponibilidade dos resíduos nas áreas de alimentação. Conhecer a proporção do lixo marinho ingerido é importante para revelar informações acerca da magnitude do impacto sobre a biota marinha na região. Os resultados evidenciam a interação negativa da poluição marinha sobre as tartarugas-verdes, sendo que estas podem funcionar como bioindicadoras da qualidade ambiental na área de estudo. Dada a importância da região, por tratar-se de um mosaico de Unidades de Conservação, faz-se necessária a implementação de medidas mitigatórias que visem à conservação das tartarugas marinhas e do relevante ambiente. |
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Bezerra, Daiana ProençaUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Ecologia e ConservaçãoBondioli, Ana Cristina VigliarMonteiro Filho, Emygdio Leite de Araujo, 1957-2014-07-10T11:31:33Z2014-07-10T11:31:33Z2014http://hdl.handle.net/1884/35460Resumo: As interações entre o homem e o ambiente provocam distintos impactos, sendo um deles a poluição marinha. No mar, organismos marinhos ingerem os resíduos e este trabalho analisou este processo em uma área de alimentação de tartarugas-verdes (Chelonia mydas). Do total de tartarugas amostradas, 70% ingeriu resíduos que somaram 7330 itens, variando de 1 a 1518 por animal. O peso total de resíduos analisados foi de 497,69 g e o volume 619,7 ml. A relação entre o tamanho dos animais e o número de itens ingeridos apresentou uma baixa correlação negativa (r= -0,36; p= 0,009; n=48). Os resíduos encontrados somaram 11 categorias cujas frequências apresentaram diferenças significativas (x2= 467,00; gl=10; p= <0,0001), sendo plástico duro (70,2%), plástico mole (11,5%) e pellets (7,7%) os mais representativos. As cores totalizaram 12 categorias e também indicaram diferenças significativas (x2= 178,92; gl=11; p= <0,0001). As que mais contribuíram foram bege (41,8%), branco (17,5%) e transparente (11,5%). Os tipos de itens foram agrupados e os plásticos somaram 82,4% do total e diferenças significativas entre estes grupos também foram observadas (x2= 177,25; gl=3; p= <0,0001). Um agrupamento de cores também foi realizado, sendo 59% correspondente aos itens claros. Diferenças significativas entre estes grupos também foram observadas (x2= 34,84; gl=2; p= <0,0001). As diferenças observadas entre os tipos e as cores dos resíduos sólidos ingeridos, provavelmente não expressam a preferência do animal por tipo ou cor, mas podem refletir a disponibilidade dos resíduos nas áreas de alimentação. Conhecer a proporção do lixo marinho ingerido é importante para revelar informações acerca da magnitude do impacto sobre a biota marinha na região. Os resultados evidenciam a interação negativa da poluição marinha sobre as tartarugas-verdes, sendo que estas podem funcionar como bioindicadoras da qualidade ambiental na área de estudo. Dada a importância da região, por tratar-se de um mosaico de Unidades de Conservação, faz-se necessária a implementação de medidas mitigatórias que visem à conservação das tartarugas marinhas e do relevante ambiente.application/pdfDissertaçõesTartaruga marinhaPoluição marinhaIngestão de resíduos sólidos por tartarugas-verdes (Chelonia mydas) em área de alimentação dentro de um mosaico de unidades de conservação no sul do estado de São Paulo, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - DAIANA PROENCA BEZERRA.pdfapplication/pdf2151646https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/35460/1/R%20-%20D%20-%20DAIANA%20PROENCA%20BEZERRA.pdffb04765344eae42696e8ae4fc2eac68eMD51open accessTEXTR - D - DAIANA PROENCA BEZERRA.pdf.txtR - D - DAIANA PROENCA BEZERRA.pdf.txtExtracted Texttext/plain79190https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/35460/2/R%20-%20D%20-%20DAIANA%20PROENCA%20BEZERRA.pdf.txt04015ea043a36236aa141c69464bcc5aMD52open accessTHUMBNAILR - D - DAIANA PROENCA BEZERRA.pdf.jpgR - D - DAIANA PROENCA BEZERRA.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1148https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/35460/3/R%20-%20D%20-%20DAIANA%20PROENCA%20BEZERRA.pdf.jpg8b5f964be8308f9f26372ae35e1b508fMD53open access1884/354602016-04-08 03:22:13.683open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/35460Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082016-04-08T06:22:13Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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