Estrutura da comunidade de Chrysomelidae (Coleoptera) no Estado do Paraná, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Linzmeier, Adelita Maria
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/34741
Resumo: Buscando reconhecer áreas faunísticas representativas dos vários ambientes do Estado do Paraná, entre agosto/1986 e julho/1988 foi desenvolvido o Levantamento da Fauna Entomológica no Estado do Paraná – PROFAUPAR. A partir de coletas semanais com armadilha Malaise em oito localidades, 39.761 coleópteros foram amostrados, dos quais 7.611 pertencem a 465 espécies de Chrysomelidae. Ponta Grossa foi o local com maior abundância e o segundo mais rico, ficando atrás somente de São José dos Pinhais. Galerucinae foi a subfamília mais abundante e a mais rica. Telêmaco Borba apresentou o maior índice de diversidade e Antonina a maior dominância, causada por Margaridisa sp. (Galerucinae, Alticini). Do total de espécies capturadas, 78,5% apresentaram menos de dez indivíduos. Já as dez espécies mais abundantes foram responsáveis por 44,7% do total coletado. Pela curva de acumulação de espécies, já nos cinco primeiros meses, em Telêmaco Borba e Fênix foram coletados 72% do total das espécies registradas para estes locais e, ao contrário, em São José dos Pinhais o maior número de espécies foi coletado no segundo ano. As estimativas de riqueza de espécies apontam que devam existir ainda de 34,6% a 58,7% de espécies a serem capturadas e, que em Telêmaco Borba, com o incremento de coletas, haverá o menor incremento. Nenhuma espécie foi comum a todos os locais e, dentre eles, São José dos Pinhais apresentou o maior número de espécies exclusivas. Apesar dos baixos valores de similaridade, o relacionamento entre os locais refletiu o tipo florestal no qual estão inseridos. Quanto à estrutura de comunidade, Colombo e Telêmaco Borba mostraram-se mais relacionados. Antonina e Ponta Grossa foram os locais mais estáveis entre os anos, tanto na composição quanto na estrutura de comunidade. Comparando os dados de Ponta Grossa de dois períodos distintos, com intervalo de 13 anos, foi verificado um aumento do grau sucessional refletido na redução da proporção dos crisomelídeos. Além disso, houve uma mudança na composição das espécies dominantes, com Neothona prima Bechyné, 1955 (Galerucinae, Alticini) sendo substituída por Dinaltica gigia Bechyné, 1956 (Galerucinae, Alticini). A sazonalidade de Coleoptera e Chrysomelidae foi semelhante, com maior abundância nos meses mais quentes de primavera e verão, mas com picos de abundância variando entre os diferentes locais. O fotoperíodo, temperatura e umidade foram os fatores que mais influenciaram a sazonalidade de Chrysomelidae. As dez espécies dominantes foram: Margaridisa sp., Neothona prima, Dinaltica gigia, Diphaltica sp., Epitrix sp.6, Genaphthona yasmina Bechyné, 1955, Eumolpinae sp.24, Monoplatus ocularis Bechyné, 1955, Trichaltica micros Bechyné, 1954 e Syphraea sp.4. Com exceção de Diphaltica sp., Eumolpinae sp.24 e T. micros que parecem ser univoltinas, com pico de ocorrência no verão, as demais tiveram pelo menos dois picos de abundância durante os anos. A maioria das espécies apresentou pico de ocorrência no verão, entretanto Epitrix sp.6 e G. yasmina apresentaram picos no inverno. Houve tendência de diminuição do tamanho de Chrysomelidae com o aumento da abundância. Tanto a abundância quanto a riqueza apresentaram correlação negativa com o tamanho corporal, sendo suas maiores freqüências registradas entre 3 e 4,99 mm. Apesar disso, o tamanho explicou pouco da variação da abundância, de modo que outros fatores devem ser mais importantes na determinação das densidades populacionais. Foi verificada uma tendência de diminuição no tamanho corporal na comunidade de Chrysomelidae das áreas mais degradadas para as menos degradadas.
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Do total de espécies capturadas, 78,5% apresentaram menos de dez indivíduos. Já as dez espécies mais abundantes foram responsáveis por 44,7% do total coletado. Pela curva de acumulação de espécies, já nos cinco primeiros meses, em Telêmaco Borba e Fênix foram coletados 72% do total das espécies registradas para estes locais e, ao contrário, em São José dos Pinhais o maior número de espécies foi coletado no segundo ano. As estimativas de riqueza de espécies apontam que devam existir ainda de 34,6% a 58,7% de espécies a serem capturadas e, que em Telêmaco Borba, com o incremento de coletas, haverá o menor incremento. Nenhuma espécie foi comum a todos os locais e, dentre eles, São José dos Pinhais apresentou o maior número de espécies exclusivas. Apesar dos baixos valores de similaridade, o relacionamento entre os locais refletiu o tipo florestal no qual estão inseridos. Quanto à estrutura de comunidade, Colombo e Telêmaco Borba mostraram-se mais relacionados. 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