Recuperaçao de áreas degradadas com a utilizaçao de biossólido e gramínea forrageira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tamanini, Cristina Rincon
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/34139
Resumo: O lodo de esgoto é um material de grande importância para a sociedade atual devido suas características químico-físicas e biológicas. Quando aplicado indevidamente no solo pode causar poluição. Contudo tem um grande potencial como condicionador do solo, principalmente na recuperação de área degradada. O objetivo desse trabalho foi avaliar a eficiência do uso de altas doses de biossólido (0, 60, 120, 240 Mg.ha-1) na recuperação imediata de um área de empréstimo. O experimento foi instalado no aeroporto internacional de Curitiba. Teve como estudo um substrato com elevada acidez e poder tampão. O biossólido foi proveniente da ETE-Belém (estação de tratamento de esgotos), obtido por tratamento aeróbio de aeração prolongada e caleado com 10 a 20% de cal, o qual apresentou baixos níveis de metais pesados. Foi aplicado e incorporado ao substrato, onde posteriormente foi cultivado milheto (Pennisetum americanum). Também se utilizou um tratamento adicional onde se aplicou corretivo e adubo mineral suficiente para necessidade da cultura. A produtividade, nutrição da forrageira de verão e características químicas do solo (conteúdo de metais pesados e parâmetros relacionados à fertilidade do solo) foram utilizados como indicadores da recuperação da área. A aplicação de biossólido atuou como corretivo da acidez do solo e elevação da saturação por base. O teor de matéria orgânica e P disponível foi diretamente proporcional a dose aplicada, passando de 21 para 43,5 g.dm-3 e 4,4 para 156 mg.dm-3, na testemunha e maior dose, respectivamente. O K trocável apresentou redução não significativa com a aplicação de biossólido. Provavelmente pela alta capacidade de fixação de K pelo substrato. Dos metais pesados analisados, o Zn total no solo foi o único que apresentou aumento significativo. Porém se manteve abaixo dos teores propostos pela IN-IAP, legislação esta bastante restritiva. Grande aumento na produção de milheto foi constatado. Houve acréscimos de 2, 12, 11 e 11 vezes na produção de matéria seca com uso de adubação mineral e aplicação de 60, 120 e 240 Mg.ha-1 (base seca) biossólido, respectivamente. Com exceção do P, não foi observada grande variação no teor foliar (K, Ca, Mg, Na, Cu, Fe), contudo, as quantidades extraídas pela planta aumentaram.
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