Comparação de métodos e processos de amostragem para estudos fitossociológicos e estimativas de estoque de uma floresta ecotonal na Região Norte Matogrossense

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ubialli, Jaime Antonio
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/13673
Resumo: O objetivo do presente trabalho foi o de determinar os tamanhos mais adequados de parcelas amostrais para estudos fitossociológicos e para estoques de madeira numa área de floresta natural com 120 hectares, na região norte do Estado de Mato Grosso. Obtiveram-se parâmetros da composição florística, dos padrões de distribuição espacial das espécies e de características de variáveis da estrutura horizontal como densidade, dominância, freqüência, valores de cobertura e de importância. Estimativas de valores de cobertura e de área basal foram comparadas através dos processos amostrais: aleatório e sistemático. Utilizou se duas intensidades de amostragem: 5 e 10% para 22 tamanhos e formas de unidades de amostras, variando de 400 a 10000 m2, através dos erros reais e dos erros de amostragem relativos, para sete grupos de espécies e para algumas espécies individualmente, com d1,3 m. iguais ou superiores a 30 centímetros. Avaliou-se, complementarmente, a influência do número de árvores, dos coeficientes de variação, das parcelas “zero árvore” e da precisão dos erros reais nos intervalos de confiança para as parcelas testadas. A família botânica mais rica é a Caesalpinaceae e a mais densa, a Sapotaceae. A espécie mais importante é a Micropholis guyanensis e a floresta se mostra muito heterogênea e rica em espécies. É expressiva a distribuição aleatória das espécies nas menores parcelas e sua mudança para um padrão agregado nas maiores. Na área ocorreram 7968 árvores distribuídas, em média, em 66,4 por hectare, e com área basal de 11,08 m2. As parcelas de 400 m2 e até 2500 m2 estimaram com eficiência os valores de cobertura para os grupos das 15 espécies de maiores VI e para as seis comerciais mais importantes. Para os demais grupos de espécies os erros reais mostram que processos estimativos são inviáveis. As parcelas de 2500 m2 (125m x 20m) apresentaram erros reais e de amostragem sempre inferiores a 10% na estimativa de área basal para os grupos de todas as espécies e para as 15 de maiores VI. Para os demais grupos os erros aumentam na medida em que decresce a densidade de árvores. Para as espécies, individualmente, os erros variaram de 28,7% (Vochysia sp.) a 250,59% (Hymenaeae courbaril), respectivamente, a mais e a menos densa, mostrando inviabilidade na aplicação de processos estimativos. Nas parcelas de até 500 m2, os erros reais se mostram fora dos intervalos de confiança para os grupos mais densos, aumentando o tamanho mínimo das parcelas para os menos densos, inviabilizando o emprego de parcelas menores de 2500 m2 para o grupo da espécie Micropholis guyanensis. Pelos coeficientes de variação, parcelas menores de 0,5 hectares não produzem boas estimativas para os dois grupos mais densos e, inferiores a um hectare para os demais grupos trabalhados. Esta tendência se repete em relação ao número de árvores onde parcelas inferiores a 2000 m2 não são estatisticamente recomendáveis. O número de “Parcelas Zero” mostra inviabilidade das estimativas por parcelas inferiores a 1000 m2 para os maiores grupos e de 2500 m2 para o menor, a da espécie mais importante, que possui 15% das árvores na área.
id UFPR_a977e0225b08efca995bf33b95ba7afc
oai_identifier_str oai:acervodigital.ufpr.br:1884/13673
network_acronym_str UFPR
network_name_str Repositório Institucional da UFPR
repository_id_str 308
spelling Ubialli, Jaime AntonioUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Agrárias. Programa de Pós-Graduaçao em Engenharia FlorestalMachado, Sebastião do Amaral, 1939-Arce, Julio EduardoFigueiredo Filho, Afonso, 1951-2013-05-24T18:20:34Z2013-05-24T18:20:34Z2013-05-24http://hdl.handle.net/1884/13673O objetivo do presente trabalho foi o de determinar os tamanhos mais adequados de parcelas amostrais para estudos fitossociológicos e para estoques de madeira numa área de floresta natural com 120 hectares, na região norte do Estado de Mato Grosso. Obtiveram-se parâmetros da composição florística, dos padrões de distribuição espacial das espécies e de características de variáveis da estrutura horizontal como densidade, dominância, freqüência, valores de cobertura e de importância. Estimativas de valores de cobertura e de área basal foram comparadas através dos processos amostrais: aleatório e sistemático. Utilizou se duas intensidades de amostragem: 5 e 10% para 22 tamanhos e formas de unidades de amostras, variando de 400 a 10000 m2, através dos erros reais e dos erros de amostragem relativos, para sete grupos de espécies e para algumas espécies individualmente, com d1,3 m. iguais ou superiores a 30 centímetros. Avaliou-se, complementarmente, a influência do número de árvores, dos coeficientes de variação, das parcelas “zero árvore” e da precisão dos erros reais nos intervalos de confiança para as parcelas testadas. A família botânica mais rica é a Caesalpinaceae e a mais densa, a Sapotaceae. A espécie mais importante é a Micropholis guyanensis e a floresta se mostra muito heterogênea e rica em espécies. É expressiva a distribuição aleatória das espécies nas menores parcelas e sua mudança para um padrão agregado nas maiores. Na área ocorreram 7968 árvores distribuídas, em média, em 66,4 por hectare, e com área basal de 11,08 m2. As parcelas de 400 m2 e até 2500 m2 estimaram com eficiência os valores de cobertura para os grupos das 15 espécies de maiores VI e para as seis comerciais mais importantes. Para os demais grupos de espécies os erros reais mostram que processos estimativos são inviáveis. As parcelas de 2500 m2 (125m x 20m) apresentaram erros reais e de amostragem sempre inferiores a 10% na estimativa de área basal para os grupos de todas as espécies e para as 15 de maiores VI. Para os demais grupos os erros aumentam na medida em que decresce a densidade de árvores. Para as espécies, individualmente, os erros variaram de 28,7% (Vochysia sp.) a 250,59% (Hymenaeae courbaril), respectivamente, a mais e a menos densa, mostrando inviabilidade na aplicação de processos estimativos. Nas parcelas de até 500 m2, os erros reais se mostram fora dos intervalos de confiança para os grupos mais densos, aumentando o tamanho mínimo das parcelas para os menos densos, inviabilizando o emprego de parcelas menores de 2500 m2 para o grupo da espécie Micropholis guyanensis. Pelos coeficientes de variação, parcelas menores de 0,5 hectares não produzem boas estimativas para os dois grupos mais densos e, inferiores a um hectare para os demais grupos trabalhados. Esta tendência se repete em relação ao número de árvores onde parcelas inferiores a 2000 m2 não são estatisticamente recomendáveis. O número de “Parcelas Zero” mostra inviabilidade das estimativas por parcelas inferiores a 1000 m2 para os maiores grupos e de 2500 m2 para o menor, a da espécie mais importante, que possui 15% das árvores na área.application/pdfComunidades vegetaisInventário florestal - Amostragem - Mato GrossoComparação de métodos e processos de amostragem para estudos fitossociológicos e estimativas de estoque de uma floresta ecotonal na Região Norte Matogrossenseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALJAIM?O_FIM.pdfapplication/pdf2037218https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/13673/1/JAIM%3fO_FIM.pdfe338ffcf812134181789a8701aac5c70MD51open accessTEXTJAIM?O_FIM.pdf.txtJAIM?O_FIM.pdf.txtExtracted Texttext/plain489005https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/13673/2/JAIM%3fO_FIM.pdf.txt91127de0505bf397e027548c2bc8a1faMD52open accessTHUMBNAILJAIM?O_FIM.pdf.jpgJAIM?O_FIM.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1367https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/13673/3/JAIM%3fO_FIM.pdf.jpg31dc2668d0f544b984ccc995d03a29f9MD53open access1884/136732016-04-08 03:15:09.941open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/13673Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082016-04-08T06:15:09Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Comparação de métodos e processos de amostragem para estudos fitossociológicos e estimativas de estoque de uma floresta ecotonal na Região Norte Matogrossense
title Comparação de métodos e processos de amostragem para estudos fitossociológicos e estimativas de estoque de uma floresta ecotonal na Região Norte Matogrossense
spellingShingle Comparação de métodos e processos de amostragem para estudos fitossociológicos e estimativas de estoque de uma floresta ecotonal na Região Norte Matogrossense
Ubialli, Jaime Antonio
Comunidades vegetais
Inventário florestal - Amostragem - Mato Grosso
title_short Comparação de métodos e processos de amostragem para estudos fitossociológicos e estimativas de estoque de uma floresta ecotonal na Região Norte Matogrossense
title_full Comparação de métodos e processos de amostragem para estudos fitossociológicos e estimativas de estoque de uma floresta ecotonal na Região Norte Matogrossense
title_fullStr Comparação de métodos e processos de amostragem para estudos fitossociológicos e estimativas de estoque de uma floresta ecotonal na Região Norte Matogrossense
title_full_unstemmed Comparação de métodos e processos de amostragem para estudos fitossociológicos e estimativas de estoque de uma floresta ecotonal na Região Norte Matogrossense
title_sort Comparação de métodos e processos de amostragem para estudos fitossociológicos e estimativas de estoque de uma floresta ecotonal na Região Norte Matogrossense
author Ubialli, Jaime Antonio
author_facet Ubialli, Jaime Antonio
author_role author
dc.contributor.other.pt_BR.fl_str_mv Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Agrárias. Programa de Pós-Graduaçao em Engenharia Florestal
Machado, Sebastião do Amaral, 1939-
Arce, Julio Eduardo
dc.contributor.author.fl_str_mv Ubialli, Jaime Antonio
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Figueiredo Filho, Afonso, 1951-
contributor_str_mv Figueiredo Filho, Afonso, 1951-
dc.subject.por.fl_str_mv Comunidades vegetais
Inventário florestal - Amostragem - Mato Grosso
topic Comunidades vegetais
Inventário florestal - Amostragem - Mato Grosso
description O objetivo do presente trabalho foi o de determinar os tamanhos mais adequados de parcelas amostrais para estudos fitossociológicos e para estoques de madeira numa área de floresta natural com 120 hectares, na região norte do Estado de Mato Grosso. Obtiveram-se parâmetros da composição florística, dos padrões de distribuição espacial das espécies e de características de variáveis da estrutura horizontal como densidade, dominância, freqüência, valores de cobertura e de importância. Estimativas de valores de cobertura e de área basal foram comparadas através dos processos amostrais: aleatório e sistemático. Utilizou se duas intensidades de amostragem: 5 e 10% para 22 tamanhos e formas de unidades de amostras, variando de 400 a 10000 m2, através dos erros reais e dos erros de amostragem relativos, para sete grupos de espécies e para algumas espécies individualmente, com d1,3 m. iguais ou superiores a 30 centímetros. Avaliou-se, complementarmente, a influência do número de árvores, dos coeficientes de variação, das parcelas “zero árvore” e da precisão dos erros reais nos intervalos de confiança para as parcelas testadas. A família botânica mais rica é a Caesalpinaceae e a mais densa, a Sapotaceae. A espécie mais importante é a Micropholis guyanensis e a floresta se mostra muito heterogênea e rica em espécies. É expressiva a distribuição aleatória das espécies nas menores parcelas e sua mudança para um padrão agregado nas maiores. Na área ocorreram 7968 árvores distribuídas, em média, em 66,4 por hectare, e com área basal de 11,08 m2. As parcelas de 400 m2 e até 2500 m2 estimaram com eficiência os valores de cobertura para os grupos das 15 espécies de maiores VI e para as seis comerciais mais importantes. Para os demais grupos de espécies os erros reais mostram que processos estimativos são inviáveis. As parcelas de 2500 m2 (125m x 20m) apresentaram erros reais e de amostragem sempre inferiores a 10% na estimativa de área basal para os grupos de todas as espécies e para as 15 de maiores VI. Para os demais grupos os erros aumentam na medida em que decresce a densidade de árvores. Para as espécies, individualmente, os erros variaram de 28,7% (Vochysia sp.) a 250,59% (Hymenaeae courbaril), respectivamente, a mais e a menos densa, mostrando inviabilidade na aplicação de processos estimativos. Nas parcelas de até 500 m2, os erros reais se mostram fora dos intervalos de confiança para os grupos mais densos, aumentando o tamanho mínimo das parcelas para os menos densos, inviabilizando o emprego de parcelas menores de 2500 m2 para o grupo da espécie Micropholis guyanensis. Pelos coeficientes de variação, parcelas menores de 0,5 hectares não produzem boas estimativas para os dois grupos mais densos e, inferiores a um hectare para os demais grupos trabalhados. Esta tendência se repete em relação ao número de árvores onde parcelas inferiores a 2000 m2 não são estatisticamente recomendáveis. O número de “Parcelas Zero” mostra inviabilidade das estimativas por parcelas inferiores a 1000 m2 para os maiores grupos e de 2500 m2 para o menor, a da espécie mais importante, que possui 15% das árvores na área.
publishDate 2013
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2013-05-24T18:20:34Z
dc.date.available.fl_str_mv 2013-05-24T18:20:34Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2013-05-24
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1884/13673
url http://hdl.handle.net/1884/13673
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPR
instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron:UFPR
instname_str Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron_str UFPR
institution UFPR
reponame_str Repositório Institucional da UFPR
collection Repositório Institucional da UFPR
bitstream.url.fl_str_mv https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/13673/1/JAIM%3fO_FIM.pdf
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/13673/2/JAIM%3fO_FIM.pdf.txt
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/13673/3/JAIM%3fO_FIM.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv e338ffcf812134181789a8701aac5c70
91127de0505bf397e027548c2bc8a1fa
31dc2668d0f544b984ccc995d03a29f9
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1813898778806059008